Desde que foi implantado o sistema de reeleição – uma manobra casuística patrocinada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995/2002) – no País, Araioses não reelegeu nenhum de seus prefeitos nessas últimas seis eleições.
Chagas Paixão (1997/2000) foi o primeiro a concorrer por esse sistema, portanto o primeiro a provar da maneira como o araiosense gosta de reprovar gestor que não honra os compromissos de campanha.
Depois veio Pedro Henrique, Zé Tudes, Luciana Trinta, Valéria do Manin e por último, tudo indica que o atual prefeito – o médico Cristino Gonçalves de Araújo – também terá seu governo reprovado pelo eleitor araiosense.
Todos esses gestores perderam suas reeleições comandando grandes grupos políticos – em números – a exceção de Luciana Trinta, que do alto de sua arrogância deu a entender que ela não precisava de lideranças políticas para se reeleger, o que permitiu que Manin Leal a custa da máquina administrativa de Santa Quitéria montasse o mais expressivo naquele ano de 2012.
Mas esses fatos, que já são tradição na política de Araioses, nos leva a perguntar por que ocorreram, se a lógica indicaria o contrário?
Primeiro e o mais importante é que em uma campanha de reeleição não há mais espaço para promessas. O gestor que pleiteia uma reeleição tem que chegar às localidades/povoados é fazendo prestação de contas do que fez para aquela comunidade. Se nada fez não adianta dá desculpas pela omissão e muito menos pedir votos prometendo que ‘agora vai fazer’.
Outro fator importantíssimo é que em regra os gestores araiosenses – tão logo iniciam seus mandatos – esquecem e viram as costas para muitos dos que trabalharam para elegê-lo e abrem os braços para receber, de preferência que trabalhou contra. Agindo assim, já começam a governar desagradando quem não devia.
O que todo mundo ver – menos esses gestores – é de que quem mais eles valorizam é quem mais contribui para a derrocada deles. Na condição de estarem vivendo uma nova vida deixam-se levar a pratica da ostentação, sistema esse que para ser mantido não tem como não agregar outra praga – a corrupção.
Cegos, esses gestores gostam por demais de quem mais contribui para jogar no fundo poço os seus governos.
Não é o araiosense que é ingrato, são os gestores que fazem péssimas escolhas e por isso pagam caro e aqueles que contribuíram para o fracasso desses, pouco se importam com isso, porque hábeis como são na arte de bajular, logo estarão empoleirados no governo de plantão.
Simples de entender!