“Bolsonaro é ameaça para o mundo”, diz professor da Universidade de Zurique

“Irrupção da violência na campanha é sinal claro de fascismo”, afirma Antoine Acker

Antoine Acker

Por Willy Delvalle

DCM

O Brasil que um dia inspirou Antoine Acker, historiador francês e professor na Universidade de Zurique, na Suíça, hoje o surpreende. Negativamente. Nos tempos em que o país era governado por Lula, o entusiasmo dos brasileiros na Europa e a visão do continente frente aos avanços sociais do Brasil levaram-no a estudar o país.

Morava em Lisboa, onde teve contato com uma grande quantidade de brasileiros. Foi ali que decidiu dedicar sua tese de doutorado ao estudo das relações da ditadura militar com as empresas multinacionais na Amazônia. Ele nem imaginava que seu objeto de estudo, um período que parecia confinado no passado, estava vivo e solto. E que se candidataria às eleições presidenciais de 2018, venceria o primeiro turno com 46% dos votos e que a ideia de “transformar a floresta em territórios de monocultura, gado, soja, numa zona produtiva de agricultura intensiva” estaria prestes a tomar o poder.

Ao ver o uso recorrente da palavra “fascista” para classificá-lo, Antoine era cético. Mas quanto mais Bolsonaro falava, mais clara ficava a lembrança do fascismo. A certeza de que era disso que se tratava veio com as notícias de que bolsonaristas já faziam dezenas de vítimas, uma delas fatal. Para Antoine, a chegada de Bolsonaro até aqui é um enigma.

Ele acredita que o fato de o Brasil não ter renunciado à anistia aos crimes da ditadura, “erro” não cometido por outros países, é uma pista para entender o que está acontecendo, assim como outras que aponta nesta entrevista ao DCM.

Para ele, o Brasil está frente a uma ameaça à qual o Judiciário é incapaz de reagir. Contudo, afirma que o jogo político está aberto. E que o candidato da democracia é Haddad.

O Brasil que te inspirou é o mesmo Brasil que a gente vê hoje?

Não. Na verdade, o Brasil que estou vendo hoje me surpreende muito, muitíssimo. Conheci um Brasil em plena expansão, cultural também, porque havia muitas pessoas começando a estudar, que eram as primeiras pessoas da família que tiveram a chance de estudar, os primeiros da família a viajar, um Brasil que estava se espalhando pelo mundo com um espírito de entusiasmo muito grande e contagioso.

Na época, todo mundo na Europa admirava o Brasil e todo mundo estava muito interessado pelo tamanho do progresso social, econômico e cultural que estava acontecendo naquele país. O Brasil que estou vendo agora é um Brasil em crise, uma crise econômica muito grande, uma crise política e uma crise moral, que muita gente de fora tem dificuldade de entender.

Esse Brasil que você admirava era o Brasil sob o governo Lula

É praticamente o momento que o Brasil subiu no cenário internacional. Minha admiração não foi diretamente pelo governo Lula. Eu não tinha uma simpatia partidária pelo PT. Mas é preciso reconhecer que o momento do governo Lula foi um momento de crescimento e de felicidade para o povo brasileiro. Pelo menos é a imagem que a gente tinha do Brasil fora do Brasil.

Quando essa imagem, esse espírito, do Brasil começou a mudar?

Com o escândalo da Petrobras, quando começou a emergir, em torno de 2014, foi um primeiro passado. Produziu muita ilusão sobre o governo Lula, porque a mídia fora do Brasil, na Europa e nos Estados, apresentou Lula como uma figura corrupta, apesar dessa imagem não ser completamente exata, ao meu ver, mas é assim que ele foi apresentado na mídia dentro e fora do Brasil. Teve, então, um processo de desilusão com o modelo trazido pelo PT.

E teve o impeachment, que os europeus não entenderam o motivo pelo qual a presidente foi destituída. Sobretudo, com o governo Temer, o Brasil desapareceu completamente do quadro diplomático mundial. O Brasil parou de aparecer como líder do hemisfério sul na política internacional. O interesse pelo Brasil também diminuiu muito.

Você acredita que uma outra condução da Operação Lava Jato poderia ter diminuído o impacto dessa investigação na economia e na imagem do Brasil?

Eu acho que sim. Não sou um especialista do sistema judiciário brasileiro, mas claramente, na minha percepção como francês, é que é um sistema judiciário fora de controle, pelo como foi utilizado. A delação premiada, por exemplo. Ela existe em vários países, como os Estados Unidos e em vários países europeus.

Mas existe um quadro dentro do qual esse sistema é controlado. Por exemplo, a delação premiada nos Estados Unidos é feita não pelo juiz, mas pelo procurador. Depois cabe a um júri popular de avaliar se essa delação premiada foi feita dentro das regras institucionais. E esse tipo de controle me parece que não existiu no tratamento do escândalo Petrobras e na Operação Lava Jato no Brasil.

E o comportamento da mídia em relação à Operação Lava Jato, aumentou o impacto da operação?

Ao meu ver, foi um comportamento muito parcial, pois a mídia falou muito mais das acusações contra políticos de esquerda, primeiramente do PT, do que contra políticos de direita.

Esses excessos do Judiciário e da mídia contribuíram para gerar essa crise que ainda vive o país?

Contribuíram para criar um clima de desconfiança muito grande na sociedade para com os partidos. Contribuíram para destruir a ideia de que os partidos podiam ser um modo de expressão útil dentro da sociedade, dentro do quadro político. Nesse sentido, acho que contribuiu para gerar essa crise.

Contribuíram para gerar Jair Bolsonaro?

Sim. Bolsonaro conseguiu criar um espaço de expressão para ele dentro do cenário político graças a uma imagem de que iria varrer a corrupção e limpar o quadro político de toda forma de criminalidade. Apesar de essa imagem ser usurpada porque o Bolsonaro foi envolvido em vários escândalos. Ele construiu essa imagem anti-sistema graças à preocupação dos brasileiros com a corrupção.

Muita gente diz que vai votar em Bolsonaro por conta das proporções que a violência assumiu no Brasil. A violência é “culpa” do PT?

Acho que existia antes do PT. Nao tenho os números. Não sei responder em termos de estatísticas, mas o fenômeno de violência massiva começou a crescer no final da ditadura militar; um fenômeno mais amplo, que tem raízes históricas, anteriores ao governo do PT.

O que você está dizendo vai contra a imagem que muitas pessoas têm da ditadura militar, de que naquele tempo o Brasil era tranquilo. Você discorda.

Eu discordo. Teve muita violência no campo, contra trabalhadores rurais, contra índios. A taxa de trabalho forçado, na Amazônia, no interior do país… O modo como essa cultura bélica, esse modo de reprimir os problemas, nas favelas, que foi adotado pela Polícia Militar, essa cultura da violência de estado tem raiz na ditadura militar.

Por que esses fatos que você menciona não repercutem no eleitorado de Bolsonaro?

Muito difícil responder essa pergunta. Eu suponho que o eleitorado mais novo provavelmente não tem consciência do que aconteceu na ditadura. Outra explicação é a falta de conscientização do povo sobre os crimes da ditadura militar. Talvez a consciência da gravidade desses crimes não seja suficientemente alta porque não teve um trabalho de apuração, de responsabilização das pessoas que cometeram crimes durante esse período, apuração das responsabilidades por parte da mídia…

Essa questão de quem foi responsável pela violência na ditadura militar nunca foi resolvida no Brasil, ao contrário de países como Chile e Argentina. Isso contribuiu para impedir o crescimento de uma cultura histórica no Brasil, de que é muito perigoso repetir essa história.

Ele

Faltou essa conscientização por parte de quem?

Acho que é um problema da Anistia, do acordo, praticamente a maioria do mundo político brasileiro concordou em fazer a anistia no final dos anos 1970 e isso nunca foi colocado em questão. Pessoas que tinham emergido durante a ditadura militar conseguiram continuar fazendo política na era democrática.

A anistia, na sua percepção, foi um erro?

Eu não sei se na época foi um erro. Eu acho difícil julgar os atores históricos. Talvez, na época, fosse parte da tentativa de sair da ditadura de um modo pacífico. Mas nos outros países da América do Sul, essa anistia foi posta em questão. No Brasil, não. Eu acho que o erro foi isso, o fato de nunca discutir essa anistia, renunciar a essa anistia mais tarde. Eu acho que, na época da Comissão da Verdade, isso poderia ter sido uma opção.

E por que você acredita que hoje, mesmo com os discursos de Bolsonaro a favor da ditadura, a favor da tortura, muitas pessoas não acreditam que ele possa levar à prática o que diz?

Pra mim, isso é um enigma. Eu acho que tem tudo para acreditar que ele vai. Pela origem do pensamento dele, por todas as coisas que ele falou no passado, pela filiação dele com o fascismo, pela filiação dele com a ditadura militar, tem todos os elementos para ele acreditar que vai praticar todas as violências que ele promete fazer. Eu nao sei explicar isso de outro modo que talvez um desespero total das pessoas. Com certeza, um antipetismo muito forte na sociedade, nutrido por fake news, que se espalham com uma velocidade impressionante nas redes sociais. Provavelmente são essas dimensões que criam a falta de confiança das pessoas.

Quem é Jair Bolsonaro, segundo a sua percepção?

Eu diria que ele é uma pessoa que tenta se apresentar como um homem providencial, o homem capaz de restabelecer a ordem, que se aproveita de uma situação de caos econômico e social para criar essa imagem, esse culto à personalidade em torno dele. Ele chama a ele de mito, é um personagem construído para se apresentar de maneira mistificada.

O que você pensa sobre as propostas de Bolsonaro?

Tem duas dimensões, as propostas do programa dele e as propostas que ele faz nos comícios, coisas que ele fala que vai fazer e depois diz o contrário. Não é muito fácil saber o que ele vai fazer. Eu me concentro sobre a história ambiental. E as propostas de Bolsonaro são muito perigosas.

As propostas de suprimir o Ministério do Meio Ambiente, para integrar um grande Ministério da Agricultura, que seria submetido aos interesses do agronegócio, acho uma proposta muito perigosa principalmente para o futuro das matas brasileiras, do futuro das florestas tropicais, o que a gente sabe que tem uma importância muito grande sobre as mudanças do clima global. Eu acho que é um programa que é uma ameaça não só para o Brasil, mas para o mundo.

Você escreveu uma monografia sobre a Volkswagen na Amazônia, processo que você descreveu como uma “tragédia do desenvolvimento global no Brasil moderno”. O projeto ambiental de Bolsonaro tem uma relação?

Ele tem uma relação com o pensamento da ditadura militar sobre a Amazônia. A ditadura militar sempre viu a Amazônia como uma peça-chave do seu projeto geopolítico. Era preciso nãao deixar a Amazônia vazia, não deixar a Amazônia sob o domínio da natureza dos indígenas. Esse era o pensamento dos militares. Eles queriam a participação de empresas multinacionais em projetos infraestruturais, industriais e agrícolas na floresta tropical.

Então a ditadura militar que lançou grandes projetos de barragens na Amazônia e de lançar projetos de transformar a floresta em territórios de monocultura, de gado, de soja. Esse ideal de transformação da Amazônia numa zona produtiva de agricultura intensiva é o ideal do Bolsonaro. Ele quer desarmar os agentes do IBAMA, quer diminuir o tempo à disposição do IBAMA para distribuir as licenças ambientais. Ele quer criar um clima de pressão que vai dificultar muito a luta federal contra o desmatamento.

O meio ambiente é uma questão relevante para o eleitorado brasileiro?

Eu acho que ele é. O desempenho da Marina Silva em 2010 e 2014, o modo como a Dilma Rousseff se apropriou dessa temática em 2014, como ela colocou essa temática em 2014 no material de campanha dela para responder ao sucesso da Marina Silva, eu acho que esses elementos mostram que é possível no Brasil obter votos a partir dessa temática, é possível convencer pessoas sobre a proteção da natureza.

Só que, com certeza, essa temática se deslocou para o segundo plano porque o que tem sido colocado como mais importante na mídia nos últimos três anos é a corrupção e a crise econômica. Nesse quadro, não teve muito espaço de expressão para a temática ambiental. Mas acho que o potencial da temática ambiental para interessar os brasileiros é muito grande.

Como Jair Bolsonaro é percebido no mundo?

Ele é percebido como uma fascista. Por vários motivos. Porque ele tem o culto da personalidade que se desenvolveu em torno dele; essa imagem de homem de ordem; discurso da violência contra as minorias, sobretudo desprezo de tudo que é percebido como mais fraco, mulher, homossexuais, negros de quilombos, pessoas com deficiência física, mental; a visão que ele tem da política, que o adversário é um inimigo que tem que ser calado, preso ou até fuzilado, palavras que ele pronunciou; a militarização do poder que ele representa. Todos esses são elementos que a nós europeus lembra o fascismo, o clima que existiu entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.

Eu tenho conversado com historiadoras brasileiras e elas dizem ter certo problema com o uso da palavra “fascismo”; em identificar o Bolsonaro ao contexto do fascismo. Isso não é um problema pra você?

Eu acho que ele se aproxima do fascismo. Claramente o contexto mudou. A história nunca se repete de maneira exata. Vivemos hoje num mundo em que as ferramentas que foram usadas pelos líderes fascistas dos anos 1920, 1930, não são mais vistas. Por exemplo, o conceito de passivo partido de massa perdeu muito da sua relevância com a possibilidade que existe hoje de compartilhar uma ideologia pelas redes sociais. Claro que os métodos usados são diferentes. Mas no nível da ideologia, da transformação da política num campo de guerra, da cultura de violência que Bolsonaro está espalhando, acho que os pontos comuns com o fascismo são numerosos.

Mesmo no plano econômico?

No plano econômico é diferente. O projeto do Bolsonaro é diminuir a presença do estado. O projeto do fascismo italiano, ou alemão, era a presença de um estado forte. A única coisa parecida que eu vejo com o percurso do fascismo italiano é que o Bolsonaro começou a carreira dele na oposição às reformas liberais. Depois virou a casaca para conseguir o apoio das elites financeiras, adotando um programa muito mais liberal. Isso me lembra um pouco o percurso do fascismo italiano, que começou com um programa social de desempenho grande do estado para favorecer as camadas populares e depois mudou a visão econômica para conseguir o apoio do mercado.

A elite brasileira é fascista?

Eu acho um pouco simplista dizer que toda a elite é fascista. Eu não diria isso.

E a classe média?

Eu não me sinto muito à vontade para fazer generalização. Eu nao sei se a motivação das pessoas são as mesmas do candidato. Eu acho que as pessoas votam por medo, por desespero frente à violência, crise social, corrupção e não necessariamente aderindo 100% ao projeto fascista.

As dezenas de ataques que vêm sendo, pelo menos, registrados no Brasil recentemente, cometidos por eleitores de Bolsonaro contra gays, negros, mulheres, esquerdistas, intelectuais, já são um sinal de fascismo?

A irrupção da violência dentro da campanha eleitoral sim, é um claro sinal de fascismo; é o elemento que me convenceu, porque no início eu também não estava completamente convencido pela relevância do uso da palavra fascismo. A violência que está sendo praticada por simpatizantes do Bolsonaro nas ruas do país; esse clima de violência que se fortaleceu, pra mim, é o elemento mais importante pra falar de uma aproximação da campanha de Bolsonaro com os fenômenos históricos fascistas.

O que você pensa sobre o projeto de Haddad?

Como historiador, não quero exprimir uma opinião política sobre o programa do Haddad. Eu exprimo minha opinião sobre o Bolsonaro porque nao o vejo como um político normal, e um político que não joga dentro do jogo democrático. Eu, normalmente, como acadêmico, não tomo publicamente posições para um partido ou para outro partido. Pelo menos não publicamente. Estou fazendo isso agora sobre o Bolsonaro só porque eu acho que ele representa uma ameaça à democracia. Para mim, o candidato da democracia é o Haddad, sem dúvida.

Como você percebe as medidas anunciadas e também negadas pelo judiciário brasileiro em torno das denúncias de corrupção da campanha de Bolsonaro?

Eu acho muito preocupante. O Bolsonaro falou várias vezes que ele não iria mudar a Constituição. Mas ele fez muitas propostas que não seria possível aplicar sem mudar a Constituição, medidas inconstitucionais. Por exemplo, mandar mandar oponentes políticos para a cadeia. Então, o Brasil vai precisar de instituições judiciárias muito fortes para resistir contra um governo que faz políticas inconstitucionais. Estou ficando muito preocupado com a falta de reação e de velocidade nas reações do Supremo Tribunal Federal, por exemplo, frente aos problemas de caixa 2, de corrupção, da campanha do Bolsonaro.

Você acredita que elas são resistentes o suficiente?

Não, não acredito.

Haveria uma disposição do mundo em ter boas relações com o Brasil num eventual governo Bolsonaro?

O quadro diplomático atual é difícil porque o governo dos Estados Unidos está, em parte, sob a influência de grupos radicais que não acreditam nos direitos humanos, na democracia. Com a ascensão das extremas direitas na Europa, não vai haver muita resistência internacional diplomática contra possíveis abusos políticos e ameaças à democracia cometidas no Brasil. Estou esperando para ver como os chefes de Estado no mundo vão acolher uma possível vitória do Bolsonaro. Não posso prever como elas vão reagir. Eu imagino que para uma pessoa como o presidente Trump não vai ser um problema continuar fazendo acordos comerciais e intercâmbios econômicos com o Brasil. Eu vejo o quadro internacional com pessimismo também.

Qual o rumo da democracia brasileira?

Incerto. Muito incerto.

Quando ela estará garantida?

Ela estará garantida uma vez que a consciência do perigo de um sistema autoritário e da ditadura se fortalecer na sociedade. Ela estará garantida com uma sociedade que tem uma memória da ditadura militar. Isso é necessário para saber fazer a diferença entre o que é parte do jogo democrático e o que vai muito além dos valores democráticos. Para um povo que não é ainda completamente conscientizado sobre os perigos da ditadura, é muito difícil perceber os perigos que Bolsonaro representa.

Você acredita numa possibilidade de reversão até as eleições?

Estamos sempre falando como se a vitória de Bolsonaro fosse irreversível e eu ainda espero que os brasileiros vão escolher uma outra opção. Pelo que entendi de colegas que estão no Brasil, tenho impressão que tem uma possibilidade de virada. Mas receio que o tempo seja muito pequeno para reverter completamente a situação. Mas até domingo não podemos considerar que Bolsonaro já venceu. O jogo político ainda está aberto.

O amor vencerá o ódio

ROBSON PAZ

O Brasil está diante da eleição mais importante da história, desde a redemocratização do país. De um lado, a luz da democracia e do amor. Do outro, a escuridão da intolerância e da barbárie.
No centro, a população dividida. Parte desta, inebriada com pregações de ódio e violência. Não estamos, portanto, diante de simples decisão sobre quem será o presidente pelos próximos quatro anos. Mas, a escolher entre o caminho da dignidade humana, das liberdades individuais e o medievalismo das ‘santas inquisições’.

As recentes pesquisas mostram que há progressivo desencanto com o ‘mito’ da candidatura, que se apresenta como signatária da antipolítica, do combate à corrupção e à violência. Isto porque as práticas mostram o inverso. O representante da extrema direita tem se revelado um político intolerante, enredado em denúncias de corrupção, caixa dois e defensor da violência e da tortura.
A pregação do ódio aos opositores e morte, inclusive de inocentes, estarrece o país e o mundo. Quem em sã consciência seria capaz de utilizar o voto para autorizar um presidente da República a torturar e matar seus semelhantes?
Ainda mais contraditório é tentar associar a violência, misoginia, racismo, homofobia, intolerância, guerra, armamento com a mensagem de amor, da coexistência e da paz deixada por Jesus para a humanidade.

Decerto, o filho de Deus feito homem condenou práticas imorais e a corrupção. É verdade! Contudo, o fez convertendo estes por meio do amor e do perdão. Foi assim com a mulher que seria apedrejada por adultério, com os cobradores de impostos, entre outros tantos exemplos. “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra. (…) Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.” Sábias palavras, que ecoam por séculos, milênios.

Jesus não pregou a extinção, mas o respeito aos diferentes. “As pessoas saudáveis não precisam de médico, mas sim os doentes. (…) Pois eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.” (Mateus 9:12, 13)

É preciso dizer não à ameaça à democracia no Brasil, aos direitos humanos e às liberdades individuais. Valorizar as famílias é assegurar igualdade de direitos e oportunidade para todos e todas, moradia digna, educação gratuita e com qualidade, acesso à saúde.

O futuro do nosso país depende de cada um de nós. É auspicioso ver que eleitores indecisos e propensos em votar em branco e/ou nulo começam a entender que se omitir do processo é fortalecer os ideais odiosos e intolerantes, que ameaçam a dignidade humana.

Dos mais brilhantes líderes da história, Nelson Mandela afirmou que “ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar”.

É preciso refletir sobre tudo isto na hora de votar. Não podemos ser cúmplices, nem compactuar com a morte da esperança numa nação melhor e mais justa para esta e as próximas gerações. É o destino de mais de 200 milhões de brasileiros que está em jogo. O amor vencerá o ódio!

Radialista, jornalista, Secretário adjunto de Comunicação Social e diretor-geral da Nova 1290 Timbira AM.

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TSE tira do ar propaganda de Bolsonaro que falsifica frase de vice de Haddad

Consultor Jurídico

O ministro Carlos Horbach, do Tribunal Superior Eleitoral, determinou, nesta sexta-feira (26/10), a retirada do ar de propaganda eleitoral do candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro. A peça publicitária retratava os adversários Fernando Haddad (PT) e a vice Manuela D’Ávila (PCdoB) como ateus.

Veiculada nesta quinta-feira em horário eleitoral gratuito usa trecho de vídeo de Manuela D’Ávila editado fazendo parecer que ela não é cristã. Assim, a coligação “O povo feliz de novo” apresentou representação pedindo a suspensão da propaganda.

“Tal como assentado no provimento liminar na Rp nº 0601727-09/DF, de minha relatoria, o vídeo com declarações da candidata representante foi de fato editado, de modo a induzir o eleitor a acreditar que ela afirma não ser cristã, quando o contexto integral de sua fala comprova exatamente o contrário”, disse o ministro em referência a decisão que proferiu em setembro.

A defesa, feita pelo Aragão e Ferraro Advogados, questionou ainda trecho em que Bolsonaro responsabiliza o PT pelo assassinato do então prefeito de Santo André, Celso Daniel, ocorrido em 18 de janeiro de 2002. Neste caso, no entanto, o ministro não viu irregularidade, mas tratar-se de liberdade de expressão, reforçada ainda pela inviolabilidade parlamentar. A propaganda usou fala da deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), no Plenário da Câmara dos Deputados sobre o assunto.

Leia aqui a íntegra da decisão.
Rep 0601838-90.2018.6.00.0000

Araiosenses promovem Carreata pela Democracia neste sábado

Nosso ideal político é a Democracia para que todo homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado, guiados por esse sentimento de medo, insegurança e incertezas do que possa acontecer no futuro é que chegou o momento de nos unirmos em defesa do estado democrático.
Não podemos deixar que o medo, ódio venha prevalecer na hora de escolher que projeto de governo queremos para o futuro. Essa eleição não é um disputa partidária mais um escolha entre, civilização ou barbárie, amor ou ódio, liberdade ou ditadura seremos nós meus amigos e amigas que vamos decidir o futuro do nosso País.
Por esse motivo, amanhã iremos as ruas de nossa cidade manifestar nosso apoio a Haddad principalmente pela Democracia.
É hora da virada e vamos juntos fazer nossa parte não saberemos que resultado será no domingo, mas tenho certeza que teremos consciências limpas,tranquilas de nós Araiosenses fizemos nossa parte para ver o Brasil crescer ,ver o Brasil feliz de novo…..
Vamos juntos amanhã fazer nossa festa Democrática….
Atenciosamente Organização do Evento
Lázaro Santos
Júlio Gabriel
Artur
Raphale
Cris Holanda
Ismar
Grazy
Prof Dedé
Jeferson
HaddadPresidente
Democraciasim
LulaLivre

Censura às universidades quer produzir medo e matar a liberdade de expressão

Antifascismo é uma bandeira universal

A censura às universidades quer produzir medo, mas a democracia prevalecerá sobre o fascismo

Resistência na Faculdade de Direito da UFPR

Por Kiko Nogueira

A censura às universidades busca produzir, na melhor das hipóteses, medo e, na pior, um cadáver. Um novo Cancelier.

O repúdio é necessário. A solidariedade a estudantes e professores é fundamental.

Nos últimos dias, ao menos 35 instituições foram alvos de operações da Justiça Eleitoral para fiscalizar suposta prática de propaganda.

Houve ações em eventos com temas como fascismo, democracia e ditadura na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e na da Grande Dourados, no Mato Grosso do Sul.

A faixa com os dizeres “Direito UFF Antifascista” teve de ser retirada da escola de direito da UFF, em Niterói.

Na Paraíba, ocorreu uma inspeção do TRE em aulas da Universidade Federal de Campina Grande e apreensão de material. 

É um ataque frontal à liberdade de expressão e à autonomia universitária. 

Noves fora o fato de que ele Jair Bolsonaro veste definitivamente a carapuça de fascista ao buscar reprimir. Um aperitivo do que pode vir.

O Ministério Público Federal se posicionou de maneira firme, declarando que medidas para impedir a livre manifestação são incompatíveis com o regime constitucional.

“É lamentável que, em uma disputa tão marcada pela violência física e simbólica, pelo engano e pela falsificação de fatos, o ataque do sistema de justiça se dirija exatamente para o campo das ideias”, diz a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão.

‘Polícia só deve entrar em universidade se for para estudar’, apontou o ministro do STF Luís Roberto Barroso.

Para seu colega Marco Aurélio Mello, a interferência é “incabível”. A reação é tardia? Pode ser. Mas antes tarde que mais tarde.

Na sexta, dia 26, um corpo foi encontrado dentro de um carro com marcas de tiro na Faculdade de Direito da UFRJ. A vítima estava no banco do carona. 

Uma postagem do centro acadêmico registrava a presença do Sendero branco durante uma aula pública.

O homem não era ligado à faculdade — mas não é esse o ponto. O recado dos bandidos é que pode vir a ser.

A polícia está apurando o caso, mas é evidente que não vai dar em nada.

O bolsonarismo saiu do armário e seus capangas estão agindo à luz do dia.

Em nome de Luiz Carlos Cancelier e dos alunos e mestres brasileiros, é hora de resistir.

Em nome de nós e de nossos filhos, o pensamento livre e a democracia vão prevalecer.

Em post do Centro Acadêmico da Faculdade de Direito da UFRJ, vê-se o carro onde foi encontrado o cadáver enquanto uma aula pública era realizada

Bolsonaro cita informações falsas ao acusar PT de espalhar fake news

UOL

Depois de afirmar que “ninguém mentiu mais que o PT”, o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), publicou um vídeo nesta sexta-feira e afirmou que Fernando Haddad (PT) “espalha agora os mais variados fake news” sobre ele.

Durante pouco mais de dois minutos de vídeo, Bolsonaro, no entanto, cita informações sobre o adversário que são falsas ou que já foram desmentidas e negadas pelo petista.

Chegamos na reta final destas eleições. NADA ESTÁ GANHO! Vamos dar o último gás combatendo, COM A VERDADE, as mentiras do PT! pic.twitter.com/

Q6tvtmoSRh

— Jair Bolsonaro 1??7?? (@jairbolsonaro) 26 de outubro de 2018
A Bíblia
Bolsonaro começa o vídeo dizendo que “Haddad, após receber de presente uma bíblia, simplesmente a jogou no lixo, zombando da nossa fé”.

No sábado (20), Haddad recebeu uma Bíblia de presente durante comício em Fortaleza e, no dia seguinte, o deputado estadual eleito André Fernandes (PSL-CE), fez um vídeo e afirmou que a bíblia foi encontrada no chão

O petista negou ter jogado o livro fora e afirmou que a Bíblia foi furtada durante o ato, assim como um celular de um dos seus assessores, e disse: “Estranhamente, essa Bíblia foi furtada de uma sacola que estava no palco e apareceu num vídeo de um deputado do PSL, que me acusou de ter jogado fora”.

Indulto a Lula
O capitão reformado fala que o petista irá conceder indulto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está preso na Polícia Federal em Curitiba, ou o colocará em liberdade.

“Nós sabemos que, uma vez eleito, Haddad concederá indulto para Lula ou o colocará em liberdade, bem como os demais condenados nesta operação Lava Jato”, disse Bolsonaro.

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), chegou a dizer que Haddad daria indulto a Lula em seu primeiro dia de governo. Em entrevista à rádio CBN, porém, Haddad afirmou que não pretende dar indulto a Lula caso seja eleito. “Não, não ao indulto”, respondeu o candidato do PT.

Fim da Lava Jato
Na mesma fala em que diz que Lula será solto, Bolsonaro afirma que Haddad acabará com a Operação Lava Jato da Polícia Federal. “Ele acabará com a Operação Lava Jato. Será a volta da corrupção no Brasil”.

O petista nunca disse que acabaria com a operação. No início do mês, Haddad afirmou em entrevista à Rádio Jornal Caruaru, de Pernambuco, que vai “dar todo apoio à PF, MP e Judiciário e isso, obviamente, inclui a Lava Jato”.

O petista, aliás, chegou a elogiar o juiz Sergio Moro recentemente: “Ele faz um bom trabalho”. Haddad, porém, disse que o magistrado errou no caso de Lula.

Kit gay
“[Haddad] queria lá em 2010 implementar o kit gay nas escolas. Para que o filho do pobre tivesse aula de sexo aos seis anos de idade”, disse Bolsonaro no vídeo desta sexta-feira.

O termo “kit gay” usado por Bolsonaro nunca existiu de fato. O TSE, inclusive, determinou a remoção de seis postagens no Facebook e no YouTube em que Bolsonaro faz críticas ao livro “Aparelho Sexual e Cia.” e afirma que a obra integraria material a ser distribuído a escolas públicas na época em que Haddad comandava o Ministério da Educação.

Tirar o WhatsApp do ar
No vídeo desta sexta-feira (26), Bolsonaro diz que “Haddad e seus colegas de partido” tentou tirar o WhatsApp do ar. “Quiseram agora, na reta final das eleições, tirar o WhatsApp do ar. O que está em jogo é o futuro o Brasil. É a minha liberdade, é a sua liberdade”, afirmou.

Governador Flávio Dino recebe jovens de curso para pessoas com Síndrome de Down

Alunos do curso ministrado pelo Sebrae foram recebidos pelo governador. (Foto: Handson Chagas)

O governador Flávio Dino recebeu, na manhã desta quinta-feira (25), os estudantes do curso ‘Atendimento ao Público: Orientando Pessoas com Síndrome de Down para Atender Bem’. Ministrado pelo Sebrae do Maranhão, a capacitação foi formatada após uma parceria com a Defensoria Pública Estadual e o Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop).

Os alunos visitaram o Palácio dos Leões como parte prática do curso, que incentiva conhecimento histórico e de pontos turístico de São Luís. A experiência piloto é realizada desde setembro e orienta 19 jovens com Síndrome de Down para adentrar no mercado de trabalho, com aulas sobre relações interpessoais, comunicação, autoestima e autoconfiança, como lidar com o público, hábitos saudáveis no trabalho e incentivo ao trabalho em equipe. Ao final, os alunos farão estágio na Defensoria Pública e em casas de cultura do Governo do Maranhão.

“Um curso de formação como esse significa cidadania, respeito, igualdade de direitos e oportunidades no mercado de trabalho. Isso significa que nós temos uma sociedade mais justa, que respeita o direito de todas as pessoas, com suas particularidades e singularidades. Com suas habilidades e competências, todos podem ajudar a termos uma sociedade melhor”, defende o governador Flávio Dino.

Superintendente do Sebrae no Maranhão, João Martins Filho, conta que o curso surgiu após uma sugestão da Defensoria Pública. “Recebemos a provocação da Defensoria e fizemos uma busca ativa em todo o Sistema Sebrae. Encontramos uma experiência de capacitação para pessoas com Síndrome de Down em Alagoas e nos apropriamos dessa metodologia para permitir a inclusão dos jovens maranhenses no mercado de trabalho. Queremos que esses alunos, futuramente, trabalhem como guias, em áreas de atendimento e estimulem sua capacidade empreendedora”, garantiu.

Os alunos do curso ficaram admirados com o acervo existente no Palácio dos Leões e também com a beleza do local. Beatriz Arruda Clery, de 28 anos, disse que realizou um sonho. “Eu sonhava em conhecer o Palácio dos Leões e o governador também. Gostei muito do passeio e fiz novos amigos”, contou.

Evolução dos alunos

Para a professora Suelda Clery, que também é mãe da aluna Beatriz Arruda Clery, a experiência no curso oportuniza a autonomia dos alunos e os ajuda a criar um projeto de vida. “Percebo muita evolução nos alunos. Tivemos alunos que, no primeiro dia de aula, não falavam. E hoje chegam com alegria na sala, participam das atividades. A minha filha se empolgou tanto que quer ter um vlog no Youtube. A capacitação vai além das aulas, abre um leque de oportunidades para esses jovens”, disse.

Passeio pelo Centro Histórico

Após a agenda no Palácio dos Leões, os estudantes conheceram um pouco mais sobre a história de São Luís, em um passeio guiado pelo Centro Histórico e alguns equipamentos culturais do local. Eles visitaram a Praça Pedro II, Praça Benedito Leite, Museu do Reggae e por fim a Rua Portugal, onde observaram o conjunto arquitetônico e de azulejos que representa bem o Centro Histórico da cidade.

Sobre o curso

A visita ao Centro Histórico e aos equipamentos culturais do local integra a carga horária do Curso Orientando Pessoas com Síndrome de Down para Atender Bem. As aulas ocorrem duas vezes por semana (terças e quintas), abordando assuntos como relações interpessoais, autoconhecimento, autoestima e autoconfiança; público e como encantá-lo; hábitos do trabalho (pontualidade, responsabilidade, hierarquia, higiene e rotina); dimensão de espaço, noções de direção e palavras mágicas; comunicação, linguagem corporal e alegria no atendimento; belezas de São Luís e incentivo ao trabalho em equipe.

Maioria dos portais da transparência das Prefeituras e Câmaras não são atualizados

Apenas 64 dos 217 municípios maranhenses, ou seja, 29% do total, atualizam adequadamente os seus Portais da Transparência, conforme exigem a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000) e a Lei de Acesso à Informação (12.527/2011).

No caso das Câmaras de Vereadores, somente 21 dos portais são atualizados, o que equivale a 9% do total. Sendo que de todos os legislativos municipais, apenas 75,57% possuem essas ferramentas. São 53 câmaras municipais que não dispõem do portal na internet e apenas uma prefeitura maranhense.

A constatação foi feita em vistoria realizada pelo Ministério Público do Maranhão, por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa (CAOp-Proad) e da Assessoria Técnica da Procuradoria Geral de Justiça, em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU) no Maranhão e Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A ação, que foi realizada de abril a outubro de 2018, integra o programa institucional “O Ministério Público na Defesa da Transparência Pública – Município Transparente, Garantia de Acesso à Informação”, lançado pelo MPMA em 2016. Os servidores envolvidos na checagem analisaram os portais da transparência e os serviços de informações ao cidadão das Prefeituras e Câmaras de todos os 217 municípios do Maranhão, aferindo o grau de adesão à Lei de Responsabilidade Fiscal e à Lei de Acesso à Informação.

Segundo o promotor de justiça Cláudio Rebêlo Correia Alencar, coordenador do CAOp-Proad, algumas omissões das Prefeituras e das Câmaras são mais destacadas. Os editais de licitação dos Executivos, por exemplo, não são divulgados em 84% dos portais; nos das Câmaras, este número sobe para 94%.
A imensa maioria dos sites também não dá publicidade às folhas de pagamento dos servidores. Nas Prefeituras, o índice de descumprimento chega a 85% (186 municípios); e nas Câmaras, atinge 90% (197 municípios).

Outra grave pendência observada na vistoria do MPMA refere-se à ausência de divulgação da prestação de contas do ano anterior. Nos portais das prefeituras, somente 20 cumpriram a lei, o que equivale a 9% dos municípios maranhenses. Nos das câmaras, o número caiu para 12, ou seja, 5%.

De acordo com Cláudio Rebêlo, todos os promotores de justiça do Maranhão que atuam na área da probidade administrativa irão receber o relatório com o resultado da vistoria. “A partir de agora, cada um dentro de sua realidade irá definir que providência será adotada para cobrar a responsabilidade dos gestores das prefeituras e das câmaras inadimplentes”, informou.

Por José Luís Diniz (CCOM-MPMA)

Fernando Haddad pede fala dura de Ciro Gomes contra Bolsonaro e diz que PT sobreviveu

Pedetista volta de Paris, mas precisa sair de cima do muro

DCM

Reportagem de Nathan Lopes no UOL informa que o candidato do PT a presidente, Fernando Haddad, disse esperar que Ciro Gomes (PDT), que disputou o Planalto no primeiro turno, faça uma “fala dura” para que eles possam “vencer juntos” a eleição contra Jair Bolsonaro (PSL). Nos últimos dias, Haddad tem buscado um apoio explícito de Ciro, que terminou em terceiro lugar na corrida. O candidato derrotado do PDT viajou para o exterior após o primeiro turno e retorna na noite desta sexta-feira (26) ao país. Um ato de recepção a Ciro está previsto para o aeroporto de Fortaleza, capital da base política do pedetista.

“Eu, sim, espero que ele, ao desembarcar, faça uma fala dura contra o fascismo, contra o nazismo, contra tortura, contra o discurso do ódio, contra a venda do Brasil”, disse Haddad em entrevista à rádio Super, de Minas Gerais nesta sexta-feira de manhã. “Ciro é um patriota. Tenho certeza que ele vai fazer uma fala dura nessa reta final. E nós vamos vencer juntos. Porque não vai ser a vitória de um indivíduo. Vai ser uma vitória de um projeto de nação contra o desmonte que o Bolsonaro representa”, disse, de acordo com a publicação.

Haddad também ressaltou que o PT é o partido que “sobreviveu à crise política, ao contrário do MDB e do PSDB, que foram punidos severamente pelos eleitores”, citando a bancada feita no Congresso para a próxima legislatura. “Dos grandes partidos, sobreviveu o PT, mas isso não pode dar ao PT outra condição que não seja de humildade. Porque, para nós continuarmos vivos e crescermos, vamos ter que fazer uma reflexão sobre tudo o que aconteceu”, completa o Portal UOL.

Um sopro de esperança: vantagem de Bolsonaro cai 6 pontos no Datafolha

TIJOLAÇO

De 18 pontos (59% a 41%) na última pesquisa, a vantagem de Jair Bolsonaro para Fernando Haddad, segundo o Datafolha, caiu para 12 pontos, na pesquisa divulgada hoje, quando assinalaram 56% e 44% respectivamente.

Ainda é grande, sim, mas é evidente que a tendência mudou e o ex-capitão já não ostenta a tranquilidade que apresentava no início da semana, quando se dizia com “a mão na faixa”.

Está claro quem está subindo e quem está caindo, o que nos desafia é a velocidade e a intensidade deste processo.

Cabe agora a todos os democratas deixarem o “muro”, pois já não há a desculpa que “não adianta nada” passar por cima de divergências, dar um voto a Fernando Haddad e evitar a ascensão do fascismo no Brasil.

Não é hora de recriminações e de “mimimis”, é o Brasil que está nos chamando.

Tivemos um sopro de esperança, um vento de lucidez. Precisamos torná-lo um vendaval em pouco mais de 48 horas.

Difícil? É, muito. Cada hora vale por um dia.

Mas lembre-se que cada voto vale por dois e mudar 6 votos em cada cem vira o resultado da eleição.

“Eu fiz uma campanha com a supremacia do verbo sobre a verba”, declara Márcio Jerry em entrevista à Rádio e TV Assembleia

Terceiro deputado federal mais bem votado no Maranhão nas eleições deste ano, o jornalista e presidente estadual do PCdoB, Márcio Jerry, concedeu entrevista ao complexo de comunicação da Assembleia Legislativa do Maranhão. Em programas veiculados no rádio e na TV, Márcio – que também reassumiu a Secretaria de Estado de Comunicação Social e Assuntos Políticos (Secap) até que seja empossado no cargo eletivo – fez o balanço da campanha e falou das expectativas para o mandato na Câmara Federal e para a segunda gestão do governador Flávio Dino, que se inicia em janeiro de 2019.

Em conversa com a apresentadora Elda Borges e também com a radialista Régina Santos, o parlamentar eleito definiu o mandato de deputado federal como um grande, porém grato desafio. “Estou encarando esse desafio com o sentido de responsabilidade, de que é uma oportunidade que os maranhenses, com a benção de Deus, me deram para ajudar nosso estado e o nosso país, levando para a Câmara Federal uma vida inteira como militante político. Estou muito entusiasmado, contente e com muita vontade de assumir e fazer um mandato que orgulhe todos os maranhenses, não apenas os 134.223 que votaram em mim, mas espero que todo o povo do Maranhão possa ter em meu mandato uma referência da boa política”, pontuou.

Para Márcio Jerry a expressiva votação se deve à sua biografia irretocável e coerente, apresentada aos maranhenses durante a campanha e ao longo dos anos, bem como o importante apoio dos movimentos sociais, sindicais, da militância do PCdoB e dos prefeitos do partido e aliados, que ajudou a eleger no pleito municipal de 2016, e estes foram, segundo ele, o sustentáculo da vitória.

Uma das marcas da campanha vitoriosa levantada por Márcio Jerry foi o diálogo como forma de quebrar um paradigma negativo existente na cena política maranhense que é o uso do poderio econômico. “Eu fiz uma campanha, como disse desde o primeiro momento, com a supremacia do verbo sobre a verba, uma campanha de pouca estrutura, mas de muita articulação, muito diálogo e colocando sempre em avaliação aquilo que foi a minha vida de militante político”, definiu Márcio Jerry.

Ele avaliou que foi este conjunto de fatores, todos muito positivos e virtuosos, que o levaram a poder exercer o primeiro cargo eletivo, depois de grande contribuição com os movimentos sociais, em cargos no Executivo e como professor universitário. “E isso me orgulha muito porque dá a mim a condição de fazer um mandato que seja a extensão da minha militância durante a vida inteira e seja, também, a extensão da campanha eleitoral. Fiz uma campanha bonita, limpa, correta, ética e isso faz com que se projete ium mandato de trabalho limpo, correto e ético”, adiantou.

Gestão Flávio Dino

Márcio, que foi secretário do Governo Flávio Dino por três anos e três meses – tendo se afastado para a campanha de deputado federal e também para coordenar a campanha de reeleição do governador – defende que, a despeito da crise econômica e fragilidade política que o país vive, o Maranhão deverá seguir na contramão do resto do país, independente, por exemplo, dos resultados da eleição para presidente, que se avizinha, no domingo próximo.

“O grande desafio do governador Flávio Dino é continuar fazendo um bom governo na contracorrente da economia brasileira, pois continuamos sob uma forte crise econômica no país e um quadro instabilidade política. Precisamos ver como o país vai se comportar a partir da eleição de domingo, mas em qualquer cenário haveremos de ter um governo desafiador”, assegurou.

O segundo mandato do governador Flávio Dino deverá ser, segundo prospecções de Márcio Jerry, ainda melhor que o primeiro. Ele frisou que “o governador Flávio Dino já demonstrou que, entre tantas qualidades, é uma pessoa corajosa para enfrentar adversidades e vai continuar o governo sintonizado com o nosso povo, investindo fortemente em educação, saúde, infraestrutura urbana e criando condições para que haja um novo ciclo de desenvolvimento, com inclusão social, em todo Maranhão”.

Lençóis Maranhenses é candidato a patrimônio mundial natural

Agência Brasil – O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses pode ser declarado Patrimônio Mundial Natural pela Unesco em 2020. O Ministério do Meio Ambiente enviou nesta quarta-feira (24) um dossiê para a Unesco, instituição das Nações Unidas que trata de assuntos de Educação, Ciência e Cultura, formalizando a candidatura.

O documento defende que o Parque cumpre pelo menos três requisitos exigidos pela Unesco para ser declarado como patrimônio mundial: é uma área de beleza natural excepcional, detentora de processos geológicos significativos e ainda importante para a conservação da biodiversidade. Pelas regras da instituição, é preciso que o candidato cumpra apenas um dos requisitos.

A avaliação da candidatura do Parque dos Lençóis será feita em 2020 porque no ano que vem a Unesco já vai debater outra candidatura brasileira, Paraty e Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, que disputam conjuntamente o título.

Atualmente, o Brasil tem 21 patrimônios mundiais reconhecidos pela Unesco e sete deles são também patrimônios naturais, como o Parque Nacional do Iguaçu, onde ficam as cataratas, e a Ilha de Fernando de Noronha.

O Parque Nacional dos Lençóis foi criado em 1981 e ocupa mais de 150 mil hectares no litoral do Maranhão. É o principal destino turístico do estado. E se engana quem acha que a região tem apenas dunas de areia branca e lagoas cheia de tons de azul e verde. A vegetação tem influência do Cerrado, da Caatinga e da Amazônia, por isso, também conta com restingas e manguezais.

Raquel Dodge pede depoimento de suposto coronel que ofendeu Rosa Weber

Jornal do Brasil

Ao requerer a instauração de inquérito sobre ameaças à ministra Rosa Weber, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu audiência com o suposto “Coronel Carlos Alves”, que aparece em vídeo proferindo ofensas contra a presidente do Tribunal Superior Eleitoral. As informações foram divulgadas pela PGR.

Em vídeo, o militar ameaça a ministra caso sejam aceitas as ações contra o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, por caixa 2 e abuso de poder econômico. No documento, a PGR cita que a Segunda Turma do STF aprovou, por unanimidade, representação para adoção das providências cabíveis, na esfera criminal.

Raquel Dodge (Foto: José Cruz/Agência Brasil )

Para Raquel Dodge, a manifestação feita no vídeo, que tem a duração de 28m59s, “contém graves ofensas à honra da ministra Rosa Weber, imputando-lhe tanto fatos definidos, em tese, quanto conduta criminosa, além de difamar-lhe a reputação, mediante imputação de fatos extremamente ofensivos”.

Ao requerer a instauração de inquérito sobre ameaças à ministra Rosa Weber, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu audiência com o suposto “Coronel Carlos Alves”, que aparece em vídeo proferindo ofensas contra a presidente do Tribunal Superior Eleitoral. As informações foram divulgadas pela PGR.

Em vídeo, o militar ameaça a ministra caso sejam aceitas as ações contra o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, por caixa 2 e abuso de poder econômico. No documento, a PGR cita que a Segunda Turma do STF aprovou, por unanimidade, representação para adoção das providências cabíveis, na esfera criminal.

Além de graves acusações aos integrantes do TSE e do STF, há manifestações que podem ser consideradas crime contra a honra do ministro Ricardo Lewandowski, “mediante falsa imputação de conduta criminosa e de fato ofensivo à sua reputação”. Eventuais ofensas a outros integrantes da Corte também deverão ser objeto de análise a partir da transcrição integral do vídeo.

Diante da gravidade dos fatos, Raquel Dodge requer a imediata instauração de inquérito policial para apuração, inicialmente, dos crimes de calúnia, difamação, injúria e ameaça, além de outros. A PGR solicitou, ainda, a identificação, qualificação e oitiva do autor do vídeo.

Veja o vídeo

https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=3MydzZb_jNA

Bajulador-mor do prefeito insinua que houve compra de votos, mas não toma nenhuma providência

Pretendia falar a respeito da eleição de deputado – estadual e federal – em Araioses apenas após o segundo turno, portanto a partir de segunda-feira.

Porém, me mandaram um link de uma postagem do blogueiro do prefeito Cristino, Djair Prado, em qu ele faz uma análise desses resultados, onde ele só não ver o óbvio – a menor votação que um prefeito já deu a seus candidatos, em uma eleição aqui em Araioses, por muito impopular que estivesse.

Mostrando nada saber sobre o que escreve o bajulador-mor do prefeito de Araioses diz: “População está de olho no áudio vazado de compra de votos em um dos maiores colégios eleitorais do município”…

Não seria as autoridades competentes que deveriam está de olho?

Se o assunto preocupa o blogueiro e como autoridade que é, porque ele já não levou o vídeo para as autoridades competentes apurarem, se houve ou não crime eleitoral, no caso compra de votos?

Outra coisa, fazer pouco do que conseguiu a Resistência Araiosense na eleição que passou, mostra o quanto está disposto fazer para quem mantem suas mordomias a custa de dinheiro público.

Os 183 votos que Daniella Tema teve aqui em Araioses e os 437 dados a Marcio Jerry aqui também foram votos conquistados e não comprados, como o próprio bajulador-mor do prefeito insinua em sua postagem que foram praticados por alguém.

Antes de ficar a fazer chacota com um movimento, que mesmo pequeno, já plantou uma importante semente, que certamente ainda dará bons frutos num futuro não tão distante, Djair deveria a bem da boa informação dizer quanto custou os votos que os candidatos do prefeito dele teve na eleição do dia 7 de outubro.

Por fim, impostor, aproveita bem do cargo que nada fez para conquista-lo, pois já está em curso um seguimento que vai conquistar a prefeitura de Araioses e nessa equipe só vai ter espaço para quem quiser trabalhar de verdade, pelo bem comum araiosense.