Jânio de Freitas – Forma e conteúdo

Jânio de Freitas

O entendimento pleno entre Michel Temer e os ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes, a respeito da farta percepção de golpe, não surpreende, por nenhum dos três. Mas a adesão de Celso de Mello a manifestações públicas de fundo político, sem razão alguma para sair de sua área, é mais uma contribuição para a difundida inconformidade com o Supremo na atual crise.

Causa mais citada pela inconformidade, a protelada apreciação do afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara –pedido há quatro meses pelo procurador-geral Rodrigo Janot– recebeu afinal uma explicação, embora indireta, do ministro Teori Zavascki. Em síntese, a acusação principal no pedido são os trambiques de Eduardo Cunha contra a ação do Conselho de Ética que o ameaça. No entender de Zavascki e outros, porém, o tema compete à Câmara.

O problema se repete: com o êxito dos pulos de Cunha e o alheamento do Supremo, nada resta a fazer contra o comando da Câmara por um réu em processo no próprio Supremo. E no tribunal os ministros citados e ainda outros, como Dias Toffoli e Cármen Lúcia, dizem que “as instituições e a democracia estão funcionando”.

Celso de Mello considera “um gravíssimo equívoco” as referências de Dilma a golpe. Porque “o procedimento destinado a apurar a responsabilidade da senhora presidente da República respeitou todas as fórmulas estabelecidas na Constituição”.

As fórmulas. Ou seja, Celso de Mello considera a forma, e se satisfaz. Mas o golpe não está na forma, está na essência, no argumento, que apenas se vale da forma. E este argumento consiste em, de repente, considerar crime, para efetivar um impeachment, uma prática financeira aceita nos governos anteriores e em atuais governos de Estados. Um casuísmo, portanto, um expediente oportunista.

Integrante mais antigo do Supremo, nomeado ainda por Sarney, Celso de Mello é o ministro que mais recorre a bases teóricas do Direito, em imensas digressões engordadas com citações a autores, jurisprudências e votos passados. O seu súbito enlace com o formalismo, e do mais simplório, pode satisfazer-lhe a visão política, mas trai sua dificuldade de sustentar com argumentos jurídicos o golpe da repentina criminalização de créditos suplementares, velhos conhecidos da Fazenda, do Tesouro e do TCU.

Dias Toffoli também tem o que dizer sobre o que os jornais disseram que Dilma diria na ONU mas não disse, e por isso os que inventaram que ela diria agora se dizem surpresos. Toffoli: “Alegar que há um golpe em andamento é uma ofensa às instituições brasileiras. E isso pode ter reflexos ruins no exterior”. Os reflexos ruins já estão na imprensa internacional, que não se deixou enganar. Sem falar no manifesto de 8.000 juristas mundo afora, denunciando o golpe.

“Ofensa às instituições” é a trama em montagem para separar o processo, no TSE presidido por Toffoli, sobre as contas de campanha da chapa Dilma-Temer. Com um processo para cada um, como Gilmar Mendes articula, Temer pode ser absolvido enquanto Dilma é condenada. Gilmar Mendes chegou a dizer que “o tribunal (Superior Eleitoral) tinha posição contrária, mas agora podemos ter um quadro novo”. Outro casuísmo, outro expediente oportunista. O golpinho filhote do golpe.

Em importante artigo na “Ilustríssima” de domingo (17) (pág. 6), cuja leitura recomendo muito, Daniel Vargas faz uma análise original e aguda do Judiciário e, em particular, do STF. Constitucionalista, doutor em Direito Público por Harvard, em dado exemplo diz: “Cármen Lúcia e Dias Toffoli, ao afirmarem publicamente que impeachment não é golpe, pois está previsto na Constituição, abusam da retórica para, implicitamente, oferecer suporte ao movimento político de destituição da presidente Dilma Rousseff”.

É o que fazem também os outros ministros aqui citados, com exceção de Teori Zavascki, que mantém a reserva devida por magistrados. São 35 os partidos com registro. Mais os meios de comunicação. O Supremo Tribunal Federal não precisa ser mais do que Supremo Tribunal Federal. Aliás, precisa-se que seja o Supremo Tribunal Federal.

Jânio de Freitas – Colunista e membro do Conselho Editorial da Folha, é um dos mais importantes jornalistas brasileiros. Analisa as questões políticas e econômicas. Escreve aos domingos e quintas-feiras.

Lava Boca recebeu carinhosamente Dr. Cristino e sua equipe

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Dizem que o pior cego é que tem olhos e se nega a ver. Isso se aplica a supostas lideranças políticas de Araioses que ávidas por colocarem uns trocados no bolso – procedentes de quem dá mais – fingem não ver que a verdadeira alternativa para se avançar politicamente em nosso município, passa pela eleição do médico Cristino Gonçalves a prefeitura de Araioses nas eleições deste ano.

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Como pré-candidato, ele tem realizado uma maratona de visitas aos povoados araiosenses aonde carinhosamente vem recebendo o apoio nessas comunidades.

Essas supostas lideranças, antes de embolsar essas migalhas de quem está no poder e não fez por merecer continuar, e de quem quer voltar também sem o menor merecimento, deveriam refletir sobre a maldição desse dinheiros – geralmente sujos, frutos da corrupção – e por em primeiro lugar a situação de um povo que sofre por não ter um serviço público digno e qualificado.

Porém, enquanto eles andam na contramão da história o povo abraça os pré-candidatos do grupo Unidos por Araioses – um seguimento político genuinamente araiosense, em oposição aos de outras cidades e estados – dizendo estamos juntos, podem cofiar em nós, podem confiar em Deus.

Ontem (21) foi de emocionar até aqueles de corações mais duros à recepção que moradores da comunidade Lava Boca proporcionaram ao Dr. Cristino, Bernardinho Almeida, Dr. Leonel e demais integrantes daquela confiante comitiva.

A reunião foi na casa de Paulo Moser, líder daquela comunidade – que mostrando um exemplo a ser seguido por outros – não aceitou propostas dos endinheirados e preferiu ficar ao lado do povo, ao lado do médico do povo, ao lado de quem quer fazer uma política limpa e democrática em benefício desse povo.

Ao longo dos debates que se transformou aquele encontro uma verdade incontestável: lá também o povo está abandonado pelo poder público e querem mudanças concretas, bem diferentes do que tem sido ao longo de muitos e muitos anos, o formato das administrações públicas onde o povo só tem sido visto em períodos eleitorais.

Após a reunião a comitiva do Unidos por Araioses retornou a cidade com a convicção de que a luta só está começando, de que os desafios e obstáculos são grandes, mas que estão no caminho certo.

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Dilma na ONU: “O povo brasileiro saberá impedir retrocesso”

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Em seu discurso na sede das Nações Unidas, em Nova York, onde participa da cerimônia de assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança Climática, a presidenta Dilma Rousseff fez uma rápida e firme menção à situação política de seu país. Depois de classificar como “grave” o momento pelo qual passa o Brasil, ela afirmou que a sociedade brasileira saberá impedir retrocessos. E encerrou sua fala agradecendo aos líderes que expressaram solidariedade.

“Não posso terminar meu discurso sem falar sobre a grave crise que vive o Brasil”, disse a presidenta, em seu pronunciamento de 5 minutos e 40 segundos. “O Brasil é um grande país, com uma sociedade que soube vencer o autoritarismo e construir uma punjante democracia. Nosso povo é um povo trabalhador e com grande apreço pela liberdade. Saberá, não tenho dúvidas, impedir qualquer retrocesso. Sou grata a todos os líderes que expressaram a mim sua solidariedade”, completou.

MÍDIA ESTRANGEIRA

A fala serviu para chamar a atenção do mundo para a crise política brasileira e despertar ainda mais o interesse da mídia estrangeira em relação à denúncia do golpe em marcha no país. A expectativa é de que a presidenta conceda uma entrevista coletiva a veículos de comunicação internacionais, na qual poderá falar mais com maior liberdade sobre a situação do Brasil.

Veja abaixo a íntegra da fala de Dilma:

https://www.youtube.com/watch?v=RmBSbhbgu5I

Fonte: Portal Vermelho

Com a morte do ex-prefeito Olímpio, morre também parte da história política de Araioses

Nas primeiras horas de ontem (21), morreu o ex-prefeito de Araioses Olímpio Jacinto da Cunha, aos 103 anos de idade. Com seu falecimento morre também uma grande parte da história política do município.

Olímpio Jacinto da Cunha

Olímpio Jacinto da Cunha

Seu Olímpio foi uma das últimas grandes lideranças políticas de Araioses, em um tempo onde a palavra de um homem estava acima de qualquer valor material. Atuou politicamente junto a homens como Silvio Freitas Diniz, Oscar de Freitas, Sebastião Furtado, Leônidas Quaresma, Tito Ferreira Gomes, entre outros, não necessariamente do mesmo lado.

Foi vereador por vários mandatos e em 1982 se elegeu vice-prefeito na chapa que tinha como titular Tito Ferreira Gomes, que já havia sido prefeito de Araioses na década de 60. Naquele pleito eles venceram o candidato de Zé Tudes, Chagas Paixão, que viria ser eleito prefeito de Araioses em 1996, apoiado por Vicente de Paula Moura.

ARENA e MDB

Seu Olímpio que fez parte do grupo dos Freitas até o ano de 1976, tentou a eleição de prefeito de Araioses naquele ano pela legenda do MDB. Como regime brasileiro era bipartidário naquela época, só existiam duas legendas: ARENA – Aliança Renovadora Nacional e MDB – Movimento Democrático Brasileiro. Para agregar as lideranças divergentes nos municípios a Ditadura Militar, que governava o País naqueles anos, impôs as sublegendas permitindo até três candidatos por partido.

Naquele ano de 1976 a Arena teve três candidatos: Tito Ferreira Gomes, Chico Machado e Raimundo Ribeiro. Já o MDB disputou com dois, Zé Tudes e Olímpio Jacinto da Cunha. Ao final, Tito foi o mais votado, porém o eleito foi Zé Tudes, pois os dois candidatos do MDB tiveram mais votos do que os três da ARENA.

Dizem os que viveram aquelas eleições de perto que o Olímpio era o favorito a vitória dentro do grupo dos Freitas e que uma ação as vésperas do pleito por parte de Silvio de Freitas em favor de Zé Tude, é que lhe tirou o mandato. Insatisfeito largou a o MDB e passou para ARENA, partido que Zé Tudes, como prefeito, a seguir também aderiu.

Olímpio Jacinto da Cunha exerceu o cargo de prefeito de Araioses por pouco tempo, apenas terminou o mandato de Tito Ferreira Gomes que foi afastado pela Justiça de Araioses no ano de 1988.

Assassinato 

Seu Olímpio poderia ter um herdeiro político, se não fosse um assassinato que abalou com as estruturas políticas de Araioses no início do ano de 1985. Seu filho, José Maria da Cunha era vereador e já despontava como o mais provável futuro prefeito de Araioses a ser eleito em 1988.

Porém, numa atitude radical e que surpreendente assassinou friamente Antonio Rodrigues – que também queria disputar a eleição de prefeito de Araioses – ao lado do posto telefônico da TELMA, aonde hoje está à torre da OI. Após cometer o crime fugiu para local ignorado e nunca mais retornou a Araioses, jogando para bem longe uma carreira política que poderia ter sido brilhante.

Como pessoa e como político, Olímpio Jacinto da Cunha foi uma criatura amável e simpática que procurou ao longo de sua vida servir mais do que ser servido.

Flávio Dino, Waldir Maranhão e o golpe

Blog do Ed Wilson
Governador Flávio Dino entrega a Dilma a mercadoria com defeito: Waldir Maranhão

Governador Flávio Dino entrega a Dilma a mercadoria com defeito: Waldir Maranhão

O deputado federal e vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão, (PP) é uma cédula de três reais.
Em menos de uma semana, ele mudou de posição quatro vezes.
Era a favor do impeachment, mas foi seduzido pelo governador Flávio Dino (PCdoB) e mudou de lado.
Antes da votação de domingo, circulavam boatos de que ele retomaria a ideia original, mas na hora h votou conforme o combinado, mediante a promessa de que teria o Ministério da Educação, caso Dilma se mantenha na Presidência.
Dois dias depois, lá estava Maranhão operando a favor do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), em mais uma das infinitas manobras para livrá-lo do processo no Conselho de Ética.
Réu na Lava Jato e o principal articulador do impeachment da presidente Dilma Roussef (PT), Eduardo Cunha já foi auxiliado diversas vezes pelo parlamentar maranhense.
A manobra mais recente reduz o trabalho do Conselho de Ética ao menor dos delitos de Cunha, causando grande repercussão nacional.
O governador Flávio Dino chegou a festejar a “conversão” de Waldir Maranhão à tese “contra o golpe”, mas foi golpeado logo em seguida, quando o deputado mais fiel de Cunha agiu para ajudar o golpista-mor.
Não se pode confiar em Waldir Maranhão para nenhuma causa da democracia. Ele é o que é.
Acabou ficando feio para o governador Flávio Dino, que chegou a tirar foto entregando a mercadoria falsa para a presidente Dilma.
Uma lástima esse Maranhão.

Matinha e Bolacha receberam a visita do Unidos por Araioses

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Dr. Cristino, BBA e equipe continuam intensificando o trabalho de pré-campanha do Unidos por Araioses nos povoados araiosenses. Nos últimos dias estiveram em Matinha e Bolacha onde como sempre foram muito bem recebidos pelas aquelas comunidades.

Nesses encontros os problemas das comunidades são debatidos e já se pode ter uma ideia de como estão os ânimos. As queixas são muitas. Se sentem abandonados pelo poder público e fazem questão de dizer que esse abandono já vem de muitos anos.

As carências são muitas, mas nada comparado com as reclamações da falta de um serviço de qualidade na área de saúde para a população. As mulheres são as que mais se queixam, pois afinal são as que mais sofrem.

Todas as informações colhidas nessas visitas serão usadas como referência na elaboração do plano de governo que será apresentado na campanha.

Um detalhe importante: nas palestras do Unidos por Araioses não tem churrasco, não tem bebedeiras, não tem engodo, não tem transporte. O povo vai por que quer e por que quer participar.

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Quando o 1% mais rico se une em torno de um pato, o povo sabe que tem de estar do outro lado, diz Flávio Dino

Parlamentares que votaram contra o processo de impeachment no domingo (17/abril) foram homenageados pela seção maranhense do PCdoB em São Luís. Em ato na Assembleia Legislativa do Maranhão, o governador Flávio Dino entregou uma placa a cada um dos deputados maranhenses que votaram contra o impeachment, além de deputados de outros estados convidados, como Wadih Damous (PT-RJ), Jean Wyllys (P-Sol-RJ) e Alessandro Molon (Rede-RJ).

O governador do Maranhão afirmou ser necessária a homenagem pois, “ali, nos 30 segundos entre o deputado ser chamado e ir até o microfone, o mais fácil era votar com a maioria, mesmo contra a própria opinião, como sei que muitos fizeram”.

Antes de se dirigir aos presentes, o governador prestou uma homenagem a “uma mulher que já entrou para a história, aconteça o que acontecer”, a presidenta Dilma Rousseff. “Porque não é fácil, não é fácil enfrentar o que esta mulher está enfrentando. Todo tipo de ataque e ofensa, cujo alge foi aquele voto daquele deputado fascista, criminoso e torturar, cujo nome não declino para não homenageá-lo”, afirmou.

Flávio Dino discursa no ‘Ato em Defesa da Democracia e da Constituição’

Flávio Dino discursa no ‘Ato em Defesa da Democracia e da Constituição’

Professor de direito e ex-juiz federal, o governador ironizou a tese usada para buscar a cassação da presidenta. “Estudo direito há 30 anos, nunca vi algo tão forjado quanto a invenção do crime de responsabilidade chamado “pedalada fiscal””.

O governador aconselhou a oposição a esperar 2018 para disputar as eleições. “Mas não querem esperar eleição porque não têm como ganhar voto com esse programa de restrição de direitos”, diz Flávio Dino. “Quando o 1% mais rico do país se reúne em torno de um pato para defender seus interesses, os pobres deste país não podem ter dúvida qual lado é correto”, afirmou.

Flávio Dino demonstrou confiança em que as mobilizações sociais vão barrar possíveis retrocessos. “Os movimentos sociais estão mostrando que quem constrói história deste país é o povo organizado para defender seus direitos”, afirmou.

Memória de Jackson Lago

“Nós não estamos discutindo acertos ou erros de governo”, disse o deputado Weverton Rocha (MA), líder do PDT, que apoia a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência em 2018. “O que está em jogo é algo muito maior que é a Constituição de nosso país”.

Secretário do governo Jackson Lago (PDT), Weverton lembrou os dias que se seguiram à sua cassação sem provas. “Os que foram a Brasília articular votos a favor do golpe são os mesmos que aprenderam os caminhos para voltar ao poder sem passar pelo voto popular”, lembrou Weverton, em referência à cassação de Jackson Lago (PDT) que levou ao poder de volta Roseana Sarney (PMDB).

“Se Temer assumir, não governa”

Representando os deputados de outros estados, Wadih Damous rejeitou a ideia de pedir eleições gerais. “Vamos lutar até o fim contra o golpe, para fazer valer o voto popular”, afirmou. “Se Michel Temer tomar posse não governará”, afirmou o parlamentar. Outro petista, o deputado Zé Carlos (MA) preferiu homenagear o governador. “Se há alguém merecedor deste prêmio é o governador do Maranhão que vem sendo um líder nessa batalha”, disse. “Esta coragem premiada hoje não é a coragem de um partido, um deputado ou um governador. É a coragem de todo o povo”, afirmou o vice-líder do PCdoB na Câmara Rubens Pereira Jr (MA).

O vice-presidente da Câmara Waldir Maranhão (PP-MA) lamentou o “preconceito contra nós nordestinos que nos colocamos contra o golpe”. Mas afirmou que “o mundo está nos acompanhando, olhando a defesa que fazemos de nossa Constituição”.

Fonte: Maranhão da Gente

Cantor Prince morre aos 57 anos

prince-1461258885400_300x200O cantor Prince morreu aos 57 anos. O corpo dele foi encontrado em sua casa, no estado  norte-americano de Minnesota, nesta quinta-feira (21). A causa da morte ainda não foi informada.

Inicialmente, a polícia apenas noticiou ter encontrado um corpo na casa e estúdio do cantor, mas não havia confirmado que se tratava do cantor. A morte só foi confirmada posteriormente por um assessor do artista à agência de notícias Associated Press

Prince foi para o hospital em estado de emergência em 15 de abril. Por causa disso, o jatinho particular dele teve de fazer um pouso de emergência em Illinois. No dia seguinte, ele garantiu aos fãs que estava bem durante um show.

Ícone pop
Prince tornou-se um fenômeno mundial nos anos 1980, fundamentalmente com “Purple Rain” (1984), frequentemente considerado um dos melhores álbuns de todos os tempos.

Nascido como Prince Rogers Nelson, o cantor e compositor mudou, nos anos 1990, seu nome para um impronunciável “símbolo de amor”, e escreveu a palavra “escravo” em sua bochecha, para protestar contra as condições contratuais do selo Warner.

Foi um artista prolífico, e abraçou o streaming, considerando que a tecnologia on-line lhe dará maior liberdade artística. Prince fez recentemente shows em Paisley Park e Austrália, onde se apresentou somente com um piano, afirmando que desejava um novo desafio artístico.

O cantor se casou duas vezes. A primeira com a dançaria Mayte Garcia, de que se separou em 2000, e a segunda com Manuela Testolini, de que se apartou em 2006.

Fonte: Jornal Pequeno

População entra em pânico com a onda de assaltos em Araioses

Imagem de ilustração

Imagem de ilustração

A população de Araioses está muito preocupada com a onda de assaltos ocorridos nos últimos dias na cidade. Os alvos têm sido jovens que tem seus celulares roubados, postos de gasolina e agência dos Correios.

Dois jovens e uma funcionária de uma loja no centro da cidade foram abordados por volta das oito da noite da última segunda-feira (18), por dois assaltantes que estavam numa Bross preta e amarela e levaram deles seus aparelhos celulares. O fato ocorreu na Rua 25 de Dezembro, nas proximidades da loja Ponto das Parabólicas, bairro Rodeador.

Ontem, mais uma ação dos bandidos ocorreu, desta vez no Estádio Cardosão, localizado na Rua Mariano Cardoso, bairro Nova Conceição. Segundo informações que chegaram ao blog um grupo de jovens estavam sentados na calçado do estádio usando seus celulares, quando os bandidos chegaram e levaram os aparelhos de todos.

É muito comum se ver jovens com celulares fora de casa navegando em redes sociais e sabendo disso os marginais estão agindo. O fato de não haver iluminação pública na grande maioria das ruas da cidade, está facilitando as ações dos bandidos. Ainda se sabe que os bandidos – que não estavam usando capacetes – seriam os mesmo e procedentes do povoado Flexeiras em Água Doce do Maranhão.

Uma das vítimas já registou BO na delegacia de polícia de Araioses, mas até agora não temos informações da prisão de ninguém.

Votação do impeachment revela 5 coisas que você não sabia sobre a Câmara

Notícias UOL

Renata Mendonça
Da BBC Brasil, em São Paulo

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Deputados comemoram aprovação do impeachment de Dilma na Câmara

A votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados no último domingo deixou os brasileiros com os olhos fisgados na televisão, e não apenas pelo resultado: também pelos discursos dos deputados durante o voto.

Entre os comentários nas redes sociais sobre a votação, a palavra “vergonha” foi uma das que mais apareceu – usada por mais de 270 mil vezes para descrever o que acontecia na Câmara e os discursos dos deputados.

A tarde de domingo foi o dia de conhecer os 511 dos 513 parlamentares (dois se ausentaram da votação) e revelou algumas coisas sobre eles que pouca gente sabia.

A BBC Brasil preparou uma lista delas:

1) Uma pequena parcela dos deputados foi eleita por voto direto

A Câmara dos Deputados eleita em 2014 tem apenas 73 representantes que foram eleitos pelo voto direto de seus eleitores, segundo estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral. Os outros 440 ganharam o direito de ocupar as cadeiras do Parlamento por conta de dois elementos-chave do sistema político brasileiro: o quociente eleitoral e o quociente partidário.

Funciona assim: para ser eleito, qualquer candidato a deputado federal ou estadual depende não apenas dos votos que recebe, mas também dos recebidos por seu partido ou coligação.

Dessa forma, todos os votos válidos das eleições (número total de votos em candidatos ou legendas, descontados os brancos e nulos) são divididos pelo total de vagas em cada Parlamento (513, no caso da Câmara dos Deputados). Essa divisão resulta no quociente eleitoral. Para conseguir eleger deputados, o partido ou coligação precisará alcançar no mínimo esse quociente.

Depois disso, será determinada a quantidade de vagas que cada partido/coligação ocupará na Câmara. Isso depende de outra conta: a do quociente partidário.

Ele é calculado pela divisão do número de votos recebido por cada partido pelo quociente eleitoral. Quanto maior o quociente partidário, mais vagas os partidos/coligações obterão.

“Os votos computados são os de cada partido ou coligação e, em uma segunda etapa, os de cada candidato. Eis a grande diferença. Em outras palavras, para conhecer os deputados e vereadores que vão compor o Poder Legislativo, deve-se, antes, saber quais foram os partidos políticos vitoriosos para, depois, dentro de cada agremiação partidária que conseguiu um número mínimo de votos, observar quais são os mais votados. Encontram-se, então, os eleitos. Esse, inclusive, é um dos motivos de se atribuir o mandato ao partido e não ao político”, explica o TSE.

O sistema, porém, traz incongruências: um candidato com um número expressivo de votos pode acabar não sendo eleito caso seu partido não atinja o quociente eleitoral. E um candidato que não receba tantos votos assim pode acabar sendo eleito caso seu partido tenha um “puxador de votos”, ou seja, um candidato muito bem votado que acabe elevando o quociente partidário de sua coligação.

Foi o caso de Celso Russomanno (PRB-SP): dono agora da segunda maior votação da história da Câmara, com 1,5 milhão de votos, ele elegeu outros quatro deputados de seu partido (Sérgio Reis, que recebeu 45.330 votos, Beto Mansur, com 31.305, Marcelo Squasoni, com 30.315, e Fausto Pinato, com 22.097 votos).

2) Dos 513 deputados, 273 são citados em ocorrências na Justiça ou em Tribunais de Contas

Segundo um levantamento feito no projeto Excelências, da ONG Transparência Brasil, 273 dos 513 deputados que compõem a Câmara atualmente respondem a algum tipo de processo judicial. Eles são citados em ocorrências seja na Justiça ou em Tribunais de Contas.

O número representa 53% da Casa. Os processos variam de acusações de crimes eleitorais a de corrupção ou má gestão do dinheiro público.

Na lista dos partidos de deputados investigados, o PMDB lidera, com 53 parlamentares respondendo a processos (de um total de 85), seguido por PT, que tem 44 dos seus 73 com ocorrências, PP, com 40 de 50 e PSDB, com 37 de 62.

3) Congresso brasileiro representa pequena parte da sociedade, e há poucas minorias

Outra coisa que chamou a atenção de quem assistia à votação na Câmara foi a composição da Casa por uma imensa maioria de homens brancos, sobrando poucas cadeiras para negros, mulheres e indígenas.

Levantamento divulgado no site oficial da Câmara dos Deputados logo após a eleição de 2014 mostrava que 80% dos deputados eleitos eram homens brancos; um total de 15,8% se declararam pardos e 4,1% pretos; as mulheres compõem 10% da Casa; atualmente, nenhum índio ocupa cadeira na Câmara.

Esses números contrastam com a realidade da sociedade brasileira: de acordo com os dados mais recentes do IBGE, a população do Brasil é composta 54% por negros e 51% por mulheres.

4) Palavra “vergonha” uniu o país durante a votação

Diante de uma polarização política intensa na sociedade, tanto entre defensores do impeachment quanto entre os contrários, muitos manifestaram repúdio aos discursos da maioria dos deputados na hora do voto.

A palavra “vergonha” foi citada mais de 270 mil vezes no Twitter durante o domingo, segundo levantamento da BBC Brasil com a ferramenta Sysomos, e a maioria dos comentários em que a palavra aparecia era sobre a votação.

“Enfim o 7 a 1 deixou de ser a maior vergonha do Brasil”, comentou um usuário no Twitter. “Gente, vocês estão se sentindo representados? Porque a única coisa que me representa é a vergonha”, dizia outro. “De uma coisa eu sei: independente do SIM ou do NÃO, se a vergonha alheia não unir o brasileiro agora, nada mais fará”, opinava um terceiro post.

5) Brasil “parou” e conheceu seus deputados: audiência de TV aberta registrou recordes

Com exceção do SBT, todos os principais canais de TV aberta transmitiram a votação do impeachment ao vivo e os dados de audiência mostram que boa parte do país estava sintonizada na televisão para acompanhar os votos.

Na Rede Globo, a audiência picos de 37 pontos de audiência, o que representa cerca de 7 milhões de casas acompanhando a votação. A emissora passou quase 500 minutos sem interrupções com a cobertura ao vivo da Câmara dos Deputados, um tempo recorde – mais até do que durante a cobertura do 11 de Setembro, em 2001.

Somando as TVs abertas, foram mais de 50 pontos de audiência no domingo registrados durante a votação: 37 da Globo, 8 da Record, 4 da Band, 2 da Rede TV e 0,8 da TV Brasil. Esses dados são prévios e podem sofrer alterações com a divulgação oficial do Ibope, que só deverá acontecer na próxima semana.

Mulher é presa com cerca de 12 kg de drogas em São Luís

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Andréa Martins Nogueira já foi presa em Portugal pelo crime de tráfico internacional de drogas (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

A Polícia Civil por meio da Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Senarc) prendeu na noite desta terça-feira (19), em São Luís, uma mulher com cerca 12 kg de substância entorpecentes. Segundo informações da polícia, foi presa em flagrante Andréa Martins Nogueira, de 38 anos.

De acordo com os policiais, durante as buscas realizadas na residência de Andréa, situada no bairro Alto do Turu, na capital, foram apreendidos 8 kg da pasta de cocaína, 4 kg de crack, em forma de tabletes, bem como produtos químicos que eram utilizados no preparo e refino da droga. Ainda foi apreendido um revólver calibre 38 com duas munições intactas.

Essa não é a primeira vez que Andréa é presa por tráfico de drogas. Em 2001, ela foi presa em Portugal, onde cumpriu pena de quatro anos de reclusão pelo crime de tráfico internacional de drogas.

Andréa Martins Nogueira foi encaminhada para a Superintendência de Combate ao Narcotráfico (Senarc), onde foi autuada por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

Com informações da Polícia Civil

Grupo Sarney pressiona por ministério para Roseana

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Na sexta-feira (15), antevéspera da votação do impeachment na Câmara Federal, a ex-governadora Roseana Sarney montou um bunker em Brasília. O objetivo era garantir, na última hora, traições de deputados do PMDB e outros parlamentares ligados ao grupo Sarney.

No escritório montado pelo grupo Sarney para derrubar Dilma, Roseana garantiu a aliados que, consumado o impeachment, o passo seguinte seria a nomeação imediata da ex-governadora para um dos principais ministérios.

Consumada a votação que confirmou a traição de integrantes do PMDB, alguns deles ministros até o dia anterior, o grupo Sarney pressiona Michel Temer para que a ex-governadora Roseana Sarney assuma a pasta da Educação.

A estratégia do grupo Sarney com uma ascensão ministerial de Roseana não está relacionada apenas à tentativa de voltar ao poder. Implicada na Operação Lava Jato por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, a ex-governadora mira no foro especial para evitar que o juiz Sérgio Moro tenha acesso à investigação da Polícia Federal contra ela.

A articulação é intensa, aliados de Temer são abordados permanentemente por emissários de Sarney que ameaçam agir para obstruir o processo de impeachment no Senado, caso não haja garantias de que Roseana seja nomeada.

Enquanto isso, o senador Edison Lobão, ex-ministro de Minas e Energia do governo Dilma e também investigado na Operação Lava Jato, se diz indeciso na votação que decidirá pelo afastamento da presidente. Orientado por Sarney, o senador é mais uma peça no cerco montado em torno do vice-presidente.

Fonte: Blog Marrapá

Deputada que teve marido preso após impeachment se diz “atordoada”

Raquel Muniz afirma que o prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz, apontado por ela como exemplo de que o “Brasil tem jeito”, ao votar domingo, foi preso injustamente e que é um “gestor íntegro, ético e que preza pela transparência”

Congresso em Foco

A deputada Raquel Muniz (PSD-MG) diz estar “atordoada” e “chateada” com a prisão do marido, o prefeito de Montes Claros (MG), Ruy Muniz, na última segunda-feira (18), um dia após ela ter elogiado o companheiro durante a votação do impeachment na Câmara. “Meu voto é para dizer que o Brasil tem jeito. E o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão”, declarou a deputada antes de dedicar o voto à sua família e ao Norte mineiro, repetir “sim” diversas vezes e se agitar com uma bandeira do Brasil.

No comunicado, Raquel afirma que mantém os elogios ao marido, “um gestor íntegro, ético e que preza pela transparência das suas ações”, que sofre com um ato de injustiça, segundo ela. A prisão de Ruy, na avaliação dela, é ilegal por ele não oferecer “risco à ordem pública, nem perigo de fuga e nem haver qualquer indício de obstrução da justiça”. A deputada afirma ter “a plena certeza de que a verdade prevalecerá”.

Ela voltou a defender sua posição no último domingo. “Acredito que o meu voto, na noite do dia 17 de abril, foi um voto consciente, e mais: foi um voto responsável, pois vai ajudar na reconstrução do Brasil e devolver o nosso país aos trilhos do desenvolvimento”, afirmou.

O prefeito de Montes Claros foi preso acusado de prejudicar o funcionamento de hospitais públicos em favorecimento a uma rede particular administrada por sua própria família. A secretária municipal de Saúde também foi presa pela Operação “Máscaras da Sanidade II — Sabotadores da Saúde”. Os dois estão em presídios de Minas Gerais.

Veja o vídeo em que a deputada elogia o marido:

Veja a íntegra da nota de Raquel Muniz:

“Meus amigos, confesso que fiquei atordoada e muito chateada com tudo o que aconteceu. Precisei de um dia para tomar ciência do que se passava, respirar fundo e não desistir. Eu e Ruy sempre soubemos o que poderia acontecer com a gente quando entrássemos para a política, mas jamais que chegaria a esse ponto.

No entanto, não vamos nos intimidar em busca de um Brasil, de uma Minas e de um Montes Claros cada dia melhor. Por isso, reitero cada uma das palavras ditas no dia 17 de abril durante a votação para aceitar o processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff. Montes Claros tem um gestor íntegro, ético e que preza pela transparência das suas ações.

Não há razão jurídica para a prisão preventiva do meu marido, o prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz, por não haver risco a ordem pública, nem perigo de fuga e nem haver qualquer indício de obstrução da justiça. Há, sim, razões de outras ordens, não republicanas, que justificam essa investigação.

O meu marido, ao contrário do que está sendo amplamente noticiado, não teve a prisão decretada por motivos de corrupção e quem teve o senso ético de buscar a verdadeira motivação na decisão judicial pode verificar isto.

Todas as providências jurídicas cabíveis já foram tomadas e tenho a plena certeza de que a verdade prevalecerá.

Acredito que o meu voto na noite do dia 17 de abril foi um voto consciente e mais: foi um voto responsável pois vai ajudar na reconstrução do Brasil e devolver o nosso país aos trilhos do desenvolvimento.

Somos pessoas de bem e estamos à disposição da justiça e da sociedade para qualquer esclarecimento. Sou mulher de fé e permaneço acreditando na Justiça.

Dep. Federal Raquel Muniz”

Tucanos negociam recuo de Delcídio

Notícias UOL

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O senador Aécio Neves (PSDB-MG)

Com o aval do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), a oposição decidiu patrocinar a ida na próxima terça-feira (26) do ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (sem partido-MS) ao Conselho de Ética da Casa para confrontá-lo publicamente em relação às acusações que o parlamentar fez sobre o principal líder tucano.

A estratégia, que vem sendo negociada nos bastidores entre membros do PSDB e pessoas ligadas a Delcídio, é que o ex-líder do governo recue no colegiado das afirmações feitas por ele em delação premiada contra Aécio e, se possível, aproveitar para que ele faça acusações públicas contra a presidente Dilma Rousseff às vésperas da votação do afastamento dela pelo Senado.

A ação dos tucanos foi colocada em prática nesta terça-feira, 19, durante reunião do conselho em que, pela quinta vez, Delcídio se ausentou para fazer a sua defesa pessoalmente do processo por quebra de decoro parlamentar. Inicialmente indignados com a sucessão de licenças médicas, os senadores pretendiam recusar a concessão de novo prazo para que o ex-petista se defendesse. O jogo virou quando o líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), entrou na reunião para se posicionar a favor de que Delcídio fosse ouvido.

“Ele pode faltar quantas vezes for, não lhe pode ser negado o direito de defesa e de se manifestar”, defendeu Cunha Lima. O senador participava da reunião de líderes com Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, para decidir detalhes sobre o processo de impeachment de Dilma, mas, mesmo sendo suplente no conselho, dirigiu-se ao colegiado para fazer a defesa por mais prazo ao acusado.

A manifestação de Cunha Lima causou um efeito manada no restante do conselho. Até mesmo os senadores mais favoráveis à cassação de Delcídio, como Lasier Martins (PDT-RS), recuaram da tentativa de recusar ouvi-lo e resolveram dar mais prazo ao senador. Após a fala de Cunha Lima, o tucano Ataídes Oliveira (TO), que já havia votado contra a concessão de novo prazo a Delcídio, mudou seu voto.

Delcídio foi preso no fim do ano passado sob acusação de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Posteriormente, ele fez um acordo de delação premiada, implicando Aécio e Dilma, e se livrou da cadeia.

Se não fosse a intervenção de Cunha Lima, o conselho iria dispensar o depoimento de Delcídio e intimar a defesa para alegações finais. Comportamento diferente também foi visto na defesa do senador. Nas reuniões anteriores, os advogados apenas apresentavam licenças médicas e a sugestão de nova data para convocação partia do conselho. Pela primeira vez, a defesa garantiu o interesse do senador em comparecer à comissão já na próxima semana.

Paralisado

Apesar de Delcídio ter direito a se defender no processo, não existe obrigação jurídica para que ele compareça ao Senado pessoalmente, podendo enviar suas considerações por escrito. Ainda assim, o colegiado seguiu concedendo novos prazos e o processo está parado na mesma fase há um mês.

A primeira vez que Delcídio foi convocado para depoimento no conselho foi em 23 de março. Na data, nem ele nem qualquer advogado chegou a comparecer à reunião. Nas três reuniões seguintes, o senador faltou.

Aécio foi citado por delatores

O nome do senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos principais líderes da oposição ao governo Dilma, foi citado durante as investigações da Operação Lava Jato por quatro delatores. O doleiro Alberto Youssef disse ter ouvido do ex-deputado José Janene (que morreu em 2010) que Aécio dividiria a arrecadação de propina de uma diretoria de Furnas com o PP. Em julho de 2015, o operador de valores Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como Ceará, disse – em depoimento ligado à sua delação premiada – ter levado R$ 300 mil a um diretor da UTC no Rio e que o dinheiro seria destinado ao senador do PSDB. Os dois casos foram arquivados pelo ministro do STF Teori Zavascki por insuficiência de informações.

Em fevereiro deste ano, o lobista Fernando Moura, em depoimento ao juiz Sergio Moro, disse ter ouvido relato de uma suposta divisão de propina proveniente da estatal Furnas entre o PT e Aécio. Em sua delação premiada, o ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral disse que o tucano – na época governador de Minas – atuou para maquiar as contas do Banco Rural durante CPI dos Correios. Aécio já rechaçou todas as citações a seu nome.

O que faz o Clube de Mães Luciana Trinta?

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Dizem que perguntar não ofende então me digam que tipo de atividade faz o Clube de Mães Luciana Trinta?

Na fachada de uma bela casa localizada na Av. Paulo Ramos – local de área com o m² mais valorizado em Araioses – uma enorme placa com o nome Clube de Mães Luciana Trinta chama a atenção dos que passam por lá. Embora esteja lá há vários meses, nunca se viu as portas da suposta entidade abertas e muito menos notícia de que alguma mãe de Araioses tenha recebido algum benefício de lá.

Porém, um grupo de pessoas de todas as idades com um crachá – com o nome do clube – pendurado no peito tem marcado presença em eventos do Governo do Estado que foram realizadas em Araioses. A última ocorreu na reunião de audiências públicas para a criação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba, realizada no dia 6 de novembro do ano passado (veja aqui), no auditório da Escola Tudes Cardoso.

Na ocasião, esse grupo de pessoas levados pela ex-prefeita Luciana Trinta a aquele local, se manifestou de forma descortês ao vaiar de forma muito contundente a prefeita Valéria do Manin, no momento que ela lia seu discurso.

Antes, esse mesmo grupo, por mau comportamento, inviabilizou outra reunião que uma equipe do Mais IDH do Governo do Estado tentou realizar no Centro Comunitário de Araioses.

Para a maioria das pessoas que vê a bela casa com aquela enorme placa e de porta fechadas, dizem que o clube é fantasma e que só está ali para promover o nome da ex-prefeita.

Fantasma não é, pois está lá e bem que o vereadores de Araioses, numa forma de justificar o salário que recebem do povo araiosense procurassem saber como funciona aquela entidade e se recebe dinheiro público para se manter e executar projetos.