Pouco antes do carnaval de 2009, um grupo de amigos entre eles James, filho do vereador Zé Carlos e Emanoel, da extinta Net Reis resolveram organizar um festa que tinha como objetivo promover a cultura e o pré-carnaval da cidade. Movimentar a economia local também fazia parte da preocupação do grupo, pois no entendimento deles à medida que a festa fosse se firmando, a presença de gente de outras localidade seria uma realidade e de imediato o evento seria a oportunidade de pequenos vendedores locais ganharem um renda extra.
A ideia do nome Zé Pereira, não se sabe de quem partiu primeiro, mas foi com esse nome que a festa aconteceu a primeira vez e nos anos seguidos – sempre no último domingo, antes do carnaval – cada vez com mais sucesso. O 4º Zé Pereira realizado no último domingo dia 12, levou mais de três mil pessoas ao local de sua realização, segundo os organizadores.
A festa sempre se realizou no cruzamento da Rua Gonçalves Dias com Rua das Flores, no centro de Araioses. O evento é realizado por voluntários e tem contado com uma pequena ajuda de comerciantes locais. Por parte do poder público, a ajuda tem sido muito insignificante, para um evento de tanto apelo popular, como tem sido o Zé Pereira.
Um pouco de história dos Zé Pereira
A força do nome Zé Pereira parece ser real de verdade, pois o de Araioses, fundado quase três séculos depois do primeiro, parece ter herdado dele o carisma e a energia fazendo com que, mesmo diante do pessimismo de uns, das dificuldades sempre presentes em eventos dessa natureza e a cegueira do poder público, não parece incomodar um movimento que se firma cada vez mais, que cada carnaval se aproxima
Segundo a Wikipédia enciclopédia, o bloco foi fundado por um português chamado José Nogueira Paredes que em 1846 abriu o primeiro dia de Carnaval na Cidade do Rio de Janeiro, desfilando pelas ruas do centro. O bloco atraiu uma turma de foliões e músicos, responsáveis pela abertura da festa. Em 1867, José mudou-se para a cidade de Ouro Preto, para trabalhar no Palácio do Governo (Ouro Preto era então capital de Minas Gerais). Foi então que surgiu o Bloco Zé Pereira Clube dos Lacaios, organizado por funcionários do Palácio. O uso de fraques, cartolas e lanternas, tornaram-se marca registrada do bloco Outro destaque do bloco são os bonecos gigantes, que representam personagens como Tiradentes, Jair Boêmio e Sinhá Olímpia.
No site Malamem, na página que conta a história do samba diz:
Em 1848 surgiu o Zé Pereira. Apesar de alguns autores o considerarem de origem relativamente incerta, há quem afirme que este personagem foi o cidadão português José Nogueira de Azevedo Paredes, um sapateiro que decidiu sair à rua durante os dias de folia tocando um bombo (hoje conhecido como surdo). Extinto no começo do século XX, o Zé Pereira teve como sucessores as cuícas, os tamborins, os pandeiros, as frigideiras e etc. e até quem diga que através desta manifestação surgiram os blocos de rua, já que o povo o acompanhava por onde ele passasse.
4º Zé Pereira
O quarto ano do Zé Pereira ocorrido domingo dia 12, espera-se que seja o divisor de águas da sua história. O evento provou que tem apoio pulular já que milhares de pessoas estiveram lá para participar da festa que abriu o carnaval de Araioses deste ano. Cabe o poder público não continuar insensível diante de um evento que pode trazer muitos foliões de outras cidades e de outros estados contribuindo com a divulgação da cidade e contribuindo também para um crescimento de renda.
Que o futuro do Zé Pereira de Araioses seja de muita alegria para Araioses e seus brincantes e que o hino carnavalesco tocado e cantado durante séculos seja a trilha sonora do carnaval araiosense.
E viva o Zé Pereira
Pois a ninguém faz mal
E viva a brincadeira
Nos dias de Carnaval.