“Pagamento de uma dívida histórica”, diz Lula ao assinar medidas pela igualdade racial

Presidente assinou nesta segunda-feira (20), Dia da Consciência Negra, o segundo Pacote de Igualdade Racial e reforçou o pedido para que a sociedade fiscalize as políticas públicas

Presidente Lula fala ao público durante o lançamento do segundo Pacote pela Igualdade Racial, ao lado da deputada federal Benedita da Silva                             Foto: Ricardo Stuckert/PR

Na primeira vez em que o Brasil comemora o Dia da Consciência Negra após a recriação do Ministério da Igualdade Racial, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, assinou, neste 20 de novembro, 13 ações do segundo Pacote pela Igualdade Racial feitas com mais de dez ministérios e órgãos federais.

“O que nós fizemos aqui hoje é o pagamento de uma dívida histórica que a supremacia branca construiu desde que esse país foi descoberto e nós queremos apenas recompor aquilo que é a realidade de uma sociedade democrática”

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República

“O que nós fizemos aqui hoje é o pagamento de uma dívida histórica que a supremacia branca construiu desde que esse país foi descoberto e nós queremos apenas recompor aquilo que é a realidade de uma sociedade democrática”, declarou o presidente Lula na ocasião.

Para o presidente, é necessário que a sociedade brasileira fiscalize e cobre aquilo que o Governo Federal realiza. “Todos os atos assinados hoje, no Dia da Consciência Negra, são como plantar uma árvore. Para ela crescer, precisa ser regada, assim como as políticas públicas. É um pagamento histórico por anos de escravização. As pessoas não podem deixar de cobrar o governo pelas políticas de igualdade racial sancionadas hoje.”

Lula enfatizou que a assinatura das ações é uma reafirmação do compromisso em construir uma verdadeira igualdade racial. “Nós não somos diferentes pela pele, pelo cabelo, pela roupa, porque nós somos irmãos, viemos do mesmo pai, moramos no mesmo planeta e temos o sangue da mesma cor. Então, tudo que a gente está fazendo é a tentativa de recompor coisas que foram destruídas e colocar no lugar coisas que foram tiradas.”

No Pacote pela Igualdade Racial, constam titulações de territórios quilombolas, programas nacionais, edital, grupos de trabalho interministeriais, acordos de cooperação e outras iniciativas que garantem ou ampliam o direito à vida, à terra, à inclusão, à memória e à reparação.

Umas das ações do segundo pacote é a Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental Quilombola (PNGTAQ), que pretende contribuir para o desenvolvimento sustentável dos territórios quilombolas. Com previsão orçamentária de mais de R$ 20 milhões, vai beneficiar as 3.669 comunidades quilombolas.

“Ano a ano, os dados persistem em comprovar que a fome e a insegurança alimentar, o acesso à educação e à saúde, o desemprego e as mortes violentas atingem de forma desigual a população negra. Erguemos o Ministério da Igualdade Racial com o desafio de mudar esse percurso e melhorar o presente e o futuro da população brasileira”

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial

O Brasil pela Igualdade Racial – Foto: Ricardo Stuckert/PR

Para a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, reconhecer e contar a nossa história é um dos pilares da consciência negra. “Foi ocupando as ruas e os espaços de poder que os movimentos deram passos necessários para que chegássemos até aqui. Essas sementes foram plantadas para garantir a responsabilidade do Estado na promoção de direitos para as pessoas negras, que somam 56% da população. O compromisso que assumimos no dia 1º de janeiro de 2023 foi de honrar o espaço de quem veio antes e ir além”, afirmou Anielle.

“Ano a ano, os dados persistem em comprovar que a fome e a insegurança alimentar, o acesso à educação e à saúde, o desemprego e as mortes violentas atingem de forma desigual a população negra. Erguemos o Ministério da Igualdade Racial com o desafio de mudar esse percurso e melhorar o presente e o futuro da população brasileira”, garantiu a ministra.

É a primeira vez que o Brasil comemora o 20 de novembro após a recriação do ministério dedicado à população negra, quilombola, cigana e demais Povos e Comunidades Tradicionais (PCT). A data foi instituída como efeméride nos calendários escolares pela Lei nº 10.639, de 9 janeiro de 2003, no início do primeiro governo Lula, assim como o MIR. A Lei também diz que o ensino da história e cultura afro-brasileiras é obrigatório nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio.

Durante a cerimônia, o presidente Lula e a ministra Anielle Franco realizaram a entrega de títulos que garantem a posse definitiva de terras para mais de 300 famílias, por meio de atuação do MIR, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o INCRA. Entre eles, o título integral para a comunidade da Ilha de São Vicente, que fica em Araguatins (TO) e conta com 55 famílias, e o título de imóvel para 89 famílias de Lagoa dos Campinhos, que fica em Amparo de São Francisco e Telha (SE).

Para populações do Maranhão, em parceria com o Instituto de Terras do Maranhão (ITERMA), foram entregues três títulos: um para a Associação dos Moradores do Povoado Malhada dos Pretos, do município de Peri Mirim (MA), com 45 famílias; outro para a Associação dos Moradores do Povoado Santa Cruz, também de Peri Mirim (MA), com 50 famílias; e um para a Associação da Comunidade Negra de Trabalhadores Rurais Quilombolas de Deus bem Sabe, do município de Serrano do Maranhão (MA), que possui 80 famílias.

Veja quais são as medidas do Pacote pela Igualdade Racial:

» Programa Nacional de Ações Afirmativas: busca formular, promover, articular e monitorar políticas voltadas para mulheres e pessoas negras, quilombolas, indígenas, ciganas ou com deficiência, com investimento de R$ 9 milhões.

» Grupo de Trabalho Interministerial de Comunicação Antirracista, responsável por criar políticas para uma comunicação mais inclusiva e respeitosa dentro da administração pública. Além de elaborar o Plano Nacional de Comunicação Antirracista, caberá ao GTI propor estratégias de fortalecimento de mídias negras, de promoção da diversidade racial em publicidades e patrocínios do Estado, de diálogo com a sociedade e veículos de comunicação, de formação para porta-vozes, servidores e prestadores de serviço.

» Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental Quilombola (PNGTAQ), que pretende contribuir para o desenvolvimento sustentável dos territórios quilombolas, aliando conservação ambiental, efetivação de direitos sociais e geração de renda, além de suprir as necessidades da geração atual sem comprometer as necessidades das gerações futuras. Vai beneficiar as 3.669 comunidades quilombolas certificadas pelo poder público, com uma previsão orçamentária de mais de R$ 20 milhões.

» Tombamento Constitucional de Quilombos: contribuirá para a valorização e o reconhecimento da cultura quilombola, dos seus modos de vida, dos bens materiais e imateriais, além de fortalecer a proteção desses territórios que são rotineiramente ameaçados. Os impactos se estendem a toda à sociedade, resultando em ganhos para a conservação da biodiversidade e para a estabilidade climática.

» Brasil Sem Fome: o Acordo de Cooperação Técnica entre MIR e Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) reafirma o compromisso com a construção de uma agenda de combate à fome, à insegurança alimentar e à pobreza, a partir da qualificação de serviços e equipamentos da assistência social. Integra o Plano Brasil Sem Fome, que busca promover a equidade de raça e gênero por meio da inclusão socioeconômica e da promoção da segurança alimentar e nutricional.

» Primeira Infância Antirracista, tema do memorando que oficializa a intenção do MIR e do Unicef trabalharem juntos para combater o racismo e atenuar seus impactos na infância de crianças negras, quilombolas e indígenas. As estratégias, a serem criadas e implementadas em cooperação mútua, serão voltadas para a capacitação de profissionais da saúde, da assistência social e da educação, para a realização de seminários e eventos, para a produção de pesquisas, assim como para a disseminação de materiais relacionados a práticas antirracistas nos serviços de atendimento às gestantes, crianças negras e indígenas.

ESTUDOS – Além das seis medidas assinadas pelo presidente Lula, o segundo pacote de ações pela igualdade racial inclui investimentos em pesquisa, monitoramento e avaliação de dados.

Uma parceria com o IBGE vai viabilizar um bloco sobre ações afirmativas e gestão dos municípios dentro do âmbito racial, bloco até então inédito, em uma das maiores pesquisas do país (a MUNIC e a ESTADIC). Com isso, será possível a coleta de mais dados sobre ciganos, quilombolas, povos de terreiro e uma análise mais assertiva sobre como as políticas públicas têm sido efetuadas.

Já o monitoramento, em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), permitirá mapear nacionalmente temas pouco debatidos, mas relevantes para embasar políticas, como a assistência de cuidado a pessoas idosas negras ou acidentes de trabalho para pessoas negras.

Outra iniciativa, junto ao Instituto Federal de Brasília, fomentará a construção do Observatório de Políticas Públicas em Igualdade Racial e o fortalecimento dos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas, que resultará em conscientização sobre os povos de terreiro, oportunidades para jovens participarem de projetos de Igualdade Racial e criação de novas políticas voltadas para essa pauta.

ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL – Também haverá investimento de R$ 8 milhões na qualificação do atendimento psicossocial para mães e familiares de vítimas de violência. O programa é uma ação conjunta do MIR com o Ministério da Justiça, o Ministério da Saúde e o Ministério do Desenvolvimento Social. O projeto piloto ocorrerá na Bahia e no Rio de Janeiro, com apoio de cinco universidades públicas: Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal do Ceará e Universidade Federal do Rio de Janeiro.

QUALIFICAÇÃO – O segundo pacote de ações pela Igualdade Racial também prevê um investimento de R$ 5 milhões em cursos de capacitação para o uso de tecnologia social sustentável de baixo custo, formação empreendedora para a comercialização do excedente de produção e ações de transferência de tecnologia.

O projeto, executado pelo IFMA (Instituto Federal do Maranhão) com apoio do MIR, resultará em impacto positivo para as comunidades quilombolas de Alcântara/MA, que desde a década de 80 são expostas a situações de extrema pobreza e violação de direitos.

Outros R$ 2 milhões serão destinados à regularização fundiária quilombola. Esta parceria do MIR com o INCRA também conta com o apoio do Ministério da Cultura, do Iphan e da Fundação Cultural Palmares.

Também haverá investimento de R$ 4,4 milhões em uma chamada pública de incentivo à produção cultural, economia de axé e agroecologia. A ação é voltada para Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs), quilombolas e ciganos. Serão financiados os projetos que se propuserem a valorizar a cultura desses povos e a produzir representações distintas do que está hegemonicamente estabelecido no imaginário social brasileiro.

Pretende-se ainda fomentar a agroecologia, reafirmando práticas sustentáveis de desenvolvimento nos territórios, sem perder de vista a preservação da biodiversidade e dos saberes tradicionais. Além disso, serão contempladas iniciativas voltadas à economia criativa, por meio da geração de renda a partir da cultura de axé, uma forma de valorização da identidade negra e da ancestralidade.

Fonte: Secom/PR

Amigos Solidários de Araioses pratica a caridade doando alimentos para famílias carentes

Hoje o grupo é uma realidade positiva em Araioses; tudo começou em 2022.

O grupo foi entrevistado na Rádio Super Vale (Programa Ponto de Vista), por Nelito Lima e Daby Santos, relatando as ações individuais e coletivas.

O Grupo Amigos Solidários de Araioses hoje é uma realidade positiva para várias famílias carentes de Araioses.

Ainda em 2021, os amigos Carlos Vagno e Marcos Coutinho iniciaram um diálogo sobre o tema, mas no dia 25 de dezembro de 2022 se tornou realidade, com primeira ação em Araioses no bairro Nova Conceição, na Rua das Senhoras em Araioses, onde tudo iniciou.

Hoje o grupo conta com mais de 15 componentes e inúmeros parceiros que contribuem com os projetos do Grupo. Empresários, comerciantes, voluntários e pessoas de bom coração que sempre ajudam seja no dia a dia, seja nas ações.

“Uma das bandeiras do grupo é o assistencialismo voltado na saúde e na assistência às pessoas mais necessitadas de nosso município. Agradecemos à todos que tem contribuído com esse grande projeto social”, destacou Carlos Vagno, presidente do Grupo Amigos Solidários de Araioses.

“Fico feliz que em Araioses esteja num ritmo tão forte de solidariedade, assim como foi no início em Santa Quitéria do Maranhão, pois é muito amor fraternal envolvido e vamos continuar levando solidariedade há vários bairros e comunidades de Araioses”, afirmou Marcos Coutinho, criador do Instituto amigos solidários de Santa Quitéria do Maranhão e coordenador do Grupo Amigos Solidários de Araioses.

Seja um doador ativo desse projeto para ajudar as famílias carentes do município de Araioses. Para doar entre em contanto agora: (98) 9 9614-7663 / (98) 9 8629-7229 / (98) 99177-5147.

Fonte: Blog Djair Prado

Inflação, dívidas, falta de dólares: os desafios de Milei na Argentina

Sem maioria no Congresso, o ultradireitista recebe economia em recessão e inflação acima de 140%

Javier Milei, presidente eleito da Argentina. Foto: reprodução

Por Yurick Luz/DCM

O recém-eleito presidente, Javier Milei, assume o poder em meio a uma grave crise econômica na Argentina. O país enfrenta uma inflação acima de 140% em 12 meses, desvalorização da moeda, falta de reservas em dólar, endividamento e aumento da pobreza.

Durante sua campanha, o ultraliberal propôs soluções radicais, como a dolarização da economia e a extinção do Banco Central, visando resolver esses problemas. Embora não tenha mencionado essas medidas em seu discurso de vitória, enfatizou a necessidade de ações drásticas diante da crise, sem adotar uma abordagem gradualista.

No entanto, a implementação dessas ideias pode enfrentar obstáculos, uma vez que Milei não possui inicialmente um amplo apoio no Congresso argentino, o que pode dificultar a concretização de suas propostas.

Javier Milei comemora vitória na eleição presidencial argentina em Buenos Aires. (Imagem: Reprodução)

As propostas de dolarização e fechamento do Banco Central geraram preocupação nos mercados, evidenciada pela aversão dos investidores ao risco quando Milei obteve a maioria dos votos nas primárias, em agosto. Com o feriado nacional na segunda-feira (20) na Argentina, os impactos da eleição de Milei devem ser percebidos apenas na terça-feira (21).

Dolarização da Economia

Durante sua campanha, Javier Milei enfatizou a possibilidade de dolarizar a economia argentina, substituindo o peso argentino pelo dólar norte-americano como moeda oficial. No entanto, especialistas apontam que essa proposta enfrenta desafios práticos significativos.

“É uma ideia tão difícil de encontrar suporte em questões práticas que quem votou em Milei por essa questão, vai se decepcionar”, diz o economista da LCA Consultores Francisco Pessoa Faria. A informação foi divulgada pelo G1.

O processo de dolarização exigiria cooperação da Casa da Moeda dos Estados Unidos para a importação de dólares. Além disso, a Argentina se tornaria dependente das decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA.

Javier Milei, presidente eleito da Argentina. Foto: reprodução

A falta de reservas internacionais, diminuídas devido às dívidas externas do país e às tentativas de controle do câmbio pelo Banco Central argentino, limitaria o acesso da população ao dólar. Isso tem levado as famílias argentinas a guardar a moeda norte-americana, tornando-a escassa no país e resultando em múltiplas cotações do dólar além do câmbio oficial.

Extinção do Banco Central

Outra proposta de Milei é a extinção do Banco Central da República Argentina (BCRA), o que ocorreria como resultado da dolarização. Isso implicaria na perda de soberania monetária do país e na interrupção da gestão dos juros básicos pela instituição.

“Isso faria o país começar a operar em outra chave. Abandonaria a questão dos juros e do câmbio, e seria uma economia que operaria simplesmente no seu nível de gasto fiscal. Ou seja, o juro da Argentina seria praticamente o juro dos Estados Unidos e [o governo] tentaria fazer com que a inflação do país caminhasse rumo à norte-americana”, explica Alexandre Pires, professor do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais de São Paulo (Ibmec-SP)

Saída do Mercosul e Relações Internacionais

Milei também mencionou a possibilidade de retirada da Argentina do Mercosul e a redução das relações com Brasil e China durante sua campanha. No entanto, especialistas alertam para as dificuldades de implementação dessas propostas no Congresso e os possíveis impactos na economia do país.

“É uma decisão que pode trazer consequências muito piores para a Argentina. Isso poderia limitar ainda mais o crescimento, por exemplo, o que agravaria os problemas de inflação e traria um aumento do desemprego”, afirma Roberto Uebel, professor de relações internacionais da ESPM.

Homem é preso suspeito de matar ex-esposa a facadas, em Pedreiras

O suspeito fugiu após o crime, mas decidiu se entregar, posteriormente.

Suspeito de matar ex-esposa em mercado é preso. (Foto: Reprodução)

Por O Imparcial

Um homem de 24 anos, identificado como Francisco das Chagas, foi preso na zona rural de Pedreiras por cometer o homicídio de sua ex-esposa, Antonia Ranchi, de 36 anos, utilizando uma faca.

Conforme relato da Polícia Civil do Maranhão (PC-MA), o crime aconteceu nas proximidades do mercado central da cidade de Pedreiras, localizada na região do Médio Mearim. A vítima foi golpeada pelo menos duas vezes com uma faca, resultando em seu falecimento no local. Após o ato, o suspeito fugiu, mas posteriormente se entregou às autoridades.

Durante o interrogatório na delegacia, Francisco das Chagas declarou que estava separado de Antonia há cerca de um mês e descreveu o relacionamento como tumultuado. Ele admitiu ter consumido bebidas alcoólicas no dia do crime e alegou ter sido agredido pela vítima com um tapa no rosto.

O caso foi registrado pela Polícia Civil como feminicídio, sendo o quadragésimo sexto registrado no estado do Maranhão somente neste ano. Segundo informações da PC-MA, a região de Pedreiras figura como uma das áreas mais violentas do estado, ocupando uma posição significativa em casos de feminicídio, ficando atrás apenas da regional de Balsas nesse quesito.

Neto Carvalho confia na conquista da prefeitura de Araioses em 2024

O empresário Neto Carvalho está confiante em sua eleição para a prefeitura de Araioses, em 2024

A aprovação das contas referentes ao ano de 2010, do empresário Neto Carvalho, ocorridas na sessão de ontem (16) pela Câmara Municipal de Magalhães de Almeida, certamente não era o que esperava seus adversários aqui em Araioses.

A notícia de que elas não seriam aprovadas chegou a ser divulgadas em uma mídia de comunicação – tirada do ar após a votação – tendo o efeito de uma ducha de água fria na cabeça deles, que contavam com isso como a única forma de evitar que Neto Carvalho se eleja prefeito de Araioses em 2024.

Em pequena entrevista (veja o vídeo abaixo) Neto Carvalho se disse feliz e minimizou o fato, pois as contas dele não tinha desvio de recursos, não tinha dolo, não tinha nada que pudesse justificar outra decisão dos vereadores daquela cidade e se mostrou muito confiante na sua eleição para a prefeitura de Araioses no ano que vem.

Neto Carvalho é ficha limpa e nada há de ilegal que impeça sua candidatura a prefeitura de Araioses no ano que vem, ao contrário de quem mandou espalhar a notícia  que faz malabarismo para que suas contas  não sejam analisadas e julgadas pelo Poder Legislativo Araiosense.

“Parem de matar crianças”, diz Janja, atacada pelo Globo

Janja aderiu ao movimento “Unidos pela paz na Palestina”, promovido pela primeira-dama da Turquia, e foi imediatamente atacada pelo Editorial do jornal O Globo

Lula e Janja recebem repatriados de Gaza                                                                                (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Brasil 247 – O jornal O Globo usou seu editorial publicado nesta sexta-feira (17) para atacar Janja, após a primeira-dama pedir cessar-fogo em Gaza durante o evento “Todos Pela Paz na Palestina”, em Istambul, através de um vídeo transmitido durante o seminário. O convite foi feito pela primeira-dama da Turquia, Emine Erdogan.

“Jamais imaginei que depois da 2ª Guerra Mundial e de todos os seus horrores, nós teríamos que assistir a um massacre de bebês, de crianças e jovens”, disse Janja. Segundo a primeira-dama, é “inadmissível” e “intolerável” que os “mais vulneráveis” não consigam ser protegidos. (vídeo abaixo).

O folhetim não mediu adjetivos para condenar a ação de paz da primeira-dama. “Seria uma temeridade a primeira-dama, Janja Lula da Silva, assinar o documento emitido depois do encontro “Unidos pela paz na Palestina”.

O editorial dos Marinho ainda diz que “o vídeo de Janja, depois publicado nas redes sociais, já se revela inadequado” e destaca que ela faz “um paralelo sem cabimento entre as ações de Israel e a barbárie nazista na Segunda Guerra”.

Em um tom machista, o jornal ainda indica o papel que Janja deve cumprir: “Janja tem se destacado positivamente em algumas áreas. Mas precisam ter cautela para não interferir em princípios e interesses diplomáticos de suas nações. Janja deveria saber disso”.

Calor extremo e tempestades: El Niño vai agravar a situação a partir de dezembro

El Niño extremamente forte é agravado pelas mudanças climáticas. Além das tempestades no Sul e calor extremo no Sudeste e Centro-Oeste, fenômeno vai agravar a seca histórica na região amazônica e no Nordeste.

Praia de Copacabana lotada no feriado de 15 de novembro no Rio de Janeiro: sensação térmica acima de 50º.                      Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Por Plínio Teodoro

Revista Fórum – O clima extremo, que tem registrado recordes de temperatura em todo o Brasil, deve se agravar ainda mais a partir de dezembro em uma fusão de um El Niño muito forte agravado pelo aquecimento global.

O prognóstico foi feito por um grupo de especialistas que participou nesta quinta-feira da mesa-redonda “Crise climática e desastres como consequência do El Niño 2023-2024: impactos observados e esperados no Brasil”, na sede da Academia Brasileira de Ciências (ABC) no Rio de Janeiro.

“A situação está perigosa. A chuva já deveria ter começado na Amazônia Central, mas veio muito fraca. Teremos o prolongamento e acentuação da seca no Norte. Também no Nordeste, já há sinais de que a chuva vai atrasar, e haverá seca. Estamos avisando há meses, o cenário só piora. Os governos já deveriam estar preparados”, alertou José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Modelagem do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

Segundo a Organização Mundial de Meteorologia (OMM), 2023 é o ano mais quente dos últimos 125 mil anos e nos últimos 30 dias o clima extremo deve se agravar com uma onda de calor no Centro-Oeste, Sudeste e parte do Nordeste; seca no Norte e fortes tempestades no Sul.

“Tradicionalmente, nos anos de El Niño, a seca no Norte e Nordeste tendem a ser mais intensas de dezembro a maio. O fato de já estar grave em outubro e novembro significa que dessa vez podem ser catastróficas”, alertou o coordenador-geral de pesquisa do Cemaden, José Marengo.

O El Niño é um fenômeno que ocorre irregularmente, em média a cada 3 ou 4 anos, em que a distribuição de temperatura nas águas superficiais do Pacífico se altera, com consequências no clima do mundo inteiro.

Segundo os especialistas, o El Niño deste ano foi decretado em junho e a previsão é de que seja particularmente forte, cenário agravado pelas mudanças climáticas.

E a tendência é que o fenômeno se agrave cada vez mais. “Para a América do Sul isso significa fenômenos climáticos extremos ainda mais frequentes e imprevisíveis”, afirmou a oceanógrafa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Regina Rodrigues.

O Brasil é um dos países mais afetados pelo El Niño, que se traduz principalmente nas tempestades registradas no Sul e nas secas intensas no Norte e Nordeste.

No entanto, a pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Chou Sin Chan, especialista em modelagem climática, alertou para os efeitos do fenômeno nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, que geralmente são menos impactadas. Segundo ela, as altas temperaturas nessas regiões se dão em consequência das chamadas ondas de calor, causadas quando “domos de calor” se instalam, aprisionando massas de ar quente.

El Niño, Aquecimento Global e Agro

Representando o Governo Federal, a secretária de Políticas e Programas Estratégicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Márcia Barbosa chamou a atenção para a interligação entre os eventos climáticos e outros atores, como a atuação do agro, que avança sobre as florestas, que amenizam o efeito estufa.

“Precisamos reconhecer que as coisas não estão isoladas. Meio ambiente, clima, agricultura e saúde dialogam, então precisamos de uma atuação conjunta entre os órgãos de governo”, disse.

Outro ponto que requer preparo é a segurança hídrica. Estimativas sugerem que as mudanças climáticas podem diminuir em até 20% a disponibilidade de água na América do Sul. A engenheira Suzana Montenegro, diretora-presidente da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), classifica a gestão de águas como um quebra-cabeça de fatores, dentre os quais está a resiliência contra eventos climáticos extremos.

“É preciso uma gestão adaptativa por parte do Estado, fortalecendo organismos de monitoramento e criando protocolos de ação para que o poder público possa agir de forma rápida e eficaz durante crises”, afirmou.

Segundo José Marengo, é necessário se contruitir uma estrutura para adaptação às mudanças climáticas.

“Desde 2011, cresceu em 17% o número de pessoas vivendo em áreas de risco. É preciso criar condições para que essas pessoas vivam em outros lugares”, alertou.

O climatologista Carlos Nobre, participante do Painel Intergovernamental em Mudanças Climáticas (IPCC, da sigla em inglês) e uma das principais referências do planeta no assunto, vem alertando para o fato de a floresta caminhar rumo a um ponto de não-retorno. “Se isso acontecer, mais de 250 bilhões de toneladas de gás carbônico vão parar na atmosfera, inviabilizando qualquer tipo de meta climática”, afirmou.

Suspeito de matar a ex-mulher em Imperatriz é procurado no Pará

Daniel da Costa é principal suspeito de ter matado a ex-mulher, Patrícia Almeida.

Daniel da Costa é apontado como autor do feminicídio.            (Foto: Reprodução)

Por O Imparcial

As polícias Civil do Maranhão e do Pará estão unindo esforços em uma força-tarefa para localizar e capturar Daniel da Costa Silva, de 39 anos, suspeito do homicídio de sua ex-mulher, Patrícia Almeida Silva, de 34 anos, uma empregada doméstica.

O crime ocorreu em 4 de novembro na cidade de Imperatriz, na Região Tocantina. O corpo de Patrícia foi encontrado no dia 12 de novembro, nove dias após o assassinato, em uma fazenda na zona rural da cidade, já em avançado estado de decomposição.

Daniel da Costa é apontado como autor do feminicídio e foi avistado pela última vez no distrito de Lindoeste, próximo à cidade de São Félix do Xingu, no estado do Pará. No entanto, ele conseguiu fugir do local onde estava escondido antes da chegada das autoridades policiais de Imperatriz, que se dirigiram à cidade paraense na última segunda-feira (13).

Durante a busca, uma motocicleta supostamente utilizada por Daniel na fuga de Imperatriz e alguns de seus pertences pessoais foram encontrados no local onde ele estava escondido.

Pior para os contrários: Neto Carvalho tem suas contas aprovadas pela Câmara Municipal de Magalhães de Almeida

O empresário Neto Carvalho é ficha limpa e nada o impede ser candidato a prefeito de Araioses em 2024

Nas últimas horas – de dois dias para cá – muito se ouviu de que as contas do ex-prefeito de Magalhães de Almeida, Neto Carvalho, referentes ao ano de 2010, não seriam aprovadas pelos vereadores daquele município e que isso impediria sua candidatura a prefeito de Araioses no próximo ano.

Porém as referidas contas foram discutidas e analisadas na sessão desta sexta-feira (16), onde os vereadores daquela cidade em sua maioria (oito votos pela aprovação das contas de Neto Carvalho e três contrários) legitimaram como verdadeiras, suas contas de 2010, no exercício do cargo de prefeito de Magalhães de Almeida.

Lógico que tal fato não agradou seus adversários políticos em Araioses. A notícia circulou rapidamente funcionando como uma ducha de água fria na cabeça deles, que já comemoravam por antecipação, onde espalharam notícias falsas em mídias de comunicação dizendo que as referidas contas tinham sido reprovadas.

Neto Carvalho é ficha limpa, ao contrário de quem lhe quer derrubar, essas sim, com sérios problemas de contas, já tramitando nos setores competentes do Poder Legislativo Araiosense.

“Tal esposa do líder do CV foi indicada pelo governo do Amazonas. Por que o Estadão omitiu isso?”, questiona Gleisi

Governo Wilson Lima afirmou que Luciane Barbosa foi indicada por um órgão estadual para participar de um evento do MDHC, ao contrário do que afirma a narrativa bolsonarista

Gleisi Hoffmann e logomarca do jornal O Estado de S.Paulo (Foto: Reprodução)

Brasil 247 – A presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR), foi ao X nesta quinta-feira (16) criticar o jornal O Estado de S. Paulo pela tentativa de associar o governo do presidente Lula ao crime organizado, alimentando à narrativa bolsonarista.

Segundo a presidente do PT, o Estadão se vale de “métodos sórdidos” para alimentar o bolsonarismo, ao divulgar que Luciane Barbosa, suposta “dama do tráfico amazonense”, seria ligada ao governo federal.

“Uma pergunta fica no ar, por que o Estadão logo de cara não deu que a indicação das pessoas é de responsabilidade estadual?”, questionou Gleisi.

A indagação vem após o governo do Amazonas afirmar que Luciane foi indicada por um órgão estadual para participar de um evento do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) em Brasília.

Anteriormente, o Estadão deu início a uma nova ofensiva bolsonarista com o objetivo de associar, sem provas, o governo federal a facções criminosas. A movimentação começou após reportagem alegar que Luciane foi recebida por assessores de Dino para discutir violações aos direitos dos presos, através de uma ONG representada por ela.

Atacaram o ministro @FlavioDino e o @mdhcbrasil por todos os lados, mentiram e no fim o governo do Amazonas confirma que a indicação da tal esposa do líder do CV para a audiência no MJ é estadual. Escória bolsonarista ajudada pela mídia surfou nessa onda pra desgastar o governo @LulaOficial. Uma pergunta fica no ar, por que o Estadão logo de cara não deu que a indicação das pessoas é de responsabilidade estadual? O objetivo era criar um auê contra o governo alimentando o bolsonarismo? Acho que o jornal ainda tá preso naquele editorial vergonhoso da escolha difícil e usa métodos sórdidos, como expôr salários de funcionários como se fosse crime ganhar salário do governo. Ultrapassado e enviesado esse jornalismo, hein?!

Só um está na frente da preferência do araiosense para eleger em seu prefeito em 2024

E esse um, provavelmente é Neto Carvalho

Neto Carvalho estaria em primeiro lugar na pesquisa do EXATA

A EXATA, com sede em São Luís/MA realizou há poucos dias uma pesquisa de opinião em Araioses e após o fato, uma série de informações sobre começaram a ser divulgadas, sendo que não há unanimidade entre elas.

Ora uma diz que Valéria do Manin está na frente, para outros é Luciana Trinta que está na dianteira e já para outros é Neto Carvalho que lidera a corrida pela prefeitura de Araioses na eleição de 2024.

Lógico que apenas uma das três candidaturas está liderando, porém quem não está à frente tem que quem diga o contrário.

Não tenho os números oficiais de nenhuma pesquisa já realizada em Araioses neste ano, mas tenho informações privilegiadas que apontam Neto Carvalho na frente nas mais recentes, o que para mim não seria nenhuma novidade.

Neto é de longe o pré-candidato a prefeito mais preparada para tirar Araioses da vala do abandono em que foi jogado ao longo dos anos, em parte com criminosa contribuição das duas, que imaginavam que iriam sozinhas disputar a nossa prefeitura no ano que vem.

O empresário e maior líder político de nossa região é um administrador nato, bem articulado politicamente e o que é mais importante: Neto topou o desafio de disputar a prefeitura de Araioses para ganhar a eleição e fazer aqui a mais competente e exemplar administração que Araioses já teve.

O resto conversa de quem já não sente mais chão sob os pés ou que tem apenas o nariz fora d´água.

Simples assim!

Dino vai jogar pesado contra a turma que divulga mentiras a seu respeito

Flávio Dino, jogo pesado contra autores de mentiras

Por Ribamar Corrêa

Repórter Tempo – O ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) decidiu jogar pesado contra os disseminadores de informações falsas a seu respeito nas redes sociais. Ele vinha tratando o assunto com alguma tolerância, mas no caso da “Dama do Tráfico”, os criminosos das redes vêm extrapolando todos os limites, armando e divulgando situações absolutamente absurdas, que levaram até o presidente Lula da Silva (PT) a se manifestar em defesa do ministro.

Flávio Dino anunciou que baterá às portas da Justiça para processar os mentirosos. E pelo tom das suas declarações, ele parece saber onde estão os focos e os responsáveis pelas malandragens. Essa turma tenta criminosamente minar seu prestígio e evitar que o ministro seja indicado pelo presidente da República para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal. Eles querem também esquartejar o Ministério da Justiça e Segurança Pública para criar o Ministério da Segurança Pública.

O que essa turma parece não ter entendido ainda é que o ministro da Justiça, que é senador da República licenciado, é bom de briga. Ele sabe exatamente com quem está lidando e tem a certeza de que no jogo aberto, cara a cara, seus adversários mais ativos não são páreo para um embate sobre qualquer tema. Isso ficou claro nas diversas vezes em que se encontraram na Câmara Federal e no Senado.

Pelo que foi divulgado, os processos serão pesados, porque o material é farto e o ministro conhece o caminho das pedras.

Maranhão oculta informações de cor/raça de pessoas mortas pela polícia

Os dados são do estudo Pele Alvo: a Bala não Erra o Negro                                               (Foto: (Ajax9/Getty Images)

Por O Imparcial

O número de pessoas mortas pela polícia em apenas oito estados brasileiros chegou a 4.219 em 2022. Desse total, 2,7 mil foram considerados negros (pretos ou pardos) pelas autoridades policiais, ou seja, 65,7% do total. No entanto, o número poderia ter sido maior caso o Maranhão tivesse informado a raça/cor nos dados enviados.

O estudo “Pele Alvo: a Bala não Erra o Negro“, realizado pela Rede de Observatórios da Segurança, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), divulgou os dados nesta quinta-feira (16), com base em estatísticas fornecidas pelas polícias do Rio de Janeiro, de São Paulo, da Bahia, de Pernambuco e do Ceará, Piauí, Maranhão e Pará, com base na Lei de Acesso à Informação (LAI).

Considerando apenas os dados que contém cor/raça informada (3.171), a proporção de negros mortos pela polícia chega a 87,4%. Entre os oito estados, apenas Maranhão ocultou informações sobre cor/raça de todos os mortos. No Ceará e Pará, há um grande número de mortos sem identificação de cor/raça: 69,7% e 66,2% do total, respectivamente.

O coordenador do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), Pablo Nunes, aponta o racismo como uma das principais causas da proporção maior de pessoas negras mortas por policiais. “Os negros são a grande parcela dos mortos pelos policiais. Quando se comparam essas cifras com o perfil da população, vê-se que tem muito mais negros entre os mortos pela polícia do que existe na população. Esse fator é facilmente explicado pelo racismo estrutural e pela anuência que a sociedade tem em relação à violência que é praticada contra o povo negro.”

Outro ponto evidenciado é a falta de preocupação em registrar a cor e raça dos mortos pela polícia em estados como Maranhão, Ceará e Pará. “A dificuldade de ser transparente com esses dados também revela outra face do racismo, que é a face de não ser tratado com a devida preocupação que deveria. Se a gente não tem dados para demonstrar o problema, a gente ‘não tem’ o problema e, se ‘não há’ problema, políticas públicas não precisam ser desenhadas”, informa Nunes.

Silvio Almeida rebate factóide da “dama do tráfico”: “Tentativa de fabricar escândalos”

Ministro rebateu fake news e ilações derivadas do factoide noticiado pelo Estão

Silvio Almeida

Por DCM

O ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, foi ao X, antigo Twitter, rebater as fake news e ilações no caso da “dama do tráfico”, produzido pelo Estadão e que escalou nos últimos dias. Segundo Almeida, “num momento em que o Brasil retoma seu rumo, de forma desesperada, determinadas figuras tentam vincular o governo ao crime organizado”:

Para mim, é evidente que estes ataques difamatórios, claramente coordenados, têm como alvo central o corajoso trabalho que o Ministro Flávio Dino realiza à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A ele manifesto minha solidariedade e justa admiração. Há também por trás disso a tentativa generalizada, por parte de extremistas de direita, de a todo momento fabricar escândalos e minar a reconstrução da política de direitos humanos, uma vez que só conseguem oferecer ao país caos e destruição.

Num momento em que o Brasil retoma seu rumo, de forma desesperada, determinadas figuras tentam vincular o governo ao crime organizado. No caso específico, a senhora Luciane Barbosa Farias participou de um evento organizado pelo Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, indicada como representante da sociedade civil pelo Comitê Estadual do Amazonas.

Nem o Ministro, nem a secretária nem qualquer pessoa do Gabinete do Ministro teve contato com a indicada ou mesmo interferiram na organização do evento, que contou com mais de 70 pessoas do Brasil todo.

Os comitês estaduais – que integram o sistema nacional de prevenção e combate à tortura, criado por lei em 2013 – indicaram livremente seus representantes ao evento, repito, sem qualquer interferência do Gabinete Ministerial ou das secretarias do ministério neste processo.

Vale ressaltar que o Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Amazonas tem regulamentação própria e está administrativamente vinculado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado do Amazonas, nos termos do decreto estadual 37.178/2016.

Os próceres da extrema-direita brasileira não têm compromisso com a verdade nem com Brasil; não têm compromisso com o combate ao crime organizado; se valem de distorções para difamar, caluniar e destruir as conquistas do povo brasileiro. Estas pessoas não irão interromper o Brasil novamente.

Umbanda completa 115 anos em meio à intolerância religiosa

Desde o ano 2000, a religião vem ressurgindo, diz babalorixá

(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Por Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil – Brasília

O Dia Nacional da Umbanda será comemorado neste 15 de novembro, mas existe uma questão forte a enfrentar. A intolerância religiosa é uma preocupação entre seus seguidores. O pai Fernando D’Oxum, da Tenda Espírita São Lázaro, do bairro Pita, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio, disse que nos anos 1980 houve uma expansão da religião no Brasil, mas a partir daí ocorreu um “grande processo negativo por parte de integrantes de algumas igrejas pentecostais, que começaram a demonizar esta religião”.

Pai Fernando D´Oxum no altar externo da Tenda Espírita São Lázaro, um terreiro de Umbanda Omolokô, no bairro Pita. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Segundo o babalorixá, dos anos 2000 para cá, a religião afro-brasileira vem ressurgindo. “Até por causa de uma escola muito poderosa, que é a escola paulista que nos ajudou muito na divulgação do culto no Brasil, e hoje está espalhada no país todo, com grande força em São Paulo, Rio de Janeiro e não posso tirar a grande força também que é a do Rio Grande do Sul”, afirmou.

A preocupação é dividida com o pai Wilker Jorge Leite Filho, do Templo Umbandista Estrela do Amanhã (Tueda), de Bangu, na zona oeste do Rio, para quem a intolerância atualmente não ocorre mais de uma forma velada. “Isso existe, e acho que vai existir sempre. Se estamos em um planeta de prova e expiação, se estamos ainda crescendo aqui no planeta Terra, ainda tem uma mistura muito grande de espíritos com entendimento, espíritos sem entendimento, então, essa ignorância ainda vai existir por muito tempo”, ressaltou.

Ocorrências

Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro indicam que, em 2021, houve 33 ocorrências de ultraje a culto religioso em todo o estado do Rio de Janeiro. Em relação a 2020, representa um aumento de 10 casos.

Naquele ano, as delegacias da Secretaria de Estado de Polícia Civil fizeram 1.564 registros de ocorrência de crimes que podem estar relacionados à intolerância religiosa, o que significa mais de quatro casos por dia. No total, estão incluídos os casos de injúria por preconceito (1.365 vítimas); e preconceito de raça, cor, religião, etnia e procedência nacional (166).

De acordo com o instituto, a injúria por preconceito “é o ato de discriminar um indivíduo em razão da raça, cor, etnia, religião ou origem. Já o preconceito de raça, cor, religião, etnia e procedência nacional tem por objetivo a inferiorização de todo um grupo étnico-racial e atinge a dignidade humana”.

“A tipificação criminal é determinada pela ridicularização pública, impedimento ou perturbação de cerimônia religiosa”, destacou o ISP, que tem o objetivo de mostrar para a sociedade que intolerância religiosa é crime e tem que ser denunciada.

Tendas

Outra dificuldade desta religião é saber quantas tendas e casas de santo existem no Brasil. Pai Fernando D’Oxum disse que não tem a informação de quantas estão instaladas no país, mas, atualmente, em São Gonçalo são cerca de 400. O líder espiritual defendeu a realização de uma pesquisa que possa identificar a localização das casas de santo e qual é a população de povos de terreiros de umbanda no país

“Seria maravilhoso se a gente conseguisse mapear, mas por conta da violência, alguns terreiros escolhem ficar absolutamente escondidos, porque têm medo de que, uma vez expostos, esses grupos neopentecostais agressivos possam ir lá e depredar o patrimônio. Tem uma discussão sobre violência a ser feita ainda”, ressaltou.

Pai Fernando D´Oxum e Samuel da Costa na Tenda Espírita São Lázaro, um terreiro de Umbanda Omolokô, no bairro Pita.                                                                  Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Segundo Fernando D’Oxum, é difícil verificar o número de umbandistas no Brasil. “As pessoas, em um censo, por exemplo, não dizem que são umbandistas, elas se dizem espíritas, e aí já começa uma grande confusão. Esta tem sido uma batalha nossa para que o umbandista se reconheça como umbandista e não como espírita. Fora os que no censo se dizem católicos, porque têm um acesso mais facilitado.

Para o pai Fernando D’Oxum, a Umbanda é uma religião que nasceu na cidade de São Gonçalo e foi anunciada pelo médium Zélio Fernandino de Moraes, no dia 16 de novembro de 1908, embora, na véspera, o médium tenha feito uma manifestação na cidade vizinha Niterói, data que acabou sendo marcada como Dia da Umbanda.

“É uma religião brasileira que a gente entende como 100% brasileira, com influências do povo indígena, dos hindus e de várias vertentes da religiosidade brasileira e, logicamente, do catolicismo. É uma religião que se predispõe à caridade, à prática de ajuda ao outro e que hoje está presente em quase todos os continentes. Uma religião que avançou mundo à fora”, disse pai Fernando.

Sincretismo

Na visão do babalorixá, a umbanda toma um pouco a vertente da matriz africana do candomblé quando começa a reconhecer e adaptar os orixás, que são os guias, e que chegaram com os negros do povo da áfrica no Brasil.

Além disso, tem o sincretismo, que surgiu da necessidade das pessoas escravizadas associarem um orixá a um santo da igreja católica. Foi assim que São Sebastião é Oxossi, São Jorge é Ogum, Nossa Senhora dos Navegantes e Iemanjá, Nossa Senhora da Conceição é Oxum e Santa Bárbara é Iansã, entre outros. Assim, os escravizados podiam professar a sua fé nas fazendas onde viviam.

De acordo com pai Fernando, o sincretismo vem se modificando ao longo dos anos e, atualmente, algumas casas não fazem mais altares com santos católicos. “Algumas casas de Umbanda não fazem mais sincretismo nos altares, ou seja, os santos católicos em algumas casas já não estão mais presentes nos altares.”

Por considerar São Gonçalo como o berço da umbanda, que é muito poderosa na cidade, diante dos desafios desta religião, o babalorixá propõe a criação de uma lei municipal que determine a inclusão dela no calendário oficial da cidade.

Preservação

Pensando em preservar o patrimônio histórico, a tenda espírita criou o projeto do Museu da Umbanda, que ainda não tem uma sede física, mas vem avançando desde 2009. Pai Fernando destacou que uma peça importante desse patrimônio foi perdida com a demolição da casa do médium Zélio Fernandino de Moraes, em Neves, bairro de São Gonçalo, onde a Umbanda foi anunciada em 1908. A prefeitura da época não realizou a desapropriação do imóvel.

Renovação

A Tenda Espírita São Lázaro não faz iniciação de crianças e adolescentes. Lá, somente aos 18 anos podem ser iniciados, mas antes disso, a partir dos 13 anos podem participar do grupo jovem Bala e Pimenta onde recebem informações sobre a Umbanda e a doutrina espírita.

“A missão do grupo é sempre difundir a nossa doutrina. O que a Umbanda é realmente com seus preceitos tudo que realmente prega até mesmo para nós, jovens, espalharmos no nosso meio o que é a Umbanda realmente e tirar um pouco do preconceito. O grupo é para expandir a nossa doutrina entre os jovens do nosso terreiro”, afirmou o estudante Samuel Salustiano da Costa, 17 anos, o coordenador do grupo.

“Nesse momento, de descobrir o que eu quero ser, qual o caminho que vou seguir na minha vida, a umbanda me ajuda muito nessa fase de jovem, O que a religião passa e mais me representa é a inclusão, o estender a mão a todos, o amor incondicional e a caridade”, revelou Samuel.

O contato do pai Wilker com a umbanda foi com a própria família que seguia esta religião. Com 16 anos ele começou a desenvolver a mediunidade e com 19 anos fez a coroação para babalorixá. “Sempre foi permitido a mim olhar, ter contato com outras crenças religiosas, mas eu já nasci umbandista. Sempre gostei desde pequenininho. Não me lembro com interesse em outras. Pela minha criação e o que meus pais me passaram sempre respeitei, visitei Igreja Católica, protestante por convite, mas a minha convicção sempre foi umbandista”.

Celebrações

A umbanda tem também muito a celebrar pelos seus 115 anos. Para isso, foi elaborada uma longa programação para comemorar sua participação entre as representações religiosas no Brasil.

Em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, a prefeitura, por meio da Comissão da Semana da Umbanda, criada para organizar as celebrações, preparou uma agenda que começou na segunda-feira (13) com o debate Legalização e Justiça – um caminho possível para o fim das violências contra os povos de terreiro. O evento foi realizado na Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), naquele município.

A programação tem ainda a exposição Pelos Caminhos da Umbanda, no hall principal da Câmara Municipal de São Gonçalo, promovida pelo Instituto Carta Magna da Umbanda. A ideia da mostra, que vai até amanhã (16), foi apresentar a construção da religião brasileira de matrizes africanas e indígenas, a partir de suas práticas, ritos, territórios e historicidade.

Também amanhã, às 17h, durante uma sessão solene em homenagem às lideranças da umbanda na Câmara Municipal de São Gonçalo, os homenageados receberão a medalha Zélio Fernandino de Moraes.

Na sexta-feira (17), haverá um show do cantor e compositor gonçalense Altay Veloso, no Teatro Municipal de São Gonçalo, às 19h. A apresentação vai terminar com a bateria da escola de samba Porto da Pedra. Os shows serão gratuitos e sujeitos à lotação.

Encerrando a programação da semana, no sábado (25), será o momento do Encontro dos Povos de Terreiros de São Gonçalo, das 14h às 20h, na Praça Zélio Fernandino de Moraes, Marco Zero da Umbanda, no bairro de Neves. Lá, as homenagens serão dirigidas a lideranças religiosas, com o Banda com Banda, cerimônia de hasteamento da bandeira da umbanda e uma feira de artesanato e gastronomia.