Deputada que teve marido preso após impeachment é investigada

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Deputada Raquel Muniz (PSD-MG) em sessão da Câmara – Agência Câmara

Folha UOL

MÁRCIO FALCÃO

DE BRASÍLIA

O STF (Supremo Tribunal Federal) investiga a suspeita de que a deputada Raquel Muniz (PSD-MG) e seu marido, o prefeito afastado de Montes Claros (MG), Ruy Muniz (PSB), comandaram uma organização criminosa que cometeu crimes como sonegação fiscal, falsidade ideológica, estelionato, fraude contra credores e lavagem de dinheiro.

Em seu primeiro mandato, Raquel ganhou projeção nacional ao elogiar seu marido durante a sessão da Câmara que aprovou o avanço do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, em abril.

Ao votar, ela justificou ser favorável ao processo e disse que Muniz “mostra que o Brasil tem jeito”. Ele acabou preso um dia depois e atualmente cumpre prisão domiciliar.

Segundo o Ministério Público Federal, foi descoberto um suposto esquema em que a Sociedade Educativa do Brasil (Soebras), entidade filantrópica comandada pela deputada e seu marido, exercia verdadeira atividade empresarial, auferindo e distribuindo lucros e rendas, por meio de transferências a entidades presididas pela congressista.

A Procuradoria aponta que a deputada e o prefeito assumiram o comando da sociedade com a finalidade de se utilizar do certificado de beneficência titularizado pela entidade, colocando sob administração escolas particulares e cursos reparatórios de propriedade do casal, para que estas empresas gozassem de imunidade e isenção tributárias.

Para a Procuradoria-Geral da República, o casal adotou, para a aquisição dos estabelecimentos, o seguinte procedimento irregular: abrir uma filial da Soebras no mesmo endereço da instituição a ser incorporada; transferir todo o patrimônio da instituição para a Soebras; alterar o quadro societário da instituição para incluir interpostas pessoas como filhos e irmãos do casal; e manter a inscrição no CNPJ da empresa incorporada, movimentando recursos, e beneficiando-se da imunidade tributária de que goza a sociedade.

Para o MP, o modus operandi consiste na distribuição, por tais instituições, de dividendos para os chefes da organização criminosa e na blindagem patrimonial dos bens de uso pessoal do casal Ruy Muniz e Raquel Muniz.

A entidade controlada pelos investigados possui mais de 125 instituições de ensino e saúde, detentoras de certificados de benemerência que lhes conferem imunidade/isenção tributária.

“O primeiro exame apresenta elementos de participação direta da parlamentar e seu marido (Ruy Muniz) nos fatos narrados. Não se está diante de notícia sem qualquer apoio indiciário ou de notícia fundada somente em denúncia anônima, devendo-se dar prevalência, diante disso, ao interesse da sociedade em ver esclarecidos os fatos”, escreveu o ministro Luís Roberto Barroso, relator do inquérito.

O ministro já autorizou a quebra do sigilo fiscal das empresas componentes do grupo econômico controlado pelo casal.

“O presente inquérito visa a apurar supostos delitos de sonegação fiscal, falsidade ideológica, estelionato, fraude contra credores e lavagem de dinheiro por parte de organização criminosa supostamente comandada pela investigada e por seu marido, Ruy Muniz”, afirmou o ministro.

Na sessão do impeachment, Raquel Muniz disse em seu voto a favor da abertura de processo contra a presidente que tomava aquela decisão “para dizer que o Brasil tem jeito” e que “o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão”.

“É pelo norte de Minas, é por Montes Claros, é por Minas Gerais, é pelo Brasil”, afirmou a deputada.

O prefeito é suspeito de inviabilizar a existência e o funcionamento de hospitais públicos e filantrópicos que atendem pelo SUS ao deixar de prestar serviços pela rede municipal.

OUTRO LADO

Procurada pela Folha, a deputada Raquel Muniz informou, por meio de sua assessoria que “desconhece o inquérito citado e, portanto, não tem como se manifestar sobre os fatos. Tão logo a deputada seja notificada pela Justiça prestará os devidos esclarecimentos”.

Na época da prisão, Ruy Muniz negou envolvimento com irregularidades.

Mais um: Citado em delação, ministro Henrique Eduardo Alves pede demissão

Leandro Prazeres*
Do UOL, em Brasília

O ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) - Foto: Alan Marques - 18.nov.2014/ Folhapress

O ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) – Foto: Alan Marques – 18.nov.2014/ Folhapress

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) pediu demissão do cargo de ministro do Turismo nesta quinta-feira (16). A informação foi confirmada pela SIP (Secretaria de Imprensa da Presidência da República), que não informou ainda os motivos que levaram ao pedido de demissão.

Henrique Eduardo Alves é o terceiro ministro nomeado pelo presidente interino, Michel Temer (PMDB), a deixar o governo. Na última quarta-feira (15), Alves viu seu nome envolvido na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Segundo Machado, Alves teria recebido R$ 1,55 milhão em doações eleitorais oriundo de propina do esquema investigado pela Operação Lava Jato.

Questionada sobre as alegações de Machado, a assessoria de Henrique Alves disse que ele  “repudia a irresponsabilidade e leviandade das declarações do senhor Sérgio Machado”. Sua assessoria disse ainda que “todas as doações” para suas campanhas “foram oficiais, as prestações de contas foram aprovadas e estão disponíveis no TSE” e que Alves está à disposição da Justiça e “confiante que as ilações envolvendo o seu nome serão prontamente esclarecidas”.

Alves é alvo de dois pedidos de abertura de inquérito feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF, que ainda não se pronunciou. Em um deles, a PGR pede que ele seja investigado por suspeitas de envolvimento no chamado “quadrilhão” investigado pela operação. Em outro, o foco é a relação de Henrique Alves com o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro.

O ex-ministro é suspeito de fazer parte do grupo de políticos do PMDB que deu suporte para que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa continuasse no cargo em troca de propinas destinadas ao PMDB. O ministro também é suspeito de ter recebido propina do petrolão para a sua campanha ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014.

O primeiro ministro nomeado por Temer a deixar o governo foi o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que ocupava o Ministério do Planejamento. O segundo foi o ex-ministro da Transparência, Fiscalização e Controle Fabiano Silveira. Os dois foram flagrados em conversas gravadas por Sérgio Machado e que integram sua delação premiada. Nos diálogos gravados pelo delator, Jucá diz que era preciso fazer um “pacto” para “estancar a sangria” causada pela Operação Lava Jato. Em outra conversa gravada, Fabiano Silveira aparecia dando conselhos ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) sobre como se defender das investigações feitas pela Lava Jato.

A informação sobre o pedido de demissão de Henrique Eduardo Alves começou a circular no Palácio do Planalto no momento em que o presidente Michel Temer participava de uma cerimônia para a assinatura de contratos do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Havia a expectativa de que Temer pudesse falar sobre o tema, mas ele deixou a cerimônia após um discurso rápido sem tocar no assunto. Questionado sobre a demissão do colega, o ministro da Educação, Mendonça Filho, evitou fazer comentários. “Eu gostaria de falar só de educação”, disse.

Minutos após a divulgação da notícia da demissão, o assunto repercutiu e provocou gargalhadas na comissão que julga o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, no Senado. Ao saber da saída do ministro, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) pediu a palavra para fazer o comunicado. “Nesse governo os ministros se demitem, não ficam se escondendo embaixo da saia de ninguém”, rebateu o senador Waldemir Moka (PMDB-MS), que compõe a base de Temer.

A petista respondeu que os ministros “não têm alternativa”. Neste momento, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) tomou o microfone e levou parte do plenário às gargalhadas. “Vamos parar de falar em corda em casa de enforcado”, repetiu duas vezes o parlamentar, em referência ao envolvimento de integrantes do governo Dilma em casos de corrupção. Nem mesmo o advogado da presidente afastada, José Eduardo Cardozo, conseguiu conter o riso.

Em sua delação, Sérgio Machado também cita o presidente interino. Ele disse queTemer pediu R$ 1,5 milhão para a campanha à Prefeitura de São Paulo de Gabriel Chalita (ex-PMDB, atual PDT). Em seu depoimento, Machado disse que, “o contexto da conversa deixava claro que Michel Temer” tinha consciência de que os recursos a serem disponibilizados por ele seriam de origem ilícita.

Mais cedo, durante outra cerimônia no Palácio do Planalto, Temer criticou as alegações feitas por Machado, que classificou como “levianas”. “Eu quero fazer uma declaração a respeito da manifestação irresponsável, leviana, mentirosa e criminosa do cidadão Sérgio Machado […] alguém que teria cometido aquele delito irresponsável que o cidadão Machado apontou, não teria até condições de presidir o país”, disse Temer. (*Com informações de Gustavo Maia)

Estrada MA 312, da euforia a decepção

Governo do estado diz que obras retornam nas próximas semanas

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A MA 312 tem início na saída da cidade, no bairro Rodeador

Se com as máquinas na estrada e trabalhando a descrença ainda existia, com a saída dessas e a consequente paralisação das obras da MA 312, que liga Araioses a Água Doce do Maranhão, passando por Carnaubeiras –  tida como a grande esperança de desenvolvimento para a nossa região –  passou da euforia para decepção.

A paralisação dos serviços, que ocorreu no início de abril, não indica que o governo do estado não fará mais a estrada. A descrença tem a ver com a longa espera que já duram décadas, quando foram feitas as primeiras promessas de que a estrada seria asfaltada, fato nunca ocorrido. Com o novo governo, eleito em 2014, e o início das obras, a esperança se renovou.

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O blog tentou contato com a MAKETE CONSTRUÇÕES E TERRAPLANAGEM LTDA, empresa responsável pela execução da obra, mas não foi possível saber uma posição da construtora, já que há informações de que essa teria parado de trabalhar por falta de pagamento de parte do governo do estado.

Saber de uma posição da empresa se justifica pelo fato de haver também informações de que essa não estaria recebendo os pagamentos do estado, devido algumas pendências dela junto ao BNDES, órgão que financia a obra.

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Depois da paralisação parte das máquinas foram retiradas pela construtora

Recentemente um jornalista ligado à Família Sarney publicou em seu blog, postagem onde diz que o Clube de Engenharia do Maranhão (CEM) teria contestado por meio de uma nota oficial, a versão do governo Flávio Dino (PCdoB) para os atrasos e paralisações de obras bancadas com recursos do BNDES, que segundo o Executivo, a culpa seria das empreiteiras a paralisação dos serviços.

Longe de querer desmerecer o trabalho de quem quer que seja não se pode deixar de observar na postagem do jornalista, uma clara tendência de responsabilizar somente o governo do estado pela paralização dessa e de outras obras.

Mozart Magalhães Araújo – Chefe da Assessoria de Comunicação da SINFRA, contatado pelo blog ontem (14) sobre o assunto ficou de responder mais tarde, mas não retornou a ligação. Porém o mesmo contato foi feito com o Secretário de Comunicação Robson Paz e esse respondeu que a paralização das obras tem a ver com umas pendências burocráticas, que já estão sendo resolvidas e que o retorno dos serviços deverá ocorrer nas próximas semanas.

O trecho da MA 312 para ser asfaltado tem a extensão de 39 km, orçado em R$ 26.422.620,14 (vinte e seis milhões, quatrocentos e vinte e dois mil, seiscentos e vinte reais e quatorze centavos) prevista para ficar pronto em 360 dias. A fonte dos recursos é o Tesouro Estadual e faz parte do programa Mais Asfalto.

A ex-prefeita Luciana Trinta, que se diz aqui em Araioses representante do governador Flávio Dino, logo que as maquinas chegaram à estrada pousou ao lado do dono da Makete e operários, visitou várias famílias da região dizendo que estava ali para dizer que estava trazendo o asfalto, mas sobre a paralização dos serviços nada disse, até porque dificilmente ela que quer por que quer voltar a ser prefeita da cidade, é vista por aqui.

Que fique bem claro também, que muitos dos benefícios de parte do governo do estado, se viabilizam quando há interesse dos nossos representantes não só no Legislativo Maranhense como também na Câmara dos Deputados.

Porém, o histórico diz que esses após receberem os votos dos araiosenses esquecem-se de suas existências e não lutam pelos interesses da região.

 Abaixo veja a relação dos candidatos a deputado estaduais e federais mais votados em Araioses nas eleições de 2014

Votação pela ordem numérica dos 10 candidatos a deputados estaduais mais votados e seus respectivos apoiadores:

1º lugar: Max Barros com 4.665 votos – apoiador Manin Leal, pai da prefeita de Araioses;

2º lugar: Manoel da Polo com 2.625 votos – Manoel da Polo é  vereador de Araioses, não se elegeu;

3º lugar: Souza Neto com 2.335 Votos – apoiador Neto Carvalho, ex-prefeito da Magalhães de Almeida;

4º lugar: Paulo Neto com 1.907 votos – apoiador Dadá Coutinho, ex-vereador de Araioses;

5º lugar: Ana do Gás com 1.368 votos – apoiador Luciana Trinta, ex-prefeita de Araioses;

6º lugar: Adriano Sarney com 632 votos – apoiador Marcio Machado, coordenador da campanha de Lobão Filho em Araioses;

7º lugar: Marcos Caldas com 557 votos – apoiador Jorge Bittencourt ex-vereador de Araioses, não eleito;

8º lugar: Edson Araújo com 541 votos – apoiador Pessoal da Z-20 Colônia de Pescadores de Araioses;

9º lugar: Manoel Ribeiro com 486 votos – apoiador policial R. Costa, não eleito;

10º lugar: Zé Inácio com 314 votos – apoiador Chico do PT.

Votação pela ordem numérica dos 10 candidatos a deputados federais mais votados e seus respectivos apoiadores:

1º lugar: Victor Mendes com 5.157 votos – apoiador Manin Leal pai da prefeita de Araioses;

2º lugar: Hildo Rocha com 2.550 votos – apoiador Neto Carvalho, ex-prefeito da Magalhães de Almeida;

3º lugar: Ricardo Archer com 1.799 votos – apoiador Dadá Coutinho ex-vereador de Araioses, não eleito;

4º lugar: Zé Reinaldo com 1.570 votos – apoiador Luciana Trinta, ex-prefeita de Araioses;

5º lugar: Claudio Furtado com 1.028 votos – apoiador Manoel da Polo, vereador de Araioses, não eleito;

6º lugar: Pedro Fernandes com 959 votos- apoiador Marcio Machado, coordenador da campanha de Lobão Filho em Araioses;

7º lugar: Julião Amim com 584 votos – apoiador Pessoal da Z-20 Colônia de Pescadores de Araioses;

8º lugar: Chiquinho Escórcio com 510 votos – apoiador Policial R. Costa, não eleito;

9º lugar: Zé Carlos com 468 votos – apoiador Chico do PT;

10º lugar: João Marcelo com 433 votos – apoiador Família Quaresma.

O Delta é nosso

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O asfaltamento dessa estrada vai facilitar muito a vinda de turistas que tenham procedência de São Luís, Barreirinhas, Paulino Neves e Tutóia, sem contar que Água Doce do Maranhão que até em 1996 pertencia a Araioses vai ter o acesso facilitado e não a terrível sina de enfrentar a estrada esburacada que existe atualmente.

A estrada vai facilitar o desenvolvimento não só do turismo na região, como também de todas as demais atividades que possam gerar emprego e renda.

O Delta do Parnaíba ou Delta das Américas como também é conhecido fica quase todo em território maranhense, porém como o acesso a ele procede de Parnaíba/PI, passa a imagem para quem não conhece que é essa dádiva da Natureza e do nosso estado vizinho.

Que a sensibilidade e a razão se estabeleça para o bem-estar de todos.

Receita libera pagamento de restituições do primeiro lote do IR 2016

Para saber se teve a declaração liberada no lote multiexercício, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet ou ligar para o ReceitafoneArquivo/ Agência Brasil

Para saber se teve a declaração liberada no lote multiexercício, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet ou ligar para o ReceitafoneArquivo/ Agência Brasil

Daniel Lima – Repórter da Agência Brasil

A Receita Federal libera hoje (15) o dinheiro das restituições do primeiro lote do Imposto de Renda Pessoa Física 2016. Estão no lote também restituições residuais dos exercícios de 2008 a 2015. Tiveram prioridade idosos, pessoas com alguma deficiência física ou mental ou doença grave.

Para saber se teve a declaração liberada no lote multiexercício, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet ou ligar para o Receitafone (telefone 146). O órgão disponibiliza ainda aplicativo paratablets e smartphones que facilita a consulta às declarações e à situação cadastral no CPF.

Se o contribuinte tiver dúvida sobre a situação da declaração poderá consultar o Serviço Virtual de Atendimento (e-CAC) na página da Receita, onde é possível acessar o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. No caso de identificação de algum problema, a Receita recomenda a entrega de uma declaração retificadora.

A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerê-la por meio da Internet, mediante o Formulário Eletrônico – Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da DIRPF.

Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá ir a qualquer agência do BB ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone exclusivo para pessoas com deficiência auditiva) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

Delator cogitou comprar R$ 1 mi em suco para maquiar propina a Lobão

POR JULIA AFFONSO, RICARDO BRANDT, MATEUS COUTINHO E FAUSTO MACEDO

ESTADÃO

Luiz Carlos Martins, executivo ligado à Camargo Corrêa, detalhou caminho do dinheiro ao senador maranhense e ex-ministro de Minas e Energia do governo Dilma

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Edison Lobão. Foto: DIda Sampaio/Estadão

O delator Luiz Carlos Martins, ligado à empreiteira Camargo Corrêa, afirmou em depoimento que cogitou comprar R$ 1 milhão em suco de fruta para maquiar suposta propina ao senador Edison Lobão (PMDB-MA), nas obras da Usina de Belo Monte. O executivo prestou novas declarações à Polícia Federal, em Brasília, no fim de março, e reiterou tudo o que disse em sua delação premiada.

Documento

O DEPOIMENTO DE LUIZ CARLOS MARTINS   PDF

Neste depoimento, Luiz Carlos Martins detalhou a ‘operacionalização dos pagamentos’ a Lobão, que teriam ocorrido em 2011, e envolveu a empresa AP Energy Engenharia e Montagem LTDA. Lobão, na ocasião, era ministro de Minas e Energia do governo Dilma Rousseff.

“O ‘caminho’ utilizado para fazer o dinheiro chegar ao destinatário, o então ministro de Minas e Energia Edison Lobão, foi mencionado em reunião do Conselho-Diretor do CCBM (Consórcio Construtor Belo Monte); que, especificamente, recorda-se que foram cogitados vários “caminhos”, sendo que um deles envolvia Luiz Fernando Silva, que teria sido Secretario Estadual no Maranhão e que teria vínculos com o então ministro Lobão”, relatou o delator.

Luiz Carlos Martins disse à PF que precisava ‘efetivar os repasses’ e solicitou ao funcionário da Camargo Corrêa, Gustavo da Costa Marques, que fosse ao Maranhão para se certificar do suposto vínculo entre Luiz Fernando Silva e o então ministro Lobão. Ao retornar, contou o executivo, Gustavo Marques afirmou que o ‘caminho era aquele mesmo, ou seja, via Luiz Fernando Silva’.

De acordo com o executivo, Gustavo Marques lhe deu o telefone de contato de Luiz Fernando Silva e informou que os valores deveriam ser encaminhados também a um empresário de nome Ilson Mateus.

“Como se tratava de um empresário atuante no rama de supermercados, houve dificuldade da parte do declarante quanto a forma de contratação de alguma empresa desse setor pela Camargo Corrêa, de modo que os valores pudessem ser remetidos ao Maranhão”, relatou Luiz Carlos Martins. “Enquanto discutia essa dificuldade com Gustavo Marques, em momento de descontração, surgiu a ideia de aquisição de R$ 1 milhão em suco de fruta, o que ilustra a dificuldade que havia em operacionalizar o envio do dinheiro.”

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Diante da dificuldade, Luiz Carlos Martins contou que passou a procurar uma empresa com atividade compatível com a Camargo Corrêa, que pudesse fazer a intermediação dos valores. Na busca, teria surgido o nome do empresário Fernando Brito em conversas no conselho do CCBM e, ‘mais a frente, tal nome contou com a confirmação de Gustavo Marques, que já o conhecia e opinou no sentido de que o empresário poderia auxiliar na questão’.

“Gustavo Marques agendou um encontro entre o declarante e o empresário Fernando Brito, o qual se realizou em um restaurante situado no bairro Itaim, em São Paulo, cujo nome não recorda; que, nesse encontro, o empresário Fernando Brito efetivamente se dispôs a auxiliar na intermediação dos valores, afirmando que, para tanto, poderia lançar mão da empresa AP Energy, da qual fora sócio”, afirmou o delator.

“Fernando Brito interessou-se em resolver a questão, pois pretendia atuar em outras frentes com a Camargo Corrêa, como efetivo prestador de serviço.”

Luiz Carlos Martins afirmou que para justificar contabilmente a saída de valores da empreiteira, houve a celebração de um contrato entre a construtora e a AP Energy, ‘o qual, como era sabido por todos, tratava-se de um contrato com objeto fictício’.

“O declarante solicitou ao funcionário Arnaldo Feitosa que elaborasse uma minuta de contrato, nos moldes adotados pela Camargo Corrêa, voltado à contratação de serviço de consultoria na área de engenharia, cujas cópias e correspondentes notas fiscais já foram apresentadas pela declarante; que Arnaldo Feitosa desconhecia absolutamente que o contrato firmado entre a Camargo Corrêa e a AP Energy tratava-se de uma simulação”, relatou.

Segundo o executivo, ‘a remessa de valores ao Maranhão ficou ao encargo da AP Energy ou de outras empresas ligadas a ela ou ata mesmo de seus sócios, não sabendo o declarante detalhes operacionais a esse respeito’.

“Tem convicção de que os valores chegaram ao destinatário porque cessaram as cobranças; que, posteriormente, surgiu a necessidade de encaminhamento de novos valores ao Maranhão, também destinados ao então Ministro Edison Lobão e a Camargo Corrêa utilizou-se do mesmo “caminho” acima narrado, firmando novo contrato com a AP Energy, igualmente com objeto fictício”, disse.

A reportagem não localizou a AP Energy.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO ANTONIO CARLOS DE ALMEIDA CASTRO, O KAKAY

O criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende Edison Lobão, afirmou que o senador e ex-ministro ‘desconhece essa empresa’.

“Nunca ouviu falar, não conhece essas duas pessoas que seriam os donos da empresa. Realmente não tem a menor noção de por que houve a citação.”

Machado diz ter repassado propina a 18 políticos de PMDB, PT, DEM e PSDB

MÁRCIO FALCÃO

AGUIRRE TALENTO

Folha UOL DE BRASÍLIA

Em sua delação premiada, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado relatou ter repassado propina a ao menos 18 políticos de diferentes partidos, passando por PMDB, PT, PP, DEM, PSDB e PSB.

O PMDB, fiador político de sua indicação à presidência da Transpetro, foi o que mais arrecadou: cerca de R$ 100 milhões, de acordo com seus depoimentos.

Segundo ele, os políticos o procuravam pedindo doações e, em seguida, Machado solicitava os repasses às empreiteiras que tinham contratos com a Transpetro.

“Embora a palavra propina não fosse dita, esses políticos sabiam ao procurarem o depoente que não obteriam dele doação com recursos do próprio, enquanto pessoa física, nem da Transpetro, e sim de empresas que tinham relacionamento contratual com a Transpetro”, afirmou.

A lista de políticos entregue por Sérgio Machado inclui ferrenhos adversários do PT, como o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), o ex-senador Sérgio Guerra (PSDB-PE, morto em 2014), o senador José Agripino Maia (DEM-RN) e o deputado Felipe Maia (DEM-RN).

Além deles, outros que o procuraram pedindo recursos foram, de acordo com sua delação, além dos caciques do PMDB Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e José Sarney (AP), também os parlamentares e ex-parlamentares Cândido Vaccarezza (PT-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Luiz Sérgio (PT-RJ), Edson Santos (PT-RJ), Francisco Dornelles (PP-RJ), Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Ideli Salvatti (PT-SC), Jorge Bittar (PT-RJ), Garibaldi Alves (PMDB-RN), Valter Alves (PMDB-RN) e Valdir Raupp (PMDB-RO).

No caso de Renan, Jucá e Sarney, o ex-presidente da Transpetro relatou que eles receberam tanto por meio de doações oficiais como de dinheiro em espécie. Machado detalhou quais doações feitas a ele podem ser consideradas como propina.

Machado também relatou quais empresas aceitavam fazer pagamentos de propina referentes aos contratos com a Transpetro. Segundo ele, foram a Camargo Corrêa, Galvão Engenharia, Queiroz Galvão, NM Engenharia, Estre Ambiental, Polidutos, Essencis Soluções Ambientais, Lumina Resíduos Industriais e Estaleiro Rio Tietê.

“Quando chamava uma empresa para instrui-la a fazer doação oficial a político, ele sabia que isso não era lícito, que a empresa fazia doações em razão de seus contratos com a Transpetro”, disse Sérgio Machado, em um de seus depoimentos.

A reportagem ainda não conseguiu contato com os citados.

Distribuição de cargos para o PSDB é plano contra Lava Jato, diz Janot ao STF

Procurador-geral fala em trama com “fantasia mambembe de processo legislativo”

Jornal do Brasil

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou ao STF que nomeações de ministros aliados do PMDB e a distribuição de cargos ao PSDB, no governo do interino Michel Temer (PMDB), integravam um plano para encerrar a Lava Jato. A informação consta no pedido de prisão de Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e José Sarney (PMDB-AP), que foi negado pelo Supremo. Janot destaca que a “trama criminosa” com “fantasia mambembe de processo legislativo” busca evitar que corrupção “endêmica” seja revelada.

As indicações políticas, para Janot, são uma “solução Michel”, para “construir uma ampla base de apoio político para conseguir, pelo menos, aprovar três medidas de alteração do ordenamento jurídico em favor da organização criminosa”.

Essas medidas seriam a proibição de acordos de colaboração premiada com investigados ou réus presos; a proibição de execução provisória da sentença penal e a alteração do regramento dos acordos de leniência. As informações são da Folha de S. Paulo.

temerPara Janot, indicações são “solução Michel” para conseguir aprovar, pelo menos, três medidas
“Pode-se inferir destes áudios [de Sérgio Machado] que certamente fez parte dessa negociação a nomeação de Jucá para pasta do Ministério do Planejamento, além da nomeação do filho de Sarney, para o Ministério do Meio Ambiente, e de Fabiano Silveira, ligado a Calheiros, para o Ministério que substituiu a Controladoria-Geral da União, além dos cargos já mencionados para o PSDB”, disse Janot.

Jucá e Fabiano Silveira deixaram os cargos após a divulgação das conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

“O que está por trás da trama criminosa – com a fantasia mambembe de processo legislativo – voltada para engessar o regime jurídico da colaboração premiada é apenas o interesse de parcela da classe política, que se encontra enredada na Operação Lava Jato, em especial os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá e o ex-presidente José Sarney, em evitar acordos dessa estirpe que revelem a corrupção endêmica em que incorrem continuadamente por anos e anos a fio (que admitem e comentam sem reservas nas conversas gravadas)”, completou.

O pedido de prisão, contudo, de acordo com ele, teve como base a “presunção de que os requeridos, pelo teor das conversas gravadas, poderão utilizar da força política que possuem para causar interferências nas investigações”, apesar da ausência de atos ou elementos concretos neste sentido.

Barreirinhas continua abandonada como antes

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Mães levaram seus bebês para assistir as palestras do grupo Unidos por Araioses é cena muito comum

O grupo Unidos por Araioses que tem como pré-candidato a prefeito de Araioses o médico Cristino Gonçalves de Araújo e como pré o vice o empresário Bernardinho Almeida – o BBA, estiveram reunidos na noite de ontem (13), no povoado Barreirinhas distante 32 km de Araioses. Chegar lá não foi fácil, pois a estrada está intrafegável em toda a sua extensão.

Um grupo muito bom de pessoas de todas as idades já nos esperava desde cedo e a palestra e os debates foram muito importantes para um conhecimento maior do abandono que aquela gente sofre, por parte de quem administra o município.

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Em todas as comunidades que visitamos os problemas de saúde que a população vem enfrentando sempre ocupam lugar de destaques nas conversas, mas lá a questão da água é muito séria também. Durante a participação de uma moradora ela chegou a lembrar de que no comício da atual prefeita naquela comunidade em 2012, a então candidata Valéria do Manin disse que ela iria colocar água de qualidade na casa de todos os moradores e não aquela garapa de buriti que eles tinham.  Rematou dizendo que a prefeita estava terminado o seu mandato e nada do que prometeu para eles foi cumprido.

Dr. Cristino, pré-candidato a prefeito de Araioses

Dr. Cristino, pré-candidato a prefeito de Araioses

Também outra opinião muito ouvida em Barreirinhas é que eles não querem mais saber de políticos de fora, de gente que não mora em Araioses. Um senhor com sabedoria peculiar, disse que as experiências que foram feitas não deram certo e não há porque repetir o que só tem prejudicado a população, principalmente os mais humildes.

Ao final da reunião onde todos puderam falar e ouvir a esperança de que essa situação vai mudar foi renovada.

Estiveram presentes na reunião além do Dr. Cristino e BBA, os pré-candidatos a vereador Daby Santos, João de Deus e Quaresma Filho. Ainda na comitiva o Dr. Leonel Procópio, Irmã Graça e Edilson, esse três da coordenação.

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Ed Wilson – Paixões, dinheiro e violência na passagem da Tocha Olímpica

Blog do Ed Wilson

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Ninguém pode negar que a passagem da tocha olímpica por todas as regiões do Brasil é um espetáculo com alto poder de mobilização e apelo popular.

Sempre haverá de ter jogos e circo para agradar o povo, principalmente nos momentos de crise. É assim desde a Grécia antiga e no Império Romano, traduzindo as paixões humanas há séculos.

A passagem da tocha busca envolver a população na jornada que precede os jogos. Há de se reconhecer que, entre os selecionados para transportar a tocha, estão projetos sociais, jovens com histórias de superação, atletas vitoriosos e os gestores públicos.

Porém, essa festa tem um custo muito alto, mas nunca divulgado. O hotel mais luxuoso de São Luís – Luzeiros – estava tomado por hóspedes da comitiva da tocha.

As grandes empresas multinacionais aproveitam as multidões apaixonadas para divulgar suas marcas junto ao povo que se amontoa nas ruas para adorar o evento.

Associados à Fifa, CBF e ao Comitê Olímpico Internacional, os negócios do esporte movimentam bilhões de dólares no planeta, da construção de estádios aos anúncios de refrigerante.

O rastro da corrupção com as obras da Copa do Mundo está vivo.

No Brasil de tantas notícias negativas, a passagem da tocha está salvando nossa agenda midiática. Salvando, em termos.

Durante o percurso de São Luís, o evento foi marcado por violência da Polícia Militar (PM) do Maranhão contra jovens que aproveitaram a cobertura internacional para repudiar o governo interino Michel Temer (PMDB).

O protesto dos jovens foi recebido com pancadaria da PM.

Reagindo à repressão, o movimento OcupaMinc fez duras críticas à ação da PM, sob o comando do governador Flávio Dino (PCdoB).

Em tempos de crise, com tanta defasagem na Educação e na Saúde, não faz muito sentido uma derrama de dinheiro para celebrar os jogos olímpicos.

Também não faz sentido a violência para conter os protestos #ForaTemer.

Na guerrilha, os jovens agredidos queriam uns segundos na mídia golpista para denunciar o golpe. Ao fim, acabaram golpeados pela PM.

CBF demite Dunga, escolhe Tite e tem pressa pra acerto com corintiano

Pedro Ivo Almeida e Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

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Dunga não resistiu à eliminação na Copa América Centenário e acabou demitido – Foto: HECTOR RETAMAL/AFP

Dunga foi demitido do comando da seleção brasileira nesta terça-feira (14) após a eliminação precoce na fase de grupos da Copa América Centenário, nos Estados Unidos. Gilmar Rinaldi, coordenador de seleções, também está fora.

Em decisão do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, o treinador que estava no comando desde o fim da Copa do Mundo de 2014 teve o contrato rescindido e já está fora, também, da Olimpíada do Rio, em agosto. Tite, do Corinthians, é o preferido da entidade para assumir o posto.

O anúncio foi feito através de uma nota oficial publicada na tarde dessa terça.

“A Confederação Brasileira de Futebol comunica que decidiu, nesta terça-feira, dissolver a comissão técnica da Seleção Brasileira. Deixam os cargos o coordenador de Seleções, Gilmar Rinaldi, o técnico Dunga e toda a sua equipe. A decisão foi tomada em comum acordo durante reunião nesta tarde e, a partir de agora, a CBF inicia o processo de escolha da nova comissão técnica da Seleção Brasileira. A CBF agradece a dedicação, a seriedade e o empenho da equipe durante a realização do trabalho”, diz a nota.

Os dirigentes têm pressa para acertar com o comandante corintiano, que pode ser anunciado nas próximas horas. A entidade ainda não tem um plano B e crê que da conversa que terá com o treinador e seu estafe saia um acerto. Antes mesmo da reunião com Dunga e Gilmar Rinaldi, na tarde desta terça-feira, na sede da CBF, o empresário de Tite, Gilmar Veloz, já mantinha diálogos com cartolas da federação.

A segunda passagem de Dunga pela seleção brasileira se encerra com duas campanhas ruins em diferentes edições de Copa América e classificação abaixo da esperada nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Com o treinador, a seleção caiu nas quartas de final da Copa América de 2015, no Chile, e agora foi eliminada na fase de grupos nos Estados Unidos – a pior campanha do Brasil na história do torneio desde 1924.

No total, a passagem se encerra com 18 vitórias, cinco empates e três derrotas em 26 jogos. Os números positivos, porém, ficam nos amistosos: logo quando assumiu, o técnico teve sequência de dez vitórias em dez amistosos. Em jogos oficiais, porém, Dunga só conseguiu vencer Venezuela (duas vezes), Peru (duas vezes) e, por último, o Haiti. O rendimento irregular rende ao Brasil a atual 6ª colocação nas eliminatórias para a Copa do Mundo.

Ainda, Dunga se marcou nesta segunda passagem pela cisão com jogadores antes tidos como protagonistas no elenco. O treinador tirou a braçadeira de capitão de Thiago Silva e, posteriormente, também barrou o zagueiro de convocações por ter reprovado a postura em entrevistas sobre a seleção brasileira. O lateral Marcelo, do Real Madrid, viveu situação semelhante e deixou de ser lembrado depois de discordâncias com a CBF em relação ao tempo de recuperação de uma lesão que, segundo o atleta, poderia impedi-lo de atuar em determinado período pela seleção. David Luiz, um dos ícones da Copa de 2014, perdeu espaço por critérios técnicos.

Mesmo com Dunga empregado, Tite e o argentino Jorge Sampaoli chegaram a ser consultados por representantes que agiram em nome da CBF sobre a possibilidade de assumir a seleção brasileira. A primeira consulta ao treinador do Corinthians aconteceu em 2015 e a segunda em março, há três meses. Sampaoli foi consultado no mesmo período deste ano.

Com a indefinição no comando, a CBF precisa estabelecer ainda se o novo técnico da seleção também comandará o Brasil na Rio-2016.

Policial morre em acidente com viatura da Polícia Civil em São Luís

Veículo transportava sete detentos da Funac no momento do acidente.

Acidente foi registrado na Avenida Daniel de La Touche, em São Luís

Do G1 MA

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Viatura capotou na avenida Daniel de La Touche, na Cohama (Foto: Lucas Duarte)

Um policial civil, identificado apenas como Válber, morreu na manhã desta segunda-feira (13), em um acidente na avenida Daniel de La Touche, em São Luís. Segundo informações preliminares, no momento do acidente, Válber e mais outros dois policiais estavam transportando sete detentos menores de idade que fugiram neste domingo (12) para o Centro de Juventude Eldorado, no bairro Turu.

Em entrevista à Rádio Mirante AM, o investigador Sérgio, que estava dentro da viatura, explicou como aconteceu o acidente. “Nós estávamos transportando sete menores que fugiram ontem do Centro de Juventude Eldorado, quando chegamos em um sinal aberto para nós. Um motorista veio na rua tranversal e ultrapassou no sinal vermelho quando nós seguíamos na via. O Válber tentou desviar, mas perdeu o controle, subiu o canteiro central e a viatura capotou”, relatou.

Os sete adolescentes saíram ilesos do acidente. Eles foram reconduzidos em outro veículo para o Centro de Juventude Eldorado.

Os outros dois policiais que estavam na viatura tiveram ferimentos leves. Após o acidente, o trânsito no local ficou parado.

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Os sete menores saíram ilesos do acidente; dois policiais se feriram levemente (Foto: Lucas Duarte)

Fuga na Funac

Dez internos da unidade de internação do Centro de Juventude Eldorado, ligado à Fundação da Criança e do Adolescente do Maranhão (Funac), no bairro Turu, em São Luís, fugiram na tarde deste domingo (12).

A fuga aconteceu no momento em que os detentos foram liberados para o jantar. Alguns adolescentes simularam uma briga para dispersar os agentes socioeducativos que estavam no local. A polícia está realizando as buscas aos adolescentes que fugiram e, até o momento, sete deles já foram recapturados.

É possível e provável que políticos acabem com a Lava Jato, diz procurador

Notícias UOL

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Para Dallagnol, gravações expuseram uma trama para “acabar com a Lava Jato”

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, disse ser “possível e até provável” que as investigações do maior escândalo de corrupção do país acabem. “Quem conspira contra ela são pessoas que estão dentre as mais poderosas e influentes da República”, afirmou.

Dallagnol disse que as conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado com o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o ex-presidente José Sarney (AP) e o senador e ex-ministro do Planejamento Romero Jucá (RR), todos da cúpula do PMDB, expuseram uma trama para “acabar com a Lava Jato”.

 

“Esses planos seriam meras especulações se não tivessem sido tratados pelo presidente do Congresso Nacional”, disse o procurador. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.

Pergunta – Os áudios do delator Sérgio Machado tornados públicos pela imprensa mais uma vez revelam movimentos para tentar interferir nos andamentos da Operação Lava Jato. As investigações correm algum risco?

Dallagnol – As investigações aproximaram-se de pessoas com poder econômico ou político acostumadas com a impunidade. É natural que elas reajam. Há evidências de diferentes tipos de contra-ataques do sistema corrupto: destruição de provas, criação de dossiês, agressão moral por meio de notas na imprensa ou de trechos de relatório de CPI, repetição insistente de um discurso que aponta supostos abusos jamais comprovados, tentativas de interferência no Judiciário e, mais recentemente, o oferecimento de propostas legislativas para barrar a investigação, como a MP da leniência (medida provisória que altera as regras para celebração de acordos entre empresas envolvidas em corrupção e o poder público). Tramas para abafar a Lava Jato apareceram inclusive nos áudios que vieram a público recentemente. A Lava Jato só sobreviveu até hoje porque a sociedade é seu escudo.

Pergunta – É possível um governo ou o Congresso pôr fim à Lava Jato?

Dallagnol – É, sim, possível e até provável, pois quem conspira contra ela são pessoas que estão dentre as mais poderosas e influentes da República. À medida que as investigações avançam em direção a políticos importantes de diversos partidos, a tendência é de que os que têm culpa no cartório se unam para se proteger. É o que se percebe nos recentes áudios que vieram a público. Neles, os interlocutores dizem que alertaram diversos outros políticos quanto ao perigo do avanço da Lava Jato. É feita também a aposta num “pacto nacional” que, conforme também se extrai dos áudios, tinha como objetivo principal acabar com a Lava Jato.

Não podemos compactuar com a generalização de que políticos são ladrões, porque ela pune os honestos pelos erros dos corruptos e desestimula pessoas de bem a entrarem na política. Contamos com a proteção de políticos comprometidos com o interesse público, mas não podemos menosprezar o poder das lideranças que estão sendo investigadas.

É, sim, possível e até provável [pôr fim à Lava Jato], pois quem conspira contra ela são pessoas que estão dentre as mais poderosas e influentes da República

Pergunta – Curitiba foi comparada à “Torre de Londres” nas gravações. É justa a comparação?

Dallagnol – A comparação é absolutamente infundada. A Torre de Londres foi usada para a prática de tortura. Na tortura, suprime-se o livre arbítrio da vítima e se extrai a verdade por meio de tratamento cruel. Na colaboração, respeita-se o livre arbítrio de quem, quando decide colaborar, recebe um prêmio. Mais de 70% dos colaboradores da Lava Jato jamais foram presos. Nos casos minoritários em que prisões antecederam as colaborações, eram estritamente necessárias e não tiveram por objetivo a colaboração, mas sim proteger a sociedade, que corria risco com a manutenção daquelas pessoas em liberdade.

Esses planos [pôr fim à Lava Jato] seriam meras especulações se não tivessem sido tratados pelo presidente do Congresso Nacional, com amplos poderes para mandar na pauta do Senado

Pergunta – O que o conteúdo dos áudios demonstra, na sua opinião?

Dallagnol – Os áudios revelam um ajuste entre pessoas que ocupam posições-chave no cenário político nacional e, por isso, com condições reais de interferir na Lava Jato. Discutiram concretamente alterar a legislação e buscar reverter o entendimento recente do Supremo que permite prender réu após decisão de segunda instância. Eles chegam a cogitar romper a ordem jurídica com uma nova Constituinte, para a qual certamente apresentariam um bom pretexto, mas cujo objetivo principal e confesso seria diminuir os poderes do Ministério Público e do Judiciário.

Esses planos seriam meras especulações se não tivessem sido tratados pelo presidente do Congresso Nacional, com amplos poderes para mandar na pauta do Senado; por um ex-presidente com influência política que dispensa maiores comentários; por um futuro ministro (do Planejamento) e na presença de outro futuro ministro, o da Transparência (Fabiano Silveira, também nomeado pelo presidente em exercício Michel Temer e já fora do governo). Quando a defesa jurídica não é viável, porque os fatos e provas são muito fortes, é comum que os investigados se valham de uma defesa política.

Agora, a atuação igualmente firme contra pessoas vinculadas a novos partidos, igualmente relevantes no cenário nacional, reforça mais uma vez que a atuação do Ministério Público é técnica, imparcial e apartidária. Não vemos pessoas ou partidos como inimigos. Nosso inimigo é a corrupção, onde quer que esteja, e, nessa guerra, existe apenas um lado certo, o da honestidade e da justiça.

Sarney é descrito como ‘chefe de todos os chefes’ em pedido de prisão

RADAR ON-LINE

Por: Vera Magalhães e Severino Motta

Poderoso chefão

Poderoso chefão

Ao justificar o pedido de prisão domiciliar de Sarney, o Ministério Público Federal descreve a atuação do ex-presidente como a do “capo di tutti capi”, ou “chefe de todos os chefes” do PMDB.

Procuradores dizem que nada acontecia no esquema de propina para o partido sem a bênção de Sarney.

Pelo jeito, vice Maria, o bicho vai pegar

Parece-me claro que as candidaturas a prefeitura de Araioses, que serão sacramentadas após as convenções partidárias, estão definidas, já que não há sinal de que pode haver mudanças significativas até lá.

Serão candidatos a prefeito de Araioses o Dr. Cristino Gonçalves de Araújo, o vereador Manoel da Polo, ambos da cidade e os três que vem de outras cidades e estados como a ex-prefeita Luciana Trinta – que quer por que quer voltar -, a atual prefeita Valéria do Manin – que quer se reeleger e o Weliton do Posto, que é cearense, mas mora no Rio de Janeiro, aonde tem seus negócios.

E os vices, quem serão os companheiros de chapa desses pré-candidatos?

Aí é onde estão as maiores interrogações. A bem da verdade, apenas o vice do grupo Unidos por Araioses parece está defino. O candidato a prefeito será o Dr. Cristino e seu vice será o empresário Bernardinho Almeida. Há realmente uma pressão – de fora – de grupos que querem compor com Cristino, mas querem a vaga de vice, situação que só o Bernardinho pode mudar.

Dr. Cristino gostaria de ter todos os seguimentos políticos que querem o bem de Araioses e seu povo nesse projeto de tirar o município do atraso, mas que isso ocorra sem que haja arestas incontornáveis.

Fora do Unidos por Araioses tudo é uma incógnita ainda. De Manoel da Polo e Luciana Trinta não há notícias de quem serão seus vices e Welinton do Posto, que se fala no vereador Raimundinho do Remanso, essa candidatura não é de toda certa, pois poderá ocorrer como foi em 2012, que ele tinha como certo que seria o vice de Valéria do Manin e no final todos sabem qual foi o resultado.

Da última vez que me encontrei com ele (Raimundinho) questionei sobre o assunto e ele me disse que o vice de Weliton do Posto seria ele e ao questiona-lo que era isso que ele pensava também na eleição passada, me respondeu que Weliton do Posto não era Manin Leal, que Weliton era um homem de palavra. O tempo dará a resposta, pois tem um bom número de gente que não tem a mesma convicção do esperançoso vereador.

Por fim, analisemos o vice de Valeria do Manin. Para uns será a repetição da chapa de 2012, porém depois que a ex-prefeita Luciana Trinta mostrou em praça pública um bilhete, onde o atual vice-prefeito pede que um comerciante da cidade entregasse bebidas alcoólicas e que pusesse na conta da prefeitura, seu ibope não é mais o mesmo.

Não só gente do grupo do Manin, como de fora também, apostam que o vice de Valéria do Manin será o vereador Júlio César, atual presidente do Legislativo Araiosense.

Não é de hoje que há uma forte tendência – antes do escândalo do bilhete – para mudança do vice de Valéria do Menin o nome de César, seria o preferido de Manin Leal.

Para corroborar a minha opinião, recentemente em visita a região dos baixões, soube lá que o César doou mais de 50 fornos de torrar farinha. Para bom entendedor, isso não é pré-campanha de legislativo e sim de executivo, além é claro, abuso de poder econômico.

Pelo jeito, vice Maria, o bicho vai pegar.

São João do Maranhão contará com Centros de Atendimento ao Turista

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Prévias juninas aquecem as ruas no centro histórico de São Luís – Foto: Handson Chagas/Secap

O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Sectur), irá instalar nos arraiais do Parque Folclórico da Vila Palmeira, do Centro Social dos Servidores do Estado (Ipem), da Praça Nauro Machado e da Praça Maria Aragão, Centros de Atendimento ao Turista (CATs). A finalidade das estruturas é promover o destino turístico do Maranhão não só para os visitantes, mas também estimular o próprio maranhense a conhecer melhor o seu estado.

A novidade trará um atendimento diferenciado aos turistas, no qual eles poderão receber toda a programação oficial do “São João de Todos de 2016”. Paralelo à grade da festa junina, os visitantes poderão interagir com os técnicos da Sectur sobre os mais variados destinos turísticos do Maranhão. “Uma equipe da secretaria estará presente em cada arraial, munida de informações sobre os principais roteiros turísticos”, explicou o secretário de Cultura e Turismo, Diego Galdino. Além do público de fora, a ideia é levar informação aos próprios maranhenses, mostrando que no estado existem destinos diversificados a serem explorados.

Os profissionais que estarão nos CATs vão realizar ações com o público de maneira lúdica, atraindo o turista ao ambiente, além de fazer com que ele interaja com o conteúdo relacionado ao turismo maranhense. “Vamos aproveitar o período de São João para promover os nossos demais atrativos turísticos. Nos nossos arraiais, turistas e maranhenses vão ter uma estrutura para conhecer e tirar dúvidas sobre nossos principais polos, como Lençóis e Chapada das Mesas. A intenção é despertar o interesse por esses destinos”, explicou Galdino.

Os espaços contarão com um balcão informativo, além da presença de agentes de viagens, que prestarão informações e poderão negociar pacotes turísticos.

Como estímulo, será inserida uma cabine, para que o público possa fazer fotos em vários cenários virtuais do Maranhão. As pessoas poderão compartilhar suas fotos nas redes sociais, além de receber como recordação a versão impressa e imantada da fotografia.

Quem vier ao Maranhão no período de São João também será recepcionado de uma forma toda especial com ações interativas logo quando desembarcarem no aeroporto internacional Marechal Hugo da Cunha Machado.

Para promover o São João do Maranhão fora do estado, o Governo realiza uma série de ações de divulgação. Além do vídeo institucional que já circula nas redes sociais, e em emissoras de televisão nacionais e locais, uma ação promocional realizada no aeroporto do Galeão, em São Paulo, vai convidar passageiros e transeuntes para a nossa festa.

Fonte: Governo do Estado