Se Gentil Lima ainda estivesse entre nós, certamente a história de Araioses poderia seria outra

A morte precoce do ex-vereador Gentil Lima adiou por tempo – indeterminado – a volta de um araiosense ao comando da prefeitura araiosense

No início de 2010, poucos dias antes do vereador Gentil Pereira Lima Neto morrer – fato ocorrido no dia 7 de fevereiro daquele ano em São Bernardo/MA – estive em São Luís, onde me encontrei com Marcio Machado que tinha profundo interesse no que ocorria na apolítica de Araioses, já que alimentava o sonho de vim a ser – um dia – o prefeito da cidade.

Nosso encontro ocorreu no escritório de sua empresa, que fica no centro da capital maranhense, em uma manhã de janeiro daquele ano. O assunto da política em Araioses foi o tema central e disse-lhe naquela ocasião – mesmo sabendo das pretensões de Marcio Machado – que o vereador Gentil Lima era o melhor nome da oposição para disputara prefeitura de Araioses em 2012 e impedir a reeleição de Luciana Trinta.

Márcio Machado sorriu e não demostrou nenhuma ação que mostrasse discordar do que lhe dissera, até porque fui muito claro em lhe dizer que minha opinião se baseava no que eu ouvia falar nos quatro cantos da cidade, onde muitos já viam nele o melhor nome da oposição para enfrentar uma prefeita que no alto da sua arrogância menosprezava o povo, não dava a mínima para quem lhe servia aos seus interesses e sequer na cidade morava, vindo aqui de vem em quando para dar – a noite – expediente na prefeitura.

Naqueles dias apenas dois vereadores – Gentil Lima e Dadá Coutinho – ousavam enfrentar a toda poderosa, porém era o bravo e guerreiro Gentil quem mais tirava o sono da mulher do Remi Trinta, já que sua atuação na Câmara de Vereadores era impecável e contundente em defender os interesses do povo e tornar público as mazelas daquele governo.

Gentil era um vereador que se preparava para exercer a sua função pública. Por várias vezes cheguei a sua casa – véspera do dia das sessões – e lá estava ele debruçado em um monte de documentos, se preparando para o que ia fazer e falar no dia seguinte.

Esse posicionamento fazia dele uma esperança de vermos de volta um araiosense no comando de nossa prefeitura. Sua morte foi como se uma bomba – de alto poder de destruição – tivesse caído no coração da cidade. O lamento não foi só de seus familiares e amigos, o lamento, a dor e o sofrimento foi de todos que sonhavam com a possibilidade de Araioses voltar a ser de seus filhos.

Quando eu disse ontem (28), que talvez a história de Araioses fosse outra se o saudoso ex-vereador Gentil Lima não tivesse morrido no post Como os forasteiros tomaram conta de Araioses é porque sei o quanto ele se identificava com o povo e amava a cidade.

Gentil queria que Araioses fosse uma terra respeitada e um lugar bem melhor para se morar. A sua morte pode ter interrompido essa luta, mas não quer dizer que tudo está perdido. A hora não é de o araiosense servir de instrumento para colocar no poder gente que já não deu certo e muito menos gente que despreza a cidade a ponto de que não a vê como digna de sua moradia.

Araioses precisa de nosso respeito e de nosso amor, porém fica difícil contar com quem não tem amor próprio como tinha Gentil, que se ainda estivesse entre nós, tenho certeza de que a história de nossa terra e de nossa gente seria outra. Bem melhor e digna de termos orgulho dela.

Em tempo: alguns já se precipitaram e não entenderam o verdadeiro sentido que dou a forasteiros, mas em breve postagem direi – com mais detalhes – que são  os que deram uma enorme contribuição para jogar Araioses dentro do buraco em que se encontra. Para mim, quem não tem nada com isso não é forasteiro, independente do que diz o RG.

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