Daniel Alves é condenado por estupro; veja a sentença

O jogador foi enquadrado na lei “só sim é sim”, aprovada em 2022 com o intuito de proteger mulheres de abusos sexuais

Daniel Alves no julgamento em Barcelona. Créditos: Reprodução/GloboNews

Por Julinho Bittencourt/Revista Fórum

Em um dos casos mais emblemáticos dos últimos anos, o jogador brasileiro Daniel Alves finalmente recebeu sua sentença. Ele foi condenado a quatro anos e meio de prisão por ter estuprado uma mulher de 23 anos, em dezembro de 2022, em uma casa noturna de Barcelona, na Espanha.

O anuncio foi feito na manhã desta quinta-feira, 21.

A sentença foi dada pela juíza Isabel Delgado na 21ª Seção de Audiência de Barcelona. O jogador terá uma pena de liberdade supervisionada de cinco anos, que será cumprida após o término da pena. Além disso, ele também terá que cumprir nove anos de afastamento da vítima, à qual ele deve pagar uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 804 mil). O ex-jogador também deve pagar as custas do processo.

A decisão foi tomada por um colegiado composto por três magistrados. A pena foi menor do que a pedida pelo Ministério Público e pela defesa da vítima, que exigiam prisão de 9 e 12 anos de detenção, respectivamente.

O jogador foi enquadrado na lei “só sim é sim”, aprovada em 2022 com o intuito de proteger mulheres de abusos sexuais.

Depoimento e nova versão

Daniel prestou depoimento no dia 7 de fevereiro, durante o terceiro e último dia do julgamento, no Tribunal Superior de Justiça da Catalunha.

O jogador chorou em seu depoimento e contou que estava muito bêbado no dia do suposto estupro. “Pedimos cinco (garrafas) de vinho, um uísque e um saquê. (Tomei) mais ou menos uma e meia ou duas garrafas de vinho, e um copo de uísque”, declarou o jogador.

O brasileiro mudou seu depoimento pela quinta vez e, desta vez, alegou abuso de bebidas alcoólicas no dia em que o crime teria acontecido. Na Espanha, o consumo exagerado de álcool é atenuante que pode reduzir a pena do crime até pela metade.

Depois disso, Daniel negou que tenha forçado a denunciante a praticar relações sexuais. “Ela estava na minha frente e começamos a relação. Lembro que ela sentou em mim. Não sou um homem violento. Não a forcei a praticar sexo oral”, disse o jogador.

A decisão final da Justiça sobre o caso deverá ser anunciada na próxima semana.

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