PF vê peculato de Bolsonaro no caso das joias e quer ouvir 10 envolvidos ao mesmo tempo

Além do ex-presidente, militar, ex-chefe da Receita e outras sete pessoas devem depor na semana que vem

O ex-presidente Jair Bolsonaro e as joias que vieram da Arábia Saudita                    Foto: Reprodução

Por Yurick Luz/DCM

O ex-presidente Jair Bolsonaro e as joias que vieram da Arábia Saudita – Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) vê indícios de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime de peculato no caso das joias recebidas da ditadura da Arábia Saudita pelo seu governo. O inquérito, entretanto, ainda não foi concluído.

De acordo com informações do Blog da Andréia Sadi, no G1, tanto Bolsonaro quanto o tenente-coronel Mauro Cid, o ex-chefe da Receita Julio Cesar Vieira Gomes e outras sete pessoas, vão ser ouvidas pela polícia ao mesmo tempo, mas em salas separadas.

Além desse episódio, o inquérito da PF apura também as circunstâncias em que dois outros conjuntos de joias dados de presente a comitivas brasileiras foram parar nas mãos do ex-mandatário quando ele deixou a presidência.

Ainda segundo a colunista, Mauro Cid, que era ajudante de ordens de Bolsonaro, quer depor por videoconferência. Já o ex-chefe do Executivo, segundo aliados, deve preferir falar pessoalmente.

Vale destacar que os advogados dos envolvidos no escândalo das joias questionam o depoimento em grupo e estudam pedir adiamento de alguns ou que, pelo menos, eles sejam feitos por vídeo.

Joias recebidas por Jair Bolsonaro da ditadura da Arábia Saudita                          Foto: Reprodução/Arte O Globo

O governo do ex-presidente tentou entrar no Brasil ilegalmente com joias avaliadas em R$ 16,5 milhões, que seriam um presente para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro. O conjunto foi apreendido pela Receita Federal com a comitiva do ex-ministro Bento Albuquerque, no aeroporto de Guarulhos (SP).

Outras dois conjuntos de joias entraram no país e foram incorporadas ao acervo pessoal do ex-capitão. Uma delas, que inclui relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, já foi devolvida à Caixa Econômica Federal na última sexta (24). O outro conjunto, que contem um Rolex cravejado de diamantes, está escondido na fazenda de Nelson Piquet, bolsonarista e ex-piloto de Fórmula 1.

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