Um pequeno incidente – logo solucionado – marcou a sessão da Câmara de Vereadores de Araioses na sessão da terça-feira, dia 23.
O caso em si se caracterizou pelo fato do professor Carlos Alexandre Sotero – Diretor do SINDSEPMA – manifestar o desejo de fazer uso da Tribuna Livre, instrumento criado através do Projeto de Resolução nº 04/2015 aprovado na sessão do dia 22 de setembro de 2015.
Ocorre que o professor não seguiu o ritual que o PR exige que seja o de fazer a inscrição três dias antes da sessão nem o revelou tema que seria abordado.
De acordo com o Projeto de Resolução Alexandre não poderia fazer uso da Tribuna Livre e foi esse o questionamento externado pelo presidente da Câmara, Luís Fernando Marão Felix – o Luisão, mas que foi contestada pelo vice- presidente vereador Arnaldo Machado, que também é vice-presidente de direito, porém mandatário maior de fato do SINDSEPMA.
A sessão foi suspensa por 10 minutos e na volta Alexandre falou após consenso na Mesa Diretora. O que disse – tendo como tema o não pagamento do 13º Salário e do pagamento dos servidores de Araioses referente ao mês de dezembro que não foi feito pela gestão do ex-prefeito Cristino Gonçalves – foi falado de forma semelhante minutos depois pelo vereador Arnaldo Machado, que se intitula defensor dessa categoria de trabalhadores.
Ao fazer uso da palavra mais tarde Luisão disse que não é intenção da prefeita Luciana Trinta não fazer esse pagamento, porém no momento a prioridade é manter os salários dos servidores em dia e que no futuro será feito um estudo da forma que esse será feito, provavelmente de forma parcelada.
O caso em si pode parecer sem grande importância, porém para a opinião pública fica a imagem de que as leis são criadas nem sempre para serem respeitadas servindo às vezes para atender interesses de uns em detrimento dos demais.
Arnaldo Machado que faz tanta questão de mostrar uma imagem de seriedade e defensor das leis, não teve o menor pudor em jogar na lata do lixo a lei o Projeto de Resolução da casa que ele representa.
Em tempo: O exemplo não é bom, pois agora qualquer outro representante de entidade pode se achar no direito de usar a Tribuna Livre da CVA sem seguir os protocolos que antecedem o ato.