Blog do Ed Wilson
A exemplo da Assembleia Legislativa, o Tribunal de Contas (TCE) do Maranhão está no foco das denúncias de funcionários fantasmas. O assunto era latente, mas veio à tona após a revelação de que o médico Thiago Maranhão, morando em São Paulo, era sinecurado no TCE com salário de quase R$ 7 mil.
Thiago é filho do deputado federal e presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP), denunciado por receber salário como professor da UEMA, sem trabalhar.
Após a denúncia do filho, que ganhou repercussão nacional, os servidores concursados do TCE sentiram-se encorajados para protestar contra outras sinecuras supostamente praticadas no tribunal.
Vestidos em camisas brancas com a frase “eu trabalho, não sou fantasma” eles fizeram uma manifestação silenciosa na porta do plenário onde os conselheiros se reuniam em sessão ordinária, cobrando a apuração de novas denúncias sobre fantasmas.
Os servidores repassaram ao Ministério Público uma lista com os nomes de 30 pessoas suspeitas de serem fantasmas e solicitaram uma investigação. Se constatadas as sinecuras, os concursados querem a imediata exoneração dos fantasmas.
De acordo com o Sindicato dos Auditores Estaduais de Controle Externo do Maranhão (Sindaecema), os 30 suspeitos de sinecura ocupariam cargos comissionados com salários de até R$ 18 mil.
FANTASMAS CRUZADOS
O TCE também está sob suspeita de acolher na sua folha de pagamento fantasmas indicados pela cúpula de outros poderes influentes no Maranhão, parentes de deputados e desembargadores.
A prática de cruzar os fantasmas tem o objetivo de desviar atenção dos órgãos de controladoria e do Ministério Público.