Delcídio diz que ‘grupo de Sarney’ recebeu R$ 30 milhões em propinas

Trecho da delação de Delcídio do Amaral citando recebimento de propina da cúpula do PMDB ligada a Sarney

Trecho da delação de Delcídio do Amaral citando recebimento de propina da cúpula do PMDB ligada a Sarney

No depoimento de delação premiada homologada nesta terça-feira (15) pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavaski, o senador Delcídio do Amaral disse  que o  ex-­ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, ligado ao ex-senador José Sarney,  coordenou recebimento de R$ 30 milhões em propinas para a construção da Usina de Belo Monte:  “Rondeau destinou ditas propinas para o grupo de José Sarney, do qual fazem parte (o ex-­ministro de Minas e Energia) Edison Lobão, o próprio Silas Rondeau, Renan Calheiros, Romero Jucá, Valdir Raupp e Jader Barbalho,” diz a delação.

O pagamento dos valores teria sido realizado “pelo consórcio de construção da usina, capitaneado pela Andrade Gutierrez”.  Delcídio  disse que “soube dessas informações por meio de várias fontes”, entre as quais  Flávio Barra, diretor da Andrade Gutierrez.

Delcídio declarou que parte dos R$ 30 milhões desviados de Belo Monte teriam ido para o Partido dos Trabalhadores sob coordenação do ex-ministro da fazenda, Antônio Palocci.

Ainda segundo Delcídio, o esquema no qual participavam Sarney, Lobão, Rondeau, além de outros senadores do PMDB, não operava apenas na Petrobras e no setor elétrico, sendo responsável pelo “monopólio de nomeações também em agências reguladoras”, cujo o objetivo seria manobrar para auferimento de vantagens pessoais.

A citação que Delcídio do Amaral faz em relação a Lobão Sarney e Rondeau, confirma outras delações nas quais o grupo ligado ao ex-senador Sarney é citado.

 Fonte: Maranhão de Gente

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