Mais de 230 mil crianças estão trabalhando no Maranhão, diz IBGE

Exploração do trabalho infantil foi flagrado em feiras de São Luís.
MA ocupa o 4º lugar do ranking nacional do trabalho infanto-juvenil.

Do G1 MA com informações da TV Mirante

9ea0b112c1d2b23adb2cd2fc83c44891030eb11dDe acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, mais de 230 mil crianças e adolescentes estão trabalhando no Maranhão. Esse índice coloca o Maranhão no quarto lugar do ranking nacional do trabalho infanto-juvenil.

A procuradora do Ministério Público Trabalho do Maranhão, Luana Lima Duarte falou sobre o assunto no Bom Dia Mirante desta segunda-feira (16). “A partir dos 14 anos o adolescente tem direito à qualificação profissional, esse direito é efetivado através da sua inserção em programas de aprendizagem. Sempre respeitando a condição especial do adolescente que é de desenvolvimento. Os adolescentes não podem trabalhar acima da jornada máxima permitida que é de 30 horas semanais.”, explicou.

Nas feiras livres de São Luís é possível ver várias crianças trabalhando. Elas oferecem os serviços de carregar sacolas e acompanhar nas feiras em troca de alguns trocados. “Criança tem que estudar, pai tem que trabalhar e sustentar já que assumiu”, diz a aposentada Carmen da Silva.  A advogada Flávia Moreira alerta para as diferenças sociais: “O problema está na diferença social, elas (as crianças) têm que ajudar em casa”, afirma.

O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que o menor de idade só pode trabalhar a partir dos 15 anos como aprendiz, desde que em um só turno, para estudar no outro. A família deve ficar atenta à exploração desse trabalho.

Ainda segundo a procuradora, em casos de exploração do trabalho infantil, é essencial buscar a implementação de políticas públicas e geração de emprego e renda para a família das crianças. “Quando o pai ou a mãe não podem suprir por razões circunstanciais, o Estado e a própria sociedade são declarados como devedores da garantia dos direitos da criança.” ressaltou.

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