O ex-vereador se referia ao fato dele já está empenhado na campanha de Paulo Neto, que será candidato a deputado estadual, que não é o que Manin Leal vai representar.

Ao discursar na solenidade em que a prefeita Valéria do Manin entregou de mais um sistema de distribuição de água, desta feita na comunidade de Tapera, o ex-vereador Dadá Coutinho acabou por revelar o que já está ocorrendo com lideranças que estavam juntos na eleição da Valéria em 2012, mas que agora algumas vão ter seus próprios candidatos a deputado estadual e federal.

Na ocasião ele disse que a eleição de deputado não vai fazer a diferença, não vai diminuir o grupo, pois na eleição municipal todos estarão juntos.

As palavras de Dadá deram o tom do que realmente já ocorre com vereadores e outras lideranças políticas que ajudaram Manin Leal eleger a filha na eleição de 2012, mas que agora por um motivo ou por outro, vão lutar para levar seus votos para candidatos alternativos. Uns apoiarão apenas o estadual do Manin, mas para federal não o acompanharão.

O caso de Dadá foi o primeiro e se justifica pelo fato desse ter seu próprio partido e tem ligações antigas com o ex-deputado Paulo Neto, a quem vai apoiar mais uma vez. Pelo que sei para federal ainda não está fechado, mas não será o de Manin Leal.

Entre os que provavelmente estarão apoiando candidaturas diferentes tem vereadores do partido comandando por Manin, mas não vão com ele, pelo menos em chapa fechada. Dizem que o compromisso deles é apoiar o governo de Valéria do Manin, mas já os candidatos do pai, nem tanto. Eles se queixam da falta de diálogo e da força extrema de pessoas de fora nas ações do governo.

Portanto, pelos sinais de fumaça vamos ter uma verdadeira cocha-de-retalhos na campanha de deputados estaduais e federais, que começa depois que juiz der o apito final no último jogo da Copa de Futebol que está em curso.

Só não conjugo é com a parte final das palavras do Dadá. Quem não vê clima para está junto agora, se nada mudar no que vem causando os descontentamentos desses, dificilmente terão vontade de estarem juntos em 2016.

Para que isso ocorra, daqui a dois anos, o “acerto” o “entendimento”, terão que ser maiores do que foram em 2012 e, nem mesmo assim, a fidelidade será a mesma, se até lá os que causam o desconforto e o descontentamento de hoje continuarem dando as cartas no poder.

Manin Leal ouviu rindo as palavras de Dadá e não pareceu preocupado com elas.