Santa Rosa FM vai funcionar em novo endereço

Oficio assinado pelo “presidente” da associação pede apenas o prédio onde ele funcionava.

Marcio Machado, como sempre, usa os outros para servir seus interesses

Depois de ler e analisar com atenção ofício assinado por Paulo Henrique dos Santos Alves, suposto presidente da Associação Comunitária de Radiodifusão Amigos do Rio Santa Rosa, que coordena a Rádio Santa Rosa FM, Daby Santos, que vem dirigindo a emissora desde o final de 2006 entendeu que não há nada que lhe diga e prove que não lhe querem mais no comando da emissora e sim apenas, que ele desocupe o prédio da família Machado onde ela funcionava.

Diante disso já tomou a iniciativa de conseguir junto a população de Araioses as condições e os recursos para que a emissora funcione em outro lugar. Do prédio já existe a oferta de dois locais e os recursos para a construção de uma torre, onde será colocada a atenta do sinal da rádio começam a ser coletados em breve.

Outra providencia – via Justiça – que vai ser tomada é sobre a legitimidade do corpo de sócios e diretoria da e emissora. A rádio é comunitária, portanto de todos, do povo, mas no caso da Santa Rosa não é bem assim que as coisas têm funcionado.

Marcio Machado é o “dono” da entidade atualmente. Ele tomou o controle da associação em 2006, em função da falta de atenção ou interesse de membros da família Pires, os primeiros a ter o mando. Terminou o mandato da Associação e essa como ficou acéfala permitiu que Marcio, num golpe de esperteza, tivesse o controle da mesma.

Entre sorrisos, ele mesmo contou a Daby Santos como conseguiu passar a perna nos Pires. Essa conversa foi no final de 2006, quando ele esteve em sua casa para convidá-lo a dirigir a emissora. Ele estava no poder municipal, pois tinha sido – segundo ele – uma peça muito importante para eleger Zé Tude em 2004. É muito comum nessas situações as coisas ficarem mais favorecidas para quem está no poder.

Ele percebeu que reunindo o pessoal dele (da família Machado) com mais uns outros, poderiam eleger uma nova diretoria para comandar os destinos da rádio. Não houve assembleia como determina a lei e o estatuto de todas as entidades dessa natureza.

O esquema foi pegar a assinatura desses sócios como se eles tivessem presentes a assembleia fantasma. Isso foi feito e para dar um tom de legalidade a “assembleia” foi publicado num local visto por poucos, no jornal Pequeno de São Luis, o “Edital de Convocação” da assembleia que nunca houve.

O Jornal Pequeno foi escolhido porque era o veículo de comunicação ideal para esse tipo de coisa. Não circulava em Araioses e essa parte onde são feito esse tipo de publicação só quem tem interesse no assunto procura alguma coisa lá.

Daby ainda perguntou ao Marcio se aquela situação não poderia ser anulada, pois não teria como os Pires não tomarem conhecimento de que eles estavam fora do poder da associação. Dando altas gargalhadas e se mostrando ser uma pessoa muito esperta, disse que naquela data já não tinha mais como os Pires fazem nada, porque o tempo de qualquer ação na justiça já tinha passado. Em outras palavras não havia mais tempo para os Pires recorrer.

O mesmo método foi usado por Marcio para mudar o estatuto que do jeito que estava – onde só tinha direito a voto os sócios fundadores, num total desrespeito a lei que criou as rádios comunitárias e a Constituição – ele corria o risco de perder o controle da entidade e mais tarde uma nova “assembleia” foi feita para eleger o atual Conselho Administrativo, órgão gerenciador da Associação.

A Associação Comunitária de Radiodifusão dos Amigos do Rio Santa Rosa foi fundada em 1998, quando Chagas Paixão era o prefeito de Araioses. Foi uma jogada para tirar do páreo a Rádio Delta FM, fundada sob o comando de Daby Santos, que na política se opunha a aquele governo.

Foi feito uma entidade como se fosse um a Sociedade Anônima, uma empresa comercial, com um estatuto inconstitucional que só passou no crivo do Ministério das Comunicações porque era da comissão das rádios comunitárias no Congresso Nacional, o ex-deputado César Bandeira, ligado a Marcio Machado, onde não valeu o comprimento da lei e sim o favorecimento politiqueiro.

Fazia parte do grupo de sócios e do Conselho de Administração membros da família Pires, da Família do prefeito Chagas Paixão e membros da família Machado. Tudo em família como se pode ver em total desrespeito da pluralidade da lei que regulamenta as emissoras comunitárias.

Abaixo o ofício que pede o prédio onde funcionou a Rádio Santa Rosa FM:

Formação do atual Conselho de Administração

1-    Paulo Henrique dos Santos Alves

2-    Wallace Gomes Pereira

3-    Clauder de Jesus Machado Furtado de Mendonça

4-    Orlando Ferreira da Silva

5-    Wanderley José de Carvalho

6-    João de Deus Sousa Machado Filho

7-    Marcio Ribeiro Machado

Como se pode ver, o que já foi propriedade de três famílias, agora é só de uma, a família Machado, senão vejamos:

Paulo Henrique dos Santos Alves é casado com Eliza Machado, irmã de Clauder de Jesus Machado Furtado de Mendonça, outro conselheiro, ambos são primos de Marcio Machado. Wanderley José de Carvalho também é casado com um a prima legítima de Marcio Machado. João de Deus Sousa Machado Filho é tio de Marcio Machado.

Wallace Gomes Pereira e Orlando Ferreira da Silva não são da família, mas estão lá para dizer sim a Marcio. Wallace é parceiro e cúmplice nos interesse do chefe e Orlando Ferreira toma conta da casa da família, que fica a maior parte do tempo fechada, e faz para eles pequenos serviços como pintura e reforma.

O prédio, na Rua 7 de setembro, onde funcionou a rádio também é dos Machados e por fim Marcio Machado, o Chefão, completa a lista dos conselheiros eleitos por assembleia que nunca existiu.

Na era Machado o primeiro presidente da Diretoria Executiva foi o Dr. José Machado, pai de Marcio. O segundo foi o próprio Marcio Machado que renunciou recentemente da “presidência” e pôs no lugar dele Paulo Henrique dos Santos Alves com a missão de jogar fora Daby Santos da rádio e que por ser o menos endinheirado do grupo, não teria como pagar na justiça os direitos de Daby Santos caso ele a procure para tal fim.

Marcio Machado já havia sinalizado que ia fazer alguma coisa para tirar Daby Santos do comando da rádio. Em e-mail recente ele deixou essa intenção clara e só não a fez porque estudava um meio de colocá-lo para fora sem lhe pagar nada e também porque temia os efeitos políticos desastrosos contra si.

O ofício entregue a Daby pede que ele desocupe o prédio não o destitui de continuar tocando a rádio, como tem feito nos últimos cinco anos. Trecho do e-mail do Marcio diz: “Depois de uma consulta aos conselheiros, resolvemos fazer uma parceria. Onde a associação entraria com a licença legal homologada pelo Ministério das Comunicações e o grupo da radio Delta FM, da qual você fazia parte (na época), entraria com os equipamentos”. Como vêem nada mudou, pois não existe nenhum documento que aponte nessa direção.

Por trás dessa manobra de derrubar Daby Santos está Márcio Machado que já faz oposição a Valéria do Manin antes mesmo dessa assumir o cargo, que ocorrerá em 1º de janeiro que se aproxima. O povo araiosense sabe disso e se mobiliza para derrubar na Justiça o que foi feito ao arrepio da Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998.

Num momento histórico onde esse povo derrubou do poder Luciana Trinta, tida como a Toda Poderosa, o povo não vai admitir que a sua rádio seja controlada por quem não pensa nele e não está nem aí para a sorte dele.

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