Polícia Civil prende mulher suspeita envenenar genro

Uma ação da Polícia Civil, em Centro Novo do Maranhão, resultou na prisão de uma mulher suspeita de colocar veneno para matar rato na comida do genro. Maria de Jesus Santos, de 54 anos, foi detida em cumprimento a um mandado de prisão expedida pelo juiz Joselmo Sousa, da Comarca de Cândido Mendes. Participaram da captura, policiais civis de Cândido Mendes, sob o comando do delegado Raimundo Batalha, em conjunto com a delegacia de Maracaçumé.

Maria de Jesus, segundo informações policiais, teria assassinado no último mês de agosto, o lavrador Janes da Silva Marques, de 20 anos, que era casado com uma de suas filhas. O crime ocorreu no povoado Vai Quem Quer município de Cândido Mendes. A Viúva Negra como é conhecida na região foi localizada em sua própria residência no povoado Chega Tudo, município de Centro Novo do Maranhão.

De acordo com o delegado, ela é investigada como principal suspeita de cometer outros seis homicídios, na qual as vítimas foram seis ex-maridos. Para a Polícia, ela sempre utilizava o mesmo modus operandi.

Em depoimento à Polícia sobre a morte do seu genro Janes da Silva Marques, a suspeita afirmou que o matou por não ter gostado dele ter ameaçado bater no seu filho, neto dela, e que no mesmo dia teve vontade de assassiná-lo. Ela esperou o momento de servir o jantar para colocar o chumbinho” em sua comida. Horas depois a vítima começou a agonizar e morreu. Ela própria acionou os familiares da vítima para informar que ele estava passando mal. Após ser liberada mediante alvará de soltura, a acusada foi procurada pela Justiça no endereço informado no processo, mas não foi localizada, razão pela qual foi expedido o mandado de prisão.

 

Comprovação

Em relação ao crime contra o genro, Maria de Jesus ainda chegou a ser presa em flagrante delito, porém a prisão foi homologada pela Justiça, por falta de exame cadavérico. Como o crime ocorreu em uma localidade muito distante e de difícil acesso. Num primeiro momento a morte foi tida como natural, só ao amanhecer do dia seguinte à morte é que os parentes suspeitaram de envenenamento e nos acionaram. Quando chegamos ao local, o cadáver já tinha sido sepultado e assim o auto flagrancial não teve o exame cadavérico, pelo que o Juiz entendeu que era precipitado manter a prisão e por isso a liberou para que respondesse o processo em liberdade, mediante o compromisso de comparecimento a todos os atos do processo”, detalhou o delegado Raimundo Batalha.

Para que houvesse a comprovação do envenenamento, a perícia criminal realizou a exumação do cadáver. Com o exame cadavérico, foi encontrado nas vísceras da vítima o veneno para matar rato, atestando que se tratava não de morte natural, mas sim de envenenamento, complementou o titular da delegacia de Cândido Mendes.

 

Outros crimes

Na época do crime levantou-se a suspeita de que a acusada já tivesse matado ao menos seis ex-maridos, segundo a Polícia. Os casos ainda estão sendo sob investigações. O delegado contou que o inquérito é complexo, pois as testemunhas quando são intimadas a depor, sempre tem receio de fornecer informações, o que impossibilita a comprovação das suspeitas.

Para a polícia, na época da sua primeira prisão ela chegou a confessar a morte do seu ex-marido Djalma dos Reis, com quem conviveu por 18 anos e teve nove filhos, morto há oito anos e de Raimundo de Paulo, com quem teve um relacionamento de um ano, morto em março de 2009. Maria de Jesus Santos se encontra recolhida na Delegacia de Cândido Mendes, à disposição da Justiça.

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