Décadas atrás, um vereador de Araioses – que gozava de muito prestígio com alguns policiais, que ignoravam as prerrogativas da função e se prestavam a práticas ilícitas – era muito conhecido por uma atividade que nada tinha a ver com suas funções parlamentares.
Ele costumava fazer uso dessa ligação com algum policial de péssimo exemplo, para dizer a ele que prendesse determinada pessoa – onde a escolha da vítima sempre tinha a ver com a ignorância dessa – que desconhecia seus direitos constitucionais.
Após o ato a família do encarcerado procurava o vereador, que tinha fama de ter prestígio com a polícia para soltá-lo, o que ocorria em seguida.
A família que nada desconfiava da trama que antes fora feita entre vereador e policial ficava muito grata e logo garantia o voto para o edil na seguida eleição.
Blitz Mandrake
Uma blitz da Polícia Rodoviária Estadual do Maranhão no fim da tarde e inicio da noite desta quarta-feira (27) na Avenida Paulo Ramos, traz de volta a lembrança desse triste e obscuro passado da política de Araioses.
A Polícia Rodoviária Estadual é subordinada ao governador Brandão e há informações de que a ordem para a realização da operação que apreendeu vários veículos – acreditem ou não – partiu de dentro do Palácio dos Leões, a mando de um “homem forte“ do governo.
Dizem também que a intenção era prejudicar ainda mais a imagem da prefeita Luciana Trinta, já que o local escolhido para se fazer à blitz foi em frente à Escola Tudes Cardoso.
Porém, depois de algum tempo em que muitos donos de motos já tinha sido informados que seus veículos seria levados para o pátio do Detran em Chapadinha, veio a ordem do mesmo homem forte do governo para liberar as motos.
Sendo verdade o que comentam, o homem forte é um dos apoiadores da candidatura da ex-prefeita Valéria Manin Leal, que sonha dormindo e acordada em voltar ao comando da prefeitura araiosense.
Seria o obscuro passado de Araioses de volta?
No final da década de 1990, alguém com esse mesmo DNA, que mora em São Luís conseguiu viabilizar uma operação clandestina do antigo DETEL – hoje ANATEL – para apreender o transmissor da Rádio Delta FM, com menos de um mês no ar.
Não conseguiu porque houve reação inicial de seu diretor sendo logo a seguir apoiado por centenas de pessoas que souberam do que estava ocorrendo com a rádio.
Só para ilustrar, nenhuma operação de fiscalização da ANATEL é realizada em tempo menor de seis meses.
Já pensaram esse tipo de gente no poder?