Trama golpista: Forças Armadas estão preparadas para aceitar prisão de ex-militares; entenda

O recado foi passado por integrantes da cúpula militar para magistrados que podem decidir futuramente pela prisão

Comandante da Marinha Marcos Sampaio Olsen bate continência para o presidente Lula, em evento no Planalto. Foto: Pedro Ladeira

Por Yurick Luz – DCM

Comandante da Marinha Marcos Sampaio Olsen bate continência para o presidente Lula, em evento no Planalto. Foto: Pedro Ladeira

As Forças Armadas estão preparadas para enfrentar a possibilidade de prisão de ex-militares de alta patente envolvidos em irregularidades ou tentativas de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder, conforme informações da Folha de S. Paulo.

A mensagem foi transmitida por membros da cúpula militar para juízes que poderiam decidir sobre tais prisões, bem como para ministros do governo Lula, atual comandante supremo das Forças.

De acordo com fontes do governo federal, há um consenso de que a prisão deve ser aceita sem tumultos e até mesmo considerada necessária para evitar que atos considerados criminosos pela Justiça contaminem outros membros das Forças Armadas com desconfiança.

Atos Golpistas de 8 de janeiro de 2023. Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

A possibilidade de prisão tornou-se mais iminente e está sendo discutida abertamente após a operação de fevereiro, que teve como alvos Bolsonaro e os generais Augusto Heleno e Braga Netto, entre outros.

Além disso, no mês passado, o Exército Brasileiro iniciou os preparativos para acomodar possíveis detidos por tentativa de golpe de Estado, investigada pela Polícia Federal. Um alojamento no Comando Militar do Planalto foi adaptado para essa finalidade durante os depoimentos prestados à PF por Bolsonaro, ex-ministros e militares.

A preocupação principal era com a possível prisão de militares de alta patente sob investigação. Como Bolsonaro é um capitão reformado do Exército, poderia optar por permanecer em uma unidade militar se fosse detido.

Vale ressaltar que o Exército já teve que improvisar celas para receber militares, como o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

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