Atualmente no no “caixote” está a Secretaria de Turismo de Araioses
O gestor que não conserva nem preserva os bens públicos de uma cidade dá inequívoca prova de que além de não amá-la, também não a respeita.
A prefeita Luciana Trinta está entre esses e há significativos exemplos a comprovar, como o caixote que ela construiu no prédio que já abrigou a biblioteca Humberto de Campos, que no passado nele funcionou a usina de luz.
Ele foi reformado no governo de Vicente de Paula Moura (1993/1996), que transformou o que era ruinas, numa bela construção, mas o fez com todos os cuidados de manter as características originais.
Mas antes disso a família Trinta já tinha tomado posse da Praça do Mercado – nesse caso com autorização do ex-prefeito José Cardozo do Nascimento (já falecido), onde construíram o Hospital Regional, que não atende as carências de saúde do município, porém politicamente tem sido um ótimo cabo-eleitoral sem se falar no lado financeiro.
As ruínas do antigo prédio da Usina de Luz foram transformadas no prédio da Biblioteca Municipal de Araioses pelo o ex-prefeito Vicente Moura
O hospital além de tomar toda área da Praça do Mercado – no cruzamento da Avenida Paulo Ramos com a Rua Emídio Veras – onde havia muitas atividades, também tomou uma parte da Rua 28 de Julho e outra da Emídio Veras. A justiça já mandou desobstruir a rua o que nunca ocorreu, onde o termo ordem judicial não se questiona se cumpre, para a família Trinta não passa de papo furado.
A Praça do Mercado faz parte da história de Araioses que bem poucos sabem, mas que devia ter sido preservada, porque assim é o que ocorre pelo mundo a fora.
Porém o mostrengo que ela colocou em sua primeira gestão (2009/2012) no lugar da nossa antiga biblioteca, não pode deixar de ser vista já que se localiza em local muito visível para quem chega na cidade ou frequenta a área da Arena do Viva.
No local do prédio de bela arquitetura a prefeita Luciana Trinta (primeiro mandato) construiu um mostrengo
O que ela fez como nosso patrimônio histórico jamais seria aceito que algum gestor fizesse em São Luís, a cidade onde ela nasceu e mora. Em Parnaíba/PI também não, assim como tal fato não ocorreria em outras cidades maranhenses e de outros estados.
Mesmo com todos esses anos que aquele monstrengo desarmoniza a paisagem de nossa cidade, ainda a tempo de se acionar a justiça para que ela proceda a uma reforma no prédio devolvendo o traçado de sua arquitetura original.
Ela não pode sair da nossa prefeitura sem concertar o estrago que fez, assim também como a justiça deve mostrar que deve ser respeitada impondo-lhe a ordem de desobstruir – agora – a Rua 28 de Julho.
Ruínas do antigo prédio da Usina de Luz
No tempo…
Na época do desrespeito com o nosso patrimônio histórico/arquitetônico a classe política araiosense não se manifestou, porém neste ano – por algumas vezes – o vereador Arnaldo Machado tem se posicionado contra esse atentado, que urge ser reparado.
Fotos: Daby Santos/IBGE/Redes Sociais
Justa, legítima e pertinente a posição deste blog contra o descaso da prefeitura com a preservação do referido prédio pela sua importância histórica e cultural para o município e toda a região.
A história de um povo e seu município é fixada através dos tempos pela memória cultural, que se expressa, sobretudo na arquitetura de prédios, nomes de ruas e praças, monumentos e paisagens, bem como nas formas de celebrações populares, usos, costumes, crenças e tradições daquele lugar.
Esses elementos, em conjunto, formam o Patrimônio histórico-cultural de uma região e sua gente. É preciso preservá-los, pois são as referências históricas de uma cultura. Sem eles, o povo se desliga de suas raízes, perde a sua identidade.
A memória cultural é uma valiosa e necessária bagagem para a construção do futuro.
Espera-se que o malfeito seja reparado.