A avaliação dos militares é que a eventual prisão não será capaz de gerar mobilizações entre os membros da reserva
Por Yurick Luz/DCM
Após a operação das joias sauditas deflagrada pela Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste mês, até mesmo a cúpula das Forças Armadas acredita que o destino do ex-mandatário será a prisão.
A avaliação entre os militares é que uma eventual prisão de Bolsonaro não terá “reflexo algum” nas Forças e não será capaz de gerar mobilizações entre os membros da reserva. A informação é da colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
Vale destacar que o apoio ao ex-capitão também diminui com as provas que vieram à tona envolvendo Bolsonaro e outros militares na compra e venda ilegal das joias recebidas da ditadura saudita pela gestão bolsonarista.
Além disso, alguns integrantes das Forças chegam a fazer um “mea-culpa” e apontam a escolha de nomes da caserna “excessivamente subservientes” ao ex-chefe do Executivo como um dos motivos de sua possível prisão.
O escândalo das joias teve a participação de diversos assessores e militares, entre eles o ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid, que está preso desde maio, e o seu pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid.
No PL, partido do ex-capitão, a expectativa sobre a possível prisão também não é das melhores. Diante disso, a sigla já trabalha com um cenário para as eleições municipais de 2024 com Bolsonaro atrás das grades.