Com medo de ser preso, presidente faz mistério sobre destino e deve partir na quinta-feira (29)
Por Kaique Moraes/DCM
Um auxiliar próximo ao presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que ele viaja aos Estados Unidos ‘sem passagem de volta’. Ele também afirmou que a primeira-dama Michelle Bolsonaro não o acompanhará, segundo informações do colunista Rodrigo Rangel, do Metrópoles.
“É, por enquanto, uma viagem só de ida, sem passagem de volta. Ele tomou a decisão (de viajar para os Estados Unidos) baseado em teorias da conspiração desse grupo de militares que fica buzinando no ouvido dele 24 horas por dia, sete dias por semana”, informou o auxiliar de Bolsonaro, de maneira reservada. “Esse grupo pilhou o presidente dizendo que se ele ficasse no Brasil teria o passaporte retido a partir do dia 1º de janeiro e, depois, seria preso. E ele acreditou”.
“Esses caras são uns medíocres, despreparados. Só que são mais ouvidos do que outros assessores porque passam dia e noite ao lado dele. Se metem em tudo. Por estarem mais perto, conseguem convencê-lo”, disse.
Na tarde do dia 15 de dezembro, o ex-capitão declarou para senadores que teme ser preso após deixar o governo por ordem do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), informou um líder do governo no Senado.
Até então, o mistério sobre para onde deve ir o mandatário quando embarcar no jato da Força Aérea Brasileira (FAB), que está reservado para ele, ainda segue sem respostas. O avião deve decolar na próxima quinta-feira (29) e o ex-capitão está cogitando a ideia de se hospedar na casa de um fazendeiro nos Estados Unidos.
Bolsonaro pode rever o plano de viajar para Mar-a-Lago, o resort do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas alguns aliados acreditam que ele deve manter o cronograma. A primeira-dama teria dito que não quer ir com ele.