Felizmente temos Lula (por Cristovam Buarque)

Lula demonstra que está mais experiente e em condições de corrigir equívocos durante seus dois governos

Reprodução/Redes Sociais;/Ricardo Stuckert

Blog do Noblat/Metrópoles

O Brasil está sem coesão no presente e sem rumo para o futuro. Entre os candidatos atuais à Presidência da República, Lula tem mais habilidade, liderança e experiência para reunir políticos de diversos partidos, empresários e trabalhadores, universitários e iletrados, ambientalistas e agronegócio, com o intuito de buscar esta coesão. Demonstra mais capacidade para usar esta coesão com o propósito de retomar rumo para o Brasil: aproveitar as janelas de oportunidade que a crise mundial oferece e usar os recursos que dispomos para a promoção de um desenvolvimento sustentável, justo, democrático e com eficiência.

Nos oito anos em que foi presidente, governou com responsabilidade fiscal, compromisso social e presença internacional, liderando um dos períodos mais promissores de nossa história republicana, ao dar continuidade ao que ex-presidentes como Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso haviam iniciado. Teve comportamento democrático exemplar com respeito a todas ideias e credos religiosos.

A escolha de Geraldo Alckmin para seu Vice-Presidente é o conserto do grande erro político dos democratas progressistas, ao se oporem, em vez de se concertarem, entre 1992 e 2018.

Ao fazer esta opção, Lula demonstra que está mais experiente e em condições de corrigir equívocos durante seus dois governos. As acusações específicas contra ele foram todas anuladas em função de falta de provas e da constatação de suspeição sobre os agentes da justiça que o julgaram.

Ele é o candidato com mais capacidade para barrar o salto no abismo que seria a reeleição do atual governo.

Estas razões são suficientes para que, mesmo críticos, Alckmin e eu, disputamos a presidência contra ele, em 2006, reconheçamos que, em 2022, felizmente temos Lula.

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