PF: Bolsonaro agiu de forma ‘direta e relevante’ para gerar desinformação sobre o sistema eleitoral

A Polícia Federal (PF) enviou um relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que acusa o presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) de atuar de maneira “direta e relevante” para gerar desinformações sobre o sistema eleitoral.

Em Brasília, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) segura uma caneta durante um evento, em 13 de dezembro de 2021 – © Folhapress / Pedro Ladeira

Sputnik News Brasil

Conforme publicou o portal G1, o relatório da PF foi enviado ao Supremo no dia 13 de setembro deste ano como parte da investigação que apura notícias falsas veiculadas por Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas.

Segundo a chefe do inquérito, a delegada Denisse Riberio, o presidente brasileiro aderiu a um padrão de atuação utilizado por membros de governos estrangeiros.

Ainda segundo a PF, a estratégia de comunicação utilizada por apoiadores de Bolsonaro replica um modelo utilizado nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, em 2016.

Ataques às urnas eletrônicas

Bolsonaro já declarou diversas vezes ao longo de seu governo que o sistema eleitoral brasileiro não é confiável devido ao uso das urnas eletrônicas, acusando de fraude o próprio pleito que o elegeu em 2018.

Há alguns meses, Bolsonaro chegou a chamar a imprensa afirmando que apresentaria provas das supostas falhas na urna eletrônica, mas apenas repercutiu informações mentirosas durante uma transmissão ao vivo. Segundo a PF, essa transmissão foi precedida por reuniões e “busca consciente” por dados tendenciosos.

Homem segura cartaz durante protesto a favor do presidente Jair Bolsonaro e voto impresso, realizado na cidade de Belém, Pará, em 1º de agosto – © Folhapress / Marx Vasconcelos /Futura Press

Em agosto deste ano, devido aos ataques do presidente contra as urnas eletrônicas, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, decidiu incluir Bolsonaro na investigação sobre notícias falsas, que já corre no Supremo.

A proposta de introdução do voto impresso no Brasil, defendida por Bolsonaro, foi rejeitada no Congresso Nacional.

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