Por Marcelo Hailer, na Revista Fórum
Em uma série de tuítes, o médico Eric Feigl-Ding, um dos primeiros a alertar de que o então desconhecido coronavírus passaria de uma epidemia para pandemia, e responsável pelos dados sobre a Covid-19 divulgados pelo monitor da Universidade Johns Hopkins, fez um alerta para a situação do Brasil, disse que é necessário “salvar o país” e fez duras críticas a postura do presidente Bolsonaro frente à pandemia.
“Se o Brasil cair para #P1 (referência a variante do coronavírus de Manaus) ainda pior… o mesmo acontecerá com uma parte da América Latina e do mundo. E por isso que devemos resgatar o Brasil com urgência, agora. Bolsonaro que se dane”, declarou o médico com PhD em saúde pública.
15) If Brazil falls to #P1 even worse… so does likely a large chunk Latin America and the world. This is why we must come to rescue of Brazil urgently now. Bolsonaro be damned.
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— Eric Feigl-Ding (@DrEricDing) March 22, 2021
A partir de uma reportagem da CNN americana, Feigl-Ding relata a situação crítica de alguns estados brasileiros, com destaque para São Paulo e comenta sobre a falta de política do Ministério da Saúde.
“O departamento de saúde do estado de São Paulo previu que os estoques de medicamentos usados para intubação em hospitais públicos durariam apenas mais uma semana – está exigindo “medidas expressas e urgentes” do Ministério da Saúde do Brasil – que não respondeu aos repetidos pedidos de comentários”, criticou.
2) Meanwhile, Sao Paulo state health department predicted that public hospitals' stocks of drugs used for intubation would only last another week—it is demanding "express and urgent measures" from Brazil’s Health Ministry—which did not respond to repeated requests for comment.
— Eric Feigl-Ding (@DrEricDing) March 22, 2021
Em outro momento, o médico pesquisador falou sobre a escassez dos medicamentos para entubamento. “MEDICAMENTOS DE INTUBAÇÃO ELIMINADOS: uma cidade brasileira diz que pode ser forçada a retirar os ventiladores de pacientes # COVID19 devido à escassez de medicamentos usados para intubação. Em todo o país, remédios para intubação acabam em 1-2 semanas – hospitais privados acabando esta semana”, alertou.