Moro se humilha e muda tom de postagem no Twitter para agradar Bolsonaro

Bolsonaro e Sérgio Moro – Foto: Divulgação/MJSP

Por Lucas Vasques

Revista Fórum – O relacionamento entre Jair Bolsonaro e Sérgio Moro, de fato, traz uma surpresa a cada dia. O ministro da Justiça, agora, deixou a vaidade de lado e resolveu se humilhar, ainda mais, em suas redes sociais, para se segurar no cargo.

Neste sábado (25), ele publicou em seu Twitter uma postagem que deixa claro sua subserviência ao presidente e falta de autonomia para exercer suas funções.

“Seguindo orientação do PR (presidente) Jair Bolsonaro, estamos sendo firmes com o crime organizado, isolando as lideranças em presídios federais. Em 2019, ingressaram mais criminosos nos presídios do que saíram. Em 2018, havia sido o oposto”, tuitou Moro.

O ministro, nitidamente, mudou o tom e sua forma de tratar Bolsonaro, pelo menos nas redes sociais.  A frase “seguindo orientação do PR” não era usada por ele em suas postagens.

A mensagem surgiu no final de uma semana tensa entre os dois. Após entrevista de Moro no programa Roda Viva, exibido na TV Cultura, segunda (20), Jair Bolsonaro, descontente com o comportamento do seu ministro, ventilou a hipótese de desmembrar o Ministério da Segurança Pública da pasta da Justiça, com o objetivo de tirar poder do ex-juiz.

Ao saber das pretensão do presidente, Moro teria ameaçado deixar o governo, o que teria feito Bolsonaro recuar da decisão, embora tenha dito que não descarta a separação de pastas no futuro.

O choro

Bolsonaro e Moro vivem uma relação de amor e ódio não é de hoje. No dia 14 de janeiro, o blog do Rovai publicou que por muito pouco o ex-juiz não foi demitido do governo.

“No dia em que foi avisado por um dos ministros militares que seria demitido por Bolsonaro, Moro ficou atordoado. Calou-se por uns minutos, ficou olhando para o alto, como se tivesse perdido o chão, e ao voltar a encarar o interlocutor, lacrimejava”.

Fritura

O embate entre ambos promete novos capítulos. Neste sábado (25), em entrevista à TV Bandeirantes, Bolsonaro manteve a linha do “quem manda sou eu” e declarou que não precisa “fritar” seus ministros caso queira demiti-los.

“Eu não preciso fritar ministro para demiti-lo. Nenhum ministro meu vive acuado com medo de mim. Minhas ações são bastante pensadas e muito bem conversadas antes”, disse.

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