A crise e a Educação: inscrições do Enem caem 41% em cinco anos

Por Fernando Brito no TIJOLAÇO

Os inscritos para o Enem 2014 foram 8,7 milhões.

Em 2019, cujas inscrições terminaram ontem, 5,1 milhões.

Sim, é isto mesmo: em cinco anos, o número de jovens que buscaram o acesso ao ensino superior caiu quase a metade: redução de 41%.

É a crise, claro, colocando a busca – em geral, infrutífera – por uma vaga no mercado de trabalho à frente da busca por uma vaga na Universidade.

Mas é também o endureciento das regras do Fies, baixou de 700 mil para menos de 100 mil contratos no ano passado, quando foi oferecido este número de financiamentos sem juros para estudantes.

Número que se repete este ano e, já anunciou o MEC, não crescerá nos próximos.

É quase certo, também, que as brutais restrições orçamentárias ao ensino público superior torna impossível aumentar as vagas universitárias e quase certo, ao anontrário, que muitas instituições federais tenham de reduzí-las, em algum grau.

Some a isso a evasão escolar no ensino médio por razões sócio-econômicas e não há como ter um prognóstico otimista.

Os homens que sabem tudo e ditam regras sobre a necessidade de aumentar a produtividade, de qualificar, de “modernidade” são os mesmos que estão tirando nossos jovens da escola.

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