Por Fernando Brito no TIJOLAÇO
O ato de Sérgio Moro colocando a Força Nacional de Segurança de prontidão para atuar na manifestação de indígenas marcada para a semana que vem, na Esplanada dos Ministérios é, além de revelador de sua intolerância, uma tremenda “casca de banana” para o ex-juiz, jogada por ele mesmo.
É claro que o fez por ordem de Jair Bolsonaro, que atacou o encontro dos indígenas, segundo ele pago por dinheiro público. Como seria este pagamento, claro, não disse e a coordenação do movimento nega, afirmando que seus recursos provêm de doações e de uma “vaquinha virtual”
Poderia ter articulado uma solicitação do Governo do Distrito Federal para dar apoio à Polícia Militar, mas se pôs à frente de um possível confronto, no qual, pelo que conhecemos de nossas forças policiais, pode descambar fácil, fácil, para violência.
E machucar índios, embora tenha sido uma das práticas prediletas da chamada “civilização ocidental” nos últimos séculos, hoje, é passaporte fácil para o território da maldição na mídia internacional, onde Moro está acostumado a ser incensado.
Vai fazer companhia a Bolsonaro como persona non grata em universidades e encontros internacionais.
“Rugas com a congi” é só uma brincadeira perto da encrenca que isso será.