O mínimo que Lula merece é ser deixado em paz

Por Fernando Brito no TIJOLAÇO

Todo o escandaloso noticiário sobre a saída do ex-presidente Lula para assistir o enterro de seu neto Arthur é só uma prova da morbidez da elite brasileira.

É evidente que se trata de uma cerimônia da família onde, se alguma coisa houver, não terá partido de uma ação organizada ou muito menos comandada por Lula.

Mas eles tremem de medo só em pensar que Lula possa ser visto outra vez. Ou que fale a alguém, amigos ou repórteres.

Desta vez, ainda bem, não repetiram a indignidade ocorrida na morte do irmão mais velho de Lula, quando só houve autorização depois do enterro e, ainda, não para ir ao cemitério, mas para que o corpo fosse trazido até ele, num quartel.

Lula estaria podendo viver em paz pelo menos este momento de dor, mas a elite  e os bolsões fascistas só pensam nele, consumidos pela culpa por esta injustiça.

O filho de um presidente da República ir às redes vociferar contra o direito de um avô chorar o neto morto é das coisas mais abjetas que já vi, mas se explica pelo fato de que, se o ministro da Justiça de Bolsonaro não tivesse condenado Lula, o pai-capitão não seria presidente.

Neste momento, Lula precisa de paz. Qualquer outra coisa é desumana, e há já desumanidade demais no Brasil.

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