Flávio Dino dialoga sobre produção de comunidades quilombolas com embaixador da União Europeia

dino-embaixadorGovernador Flávio Dino, embaixador da União Europeia no Brasil, João Cravinho, secretário de Estado da Igualdade Racial, Gerson Pinheiro, e representantes da ACONERUQ em encontro no Palácio dos Leões – Foto/GilsonTeixeira

O embaixador da União Europeia (UE) no Brasil, João Cravinho, está no Maranhão para acompanhar o trabalho da entidade no projeto Ká-Amubá – Promoção de Tecnologias de Economia Solidária em áreas de Quilombos. Nesta quinta-feira (30), o embaixador foi recebido pelo governador Flávio Dino, no Palácio dos Leões, para externar apoio ao desenvolvimento para todos, mesma diretriz implantada pelo Governo do Estado, e firmar futuras parcerias para expansão dos investimentos da UE no Maranhão.

Esta é a primeira vez que João Cravinho visita o projeto Ká-Amubá, implementado em parceria com a ACONERUQ – Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Maranhão, que beneficia 17 comunidades quilombolas maranhenses com investimentos de cerca de R$ 3 milhões. Em vistoria à comunidade do Quilombo Felipa, no município Itapecuru-Mirim, o embaixador enfatizou que olha “para o Maranhão como um estado que tem dificuldades históricas e potencialidade tremenda”.

O governador Flávio Dino agradeceu a presença do embaixador João Cravinho no Maranhão e os investimentos que a União Europeia tem feito para o desenvolvimento das comunidades quilombolas, com políticas que vão de encontro às prioridades do Governo, de fomentar a revolução produtiva, rompendo a economia de enclave e privilegiando o fortalecimento da produção familiar.

“São duas as prioridades do Governo: produção e educação. Nós temos uma série de iniciativas atinentes a esses dois pilares. Mas não podemos fazer isso sozinhos. Por isso que essas parcerias com empresas privadas, organismos da sociedade civil, entidades supranacionais e internacionais são muito importantes”, disse o governador ao embaixador da EU.

De acordo com João Cravinho, os projetos da União Europeia no Maranhão têm como objetivo aumentar e melhorar a produção agrícola, a capacidade de chegar ao mercado, os aspectos sanitários e dar aos quilombolas a dignidade que merecem.

“É interessante vir ao Maranhão, ouvir o governador, e alinhar uma parceria para promover o desenvolvimento. Eu acredito em uma coisa: dada a especificidade geográfica do Maranhão, promover o desenvolvimento aqui significa dar um salto no desenvolvimento do Brasil. Logo é muito interessante ter uma parceria estreita e forte no Maranhão”, reiterou Cravinho.

O secretário de Igualdade Racial, Gerson Pinheiro, acompanhou a visita dos dirigentes da UE ao projeto Ká-Amubá e destacou que a iniciativa se encaixa no modelo de desenvolvimento que o governador Flávio Dino busca para o Maranhão, a partir da vocação de cada comunidade. “O que nós queremos agora é estender essa parceria para outras comunidades maranhenses”, reiterou.

Comunidades agradecem apoio da UE e do Governo

Representantes da ACONERUQ e da Cooperquilombola estiveram presentes na visita do embaixador João Cravinho ao Palácio dos Leões e agradeceram o governador Flávio Dino pelas várias políticas de apoio à produção que estão sendo desenvolvidas no Maranhão, a exemplo dos kits de irrigação distribuídos e da assistência técnica promovida pela Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão – AGERP.

Para o presidente da ACONERUQ, Raimundo Costa, os apoios recebidos tem sido essenciais para a o aumento da produção. “A gente nunca teve esse apoio, a gente foi esquecido e estamos agora trabalhando de forma legal para poder aparecer na produção. Agora a semente está chegando no tempo certo. Antes, chegava na hora errada. A gente já sente a diferença”, explicou.

O presidente da Cooperquilombola, Francisco Carlos da Silva, disse que a expectativa para as comunidades quilombolas é a melhor possível, e mais essa parceria com a UE tem sido fundamental para a implantação de algumas agroindústrias de casa de farinha e hortaliças. “São comunidades altamente carentes, vivem e produzem de forma tradicional. E esperamos que essa nova parceria entre Governo, União Europeia e demais colaboradores, ajude a gente a facilitar o acesso à produção e geração de renda nessas comunidades”, frisou.

Por Rafael Arrais

Fonte: Secap

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