Ribamar Alves (PSB) foi preso em flagrante na sexta-feira (29).
Ele estuprou estudante adventista de 18 anos, segundo a polícia.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirma que o prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves (PSB), manteve relações sexual com a estudante de 18 anos. Ele foi preso em flagrante por estupro e permanece no Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
O resultado do exame revela que a relação sexual não teve vestígios de violência e apontou ainda a existência de uma “ferida contusa com sangramento discreto na comissura posterior dos lábios”. Foi encontrado ainda “secreção espessa esbranquiçada no introito vaginal”.
O exame não apontou lesões corporais externas e constatou que a genitália externa está compatível com o desenvolvimento normal, além de rupturas himenais antigas. Laudo foi atestado pela médica legista Márcia Sandra de Castro Moraes.
“Quando ele foi deixá-la em casa, a conduziu a um motel, sem sua anuência. No motel, pediu que ele não tirasse sua roupa, mas ele não atendeu e que não ofereceu mais resistência porque ficou com medo do que pudesse acontecer. Informa que ele a forçou a praticar sexo vaginal sem proteção e que sua última relação sexual havia sido aos 14 anos de idade”, relatou a estudante.
Prisão
Ribamar Alves foi preso em flagrante, na sexta-feira, pelo estupro de uma jovem de 18 anos. Segundo a polícia, a vítima é missionária da Igreja Adventista e trabalha como colportora (jovens que vendem livros para pagar os estudos).
Segundo o delegado Rafael Reis, a vítima afirmou, em depoimento, que o crime aconteceu entre 21h e 23h de quinta-feira (28). O prefeito teria convidado a jovem para a casa dele afirmando que compraria os livros que estavam à venda.
Após chegar à casa, ela aceitou sair no carro dele e conta que o prefeito teria entrado em um motel sem se identificar na entrada, onde a levou para o quarto e praticou o crime. A vítima afirmou que deixou claro que não queria fazer sexo e chorou durante todo o ato.
No dia 18 de dezembro de 2013, Alves teria tentado beijar à força a juíza Larissa Tupinambá, que trabalhava em Santa Inês na época. O caso, confirmado pela Associação dos Magistrados do Maranhão (AM-MA), ocorreu quando o prefeito se encontrou com a magistrada para tratar de assuntos referentes ao Município.
O prefeito chegou a ser autuado por assédio sexual, mas, em 2014, teve o crime desclassificado como contravenção penal de “importunação ofensiva ao pudor”, delito previsto na Lei de Contravenções Penais (3.688/41). Como teve o delito revertido, Alves pagou multa fixada pela Justiça e não é considerado reincidente.