Crise financeira do País derruba comércio de Araioses

Quem trabalha com vendas de frango e carnes são os mais afetados.

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A crise é um fato, infelizmente muito negativo, mas para Zé Luís a fé no futuro do País ainda é muito grande.

Durante dois dias, ontem (28) e hoje, visitei várias casas comerciais e pequenos comerciantes de Araioses para saber até que ponto a crise financeira que assola o País está afetando as vendas deles.

O resultado de meu trabalho não poderia ser pior, já que em quase todos os setores a queda nas vendas é muito grande. A exceção fica por conta de quem trabalha com artigos de beleza e perfumaria. Nesse setor ninguém se queixou da crise.

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Lenilson Veras da Conceição vendia de 70 a 80 quilos de frango por dia, agora vende 30 quilos diários.

As grandes casas comerciais de Araioses que trabalham com artigos de cama e mesa, eletrodomésticos e matéria de construção estão se valendo de muita criatividade para atrair o consumidor para manter as vendas de forma pelo menos razoáveis.

O empresário Zé Luís, que comanda uma rede de sete lojas de A CREDINORTE na região, entre elas a de Araioses e de Parnaíba/PI disse que o seu setor está sendo muito prejudicado com a crise e que teve uma queda de 40% nas vendas, e 18% no recebimento das vendas a crédito, o que aumentou em muito a inadimplência.

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Para o Chagas da Farinha as vendas caíram muito nos últimos dias.

Para driblar a crise ele tem se valido de promoções com desconto de até 30% nas vendas a vista ou com uma entrada e mais 3 prestações. O desconto maior é para os inadimplentes que caso venham pagar seus débitos pagarão 50% a menos.

Zé Luís disse também que já teve que demitir funcionários das lojas de Araioses e Água Doce para poder diminuir despesas.

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Seu Toim não vende hoje nem a metade do que vendia antes.

Não há tempo ruim que deixe as pessoas de comer, porém o comércio de alimentos também está sofrendo com a crise que dificulta a vida de milhões de brasileiros. As mercearias, os mercados não vendem hoje como já venderam no passado. Alguns comentam que além da crise ainda enfrentam a concorrência do comércio de Parnaíba. Quando se trata de concorrência com o comercio da cidade piauiense os que trabalham com roupas e calçados também se lamentam muito.

Lembraram também que quando o pagamento da prefeitura sai em dia de sexta-feira, eles são muito prejudicados porque o Banco do Brasil não dispõe de dinheiro nos caixas para suprir a demanda, o que leva muitos funcionários a Parnaíba, onde recebem seus pagamentos e acabam também fazendo a maior parte de suas compras.

Porém, ninguém se queira mais do que os que vendem alimentos como carne e frango. Lenilson Veras da Conceição tem uma banca ao lado de uma peixaria, onde há 15 anos vende frangos, disse que antes vendia de 70 a 80 quilos de frangos por dia e que agora as vendas caíram para 30 quilos diários.

Seu Toim, que já vendeu carne da gado devido a problemas de saúde hoje só vende carne de porco é outro a lamentar muito a atual situação. Disse que antes trazia um porco de 60 kg para o mercado e às dez horas já tinha vendido tudo. Agora ele traz 30 quilos e não vende nem a metade, levando restante para casa para vender no dia seguinte. Suas vendas são a maioria fiado para pessoas do Bolsa Família e aposentados.

Já seu Zé Maria Relojoeiro não tem do que se queixar. Há 22 anos com sua banca de conserto de relógios na Praça do Marcado diz que graças a Deus, todos os dias seu faturamento não cai e isso vem mantendo o sustento de sua família.

Também quem reclama muito são os motoristas que trabalham levando pessoas todos os dias para Parnaíba. Eles que já viveram momentos com fartura de passageiros agora muitos viajam sem completar a capacidade de seus veículos.

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Para seu Zé Maria Relojoeiro a vida é só alegria: para ele não existe crise.

 

2 pensou em “Crise financeira do País derruba comércio de Araioses

  1. A crise não chegou em Araioses neste ano, a crise financeira foi instalada quando o coronel, que manda e desmanda, começou a usurpar o nosso suado dinheiro, destruiu o estadio dizendo que iria fazer um padrão fifa, está acabando ainda mais com a saúde e a educação, não paga o funcionalismo contratado em dia, desvia dinheiro dos emprestimos consiguinados dos servidores, não repassa a verba que é de direito para o sindicato dos servidores municipais e por ai vai…os araiosenses não tem dinheiro para gastar pois não tem recebido, isso sim é o verdadeiro motivo da “crise” em Araioses.

  2. Talvez se pagasse o BOLSA VALERIA, que foi prometido em campanha, a população carente de nosso municipio tivesse alguma coisa para comprar e fazer o dinheiro circular.

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