Pequena análise sobre o momento político araiosense

Como estará a configuração política local daqui a um ano, dias antes das convenções partidárias que irão indicar os candidatos que irão disputar a prefeitura de Araioses? O quadro estará muito diferente do que se vê hoje, onde Manin Leal tem seu grupo sob controle e a oposição está fragmentada em várias vertentes? Ou haverá união entre os que divergem do atual governo?

Esses questionamentos, certamente já estão sendo avaliados – na ótica de um ou de outro – porém, só o tempo dirá de fato, como as coisas irão ocorrer.

O histórico da política de Araioses mostra que a desunião dos políticos que se opõem (como tem ocorrido em todos os pleitos) a quem está no poder tem sido, em regra, um fato corriqueiro, porém, isso não tem garantido a reeleição desses.

Em todas as disputas eleitorais, em tempos de reeleição, que começaram em 2000, venceu a disputa quem melhor se apresentou como o oposto de quem estava no poder, mesmo com vários candidatos concorrendo pela oposição: como nos anos de 2004, 2008 e 2012 quando a prefeitura de Araioses foi disputada por cinco candidatos e mais não foram por parte deles não passaram pelo crivo da Justiça Eleitoral.

Em 2000, Chagas Paixão que era o prefeito, disputou a primeira reeleição contra dois ex aliados seus: Zé Tude e Vicente Moura. Ganhou o pleito Vicente com a campanha mais barata que se tem na história de Araioses e Chagas, que gastou milhões e tinha o maior grupo política naquela disputa, perdeu de forma inquestionável.

Já em 2004, o povo queria se livrar do desgoverno de Pedro Henrique e troche de volta a prefeitura araiosense José Cardoso do Nascimento – Zé Tude, que vinha de duas derrotas consecutivas.

Em 2008, quem o povo araiosense não queria mais gerenciando o que era seu, era o Velho Coronel Zé Tude, que com a saúde fragilizada ainda na primeira parte de seu mandato, perdeu o comando de seu próprio governo o que fez o povo acreditar que Luciana Trinta, que por pouco não vence as eleições de 2004, viesse a fazer um bom governo vislumbrado numa campanha cheia de promessas, que na maioria não foram compridas.

Quatro anos depois, em 2012, a toda poderosa prefeita perdeu sua reeleição para uma jovem, Valéria do Manin, de apenas 21 anos, da cidade vizinha de Santa Quitéria, numa das campanhas mais emocionantes apaixonantes da história araiosense comandada pelo seu pai Manin Leal araiosense de nascimento, mas que se projetou na política daquela cidade.

O fato de ter vários candidatos na disputa não tem favorecido quem está no governo. Se esse está desgastado o povo escolhe o que melhor se coloca em condições de derrota-lo e esquece os demais. Tem sido assim.

Até sair o resultado das eleições de deputado do ano passado se ouvia muito que um ou outro seria candidato a prefeito de Araioses e não abria mão. Os números dos pelas urnas parece ter esfriado um pouco os ânimos de alguns e já tem que fale em união da oposição.

Outro fator (determinante) tem muito a ver com quem gastou muito na campanha de seus deputados e poderia injetar importantes recursos em alguma candidatura da oposição no ano que vem.

Entre esses tem quem colocou muito dinheiro nas mãos de quem cuidava do interesse de seus candidatos e a votação deles ficou muito distante do esperado, muito distante do prometido.

Muita água vai ainda rolar ainda por debaixo da ponte, mas se algo novo e extraordinário não acontecer o tabu de quem está na prefeitura de Araioses não se reeleger pode ser quebrado.

Manin Leal tem mostrado que sabe o caminho das pedras e não é nenhum Pedro Henrique, muito menos Luciana Trinta.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *