Em resposta ao decreto assinado por Flávio Dino, o juiz Sérgio Mor diz que Roseana Sarney “não mais ocupa o cargo de Governadora, não mais detendo, portanto, foro por prerrogativa de função”.
Com a revelação de novos detalhes do envolvimento da ex-governadora Roseana Sarney e da cúpula de seu governo em um esquema de corrupção montado no Palácio dos Leões para beneficiar a Construtora Constran, vem à tona a séria possibilidade de que a ex-governadora Roseana Sarney tenha o mesmo destino de empreiteiros presos no âmbito da investigação da Operação Lava Jato.
O atual governador Flávio Dino, que nomeou comissão para investigar envolvimento de agentes públicos do governo Roseana no caso de pagamento de propinas para a liberação de precatórios à Constran. A então governadora liberou o pagamento de R$ 113 milhões para a empreiteira, que faz parte do Cartel de empresas acusadas na Operação da PF.
Em resposta ao decreto assinado por Flávio Dino, o juiz Sérgio Moro, tomou a decisão de enviar os documentos com o depoimento em que Alberto Youssef diz ter pago propina, a mando da construtora Constran, ao então governo do Maranhão. O dinheiro foi entregue ao chefe da Casa Civil na época, João Guilherme Abreu.
Ainda no despacho, o juiz Sérgio Moro lembra que a governadora Roseana Sarney “não mais ocupa o cargo de Governadora, não mais detendo, portanto, foro por prerrogativa de função.” E sugere que o processo referente a ela pode ser desmembrado do âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STF) para o âmbito da justiça comum. Além disso, Moro destaca que no depoimento de Alberto Youssef, no qual acusa Roseana “foram coletados antes alguns elementos probatórios que, prima
facie, conferem credibilidade” às declarações dele.
Diante dos fatos, a conclusão é que, ao avançar para as investigações referentes aos agentes políticos, a Operação Lava a Jato poderá determinar a prisão daqueles que não dispõem mais de foro privilegiado, caso da ex-governadora Roseana Sarney.
Fonte: Maranhão da Gente