O texto que previa eleição indireta na Assembleia Legislativa em até 30 dias, após vacância do cargo de governador, agora define que a eleição deverá “ocorrer em sessão extraordinária da Assembleia Legislativa em ATÉ DEZ DIAS depois de aberta a vaga”.
A alteração, que segundo parlamentares da oposição é inconstitucional, foi aprovada no último dia 14 de outubro e publicada no Diário Oficial da Assembleia Legislativa do dia 23, mas a edição do D.O. ficou retida até esta quinta-feira (30), para impedir que a informação viesse à público.
O governo Roseana está de olho na eleição da presidência da Assembleia Legislativa. Com a manobra, do afastamento de Roseana, tomaria posse no governo, o deputado Arnaldo Melo que passaria a ter até dez dias para para convocar eleição indireta, na qual ele próprio pode ser candidato.
A estratégia do governo é que, elegendo-se, Melo renunciaria ao mandato de deputado e de presidente da Assembleia, assumindo o vice-presidente da Casa, Max Barros (PMDB), que também teria prazo para convocar nova eleição para presidente, da qual podem participar ele próprio e os demais 42 deputados, inclusive o suplente que assumir no lugar de Arnaldo Melo, no caso Carlos Alberto Milhomem (PSD). O eventual novo presidente da Assembleia ficaria no posto até fevereiro de 2015, podendo também disputar novo mandato presidencial, já sentado na cadeira de presidente, o que facilitaria a reeleição.
Em reunião realizada nesta quarta-feira (29), os parlamentares que ainda integram a bancada de oposição, se reuniram para estudar que providências tomar contra a manobra. Segundo o deputado Othelino Neto (PCdoB), se o governo levar adiante a ideia, a futura bancada governista lançará candidato próprio.“Entendemos que não deva haver eleição indireta para governador. Mas, na hipótese disso ocorrer, teremos candidato”, declarou Othelino.
Além de Othelino Neto, também participaram da reunião os deputados Marcelo Tavares (PSB), que será o chefe da Casa Civil no governo Flávio Dino (PCdoB), Raimundo Cutrim (PCdoB) e Rubens Júnior (PCdoB).
Fonte: Maranhão da Gente