Hospital de Araioses ainda não tem condições de fazer partos e cirurgias

Não é motivo de notícia o fato de mães de Araioses terem seus filhos em Parnaíba/PI.

O radialista Yuri Gomes publicou ontem em seu blog uma notícia (veja post aqui) de que uma ambulância da Prefeitura de Araioses levou na manhã de ontem (17), uma jovem do povoado Poção Velho – região do Remanso, município de Araioses – para dar luz a uma criança no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba.

Segundo narra em sua postagem o fato é uma prática corriqueira. Ele ainda diz que ao deixar a menor com as iniciais F.M.L de 16 anos, no HEDA, o condutor da ambulância foi buscar outras mulheres de Araioses em hospitais de Parnaíba, que já estavam de alta e tinham também dado à luz crianças de parto normal.

O fato de mulheres araiosenses ganharem seus filhos em Parnaíba não é nenhuma novidade. Essa prática vem de muitos anos para aquelas mães que tinham condições de ter seus filhos na progressiva cidade piauiense e as que não tinham se valiam das parteiras das localidades, que com ajuda de Deus, ajudaram muitas crianças virem ao mundo.

Nem mesmo com a construção do Hospital Maternidade Nossa Senhora da Conceição, fato esse ocorrido na primeira gestão do ex-prefeito Zé Tudes (1977/82) – já falecido – que ele deixou pronto apenas o prédio só veio atender pacientes no governo seguinte, o de Tito Ferreira Gomes (1983/88), também já falecido, as parteiras de Araioses não ficaram sem oque fazer.

Porém, foi na gestão desastrosa de Pedro Henrique (2001/04) que o hospital do povo de Araioses teve sua sala de cirurgia e de parto interditada, fato ainda não resolvido por completo até hoje.

Coincidência ou não a ordem de interditar partiu de São Luís, mais precisamente de uma tal Secretária de Saúde Preventiva, que foi criada no governo de Zé Reinaldo para Remi Trinta ocupá-la e ceder sua vaga de deputado federal para Washington Luiz de Oliveira, primeiro suplente do PT/MA, no primeiro mandato do presidente Lula.

O que se soube na época é que Remi mandou uma pessoa de sua confiança para interditar as salas de parto e de cirurgia do nosso hospital, para que apenas o dele, o Hospital Regional, recebesse as verbas do SUS para esse tipo de procedimento.

Como é de conhecimento publico que foi na gestão de Luciana Trinta, mulher de Remi, que as coisas ficaram pior ainda, pois como também é conhecimento publico, seu primeiro ato administrativo, como prefeita de Araioses, foi fechar o Hospital do Povo de Araioses e deixar o dela com as portas abertas, porém sem condições de oferecer um atendimento de saúde pelo menos razoável aos araiosenses.

Então por que se admirar que mães de Araioses continuem tendo seus filhos em Parnaíba?

Para quem não sabe que fique sabendo, que as mães de Araioses estão sendo levadas para Parnaíba porque embora o Hospital de Araioses já esteja funcionando, ainda não pode fazer cirurgias e partos em suas dependências.

Alguns partos têm sido feito lá, já na gestão de Valéria do Manin, mas somente aqueles que são avaliados pelos médicos e não sinalizam perigos para as pacientes. Os outros casos são encaminhados sim, imediatamente o Hospital Dirceu Arcoverde em Parnaíba.

Todos os esforços estão sendo feitos na atual gestão para que o Hospital de Araioses volte funcionar o mais rápido possível, até melhor do que antes. Mas parece que o “nó” foi bem dado e é por isso a demora.

O Hospital de Araioses ainda não está em condições de fazer partos e cirurgias.

O Hospital de Araioses ainda não está em condições de fazer partos e cirurgias.

Em tempo

O blog recebeu hoje a informação de que a Secretaria de Saúde do Maranhão pagou R$ 400.000.000,00 (quatrocentos milhões de reais) a Secretaria de Saúde do Piauí para que atenda aos pacientes de origem do Maranhão.

Também recebi a informação que a menor de Poção Velho, mencionada no blog de Yuri Gomes, não foi mandada para Parnaíba pelo serviço de saúde da prefeitura de Araioses e sim por um médico particular. Que o caso dela era grave, pois teve que fazer uma cesariana, mas mesmo assim a criança morreu.

Casos dessa natureza não têm condições de serem resolvidos no Hospital de Araioses.

Mas há uma grande esperança de que não vai demorar muito para que ele esteja em condições de receber as mães de nossa terra para lá terem seus filhos em paz e com segurança.

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