Ação foi batizada de ‘Lava-jato’ e foi realizada no DF e em seis estados.
Doleiros são considerados ‘cabeças’ da quadrilha investigada desde 2013.
Adriana JustiDo G1 PR
A operação desencadeada pela Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (17) apreendeu R$ 5 milhões em dinheiro, 25 carros, avaliados em mais de R$ 100 mil cada, joias, obras de arte e bloqueou três hotéis. Intitulada de “Lava-Jato”, a ação prendeu 24 suspeitos de envolvimento no crime de lavagem de dinheiro. O número de presos pode aumentar já que não há previsão de quando a operação deve ser encerrada. Todos os presos, assim como o material apreendido, serão encaminhados para a sede da PF, em Curitiba. Os dados finais da operação devem ser divulgados na terça-feira (18).
“A operação ainda não terminou. Nosso objetivo principal foi estancar quatro grandes organizações criminosas que movimentavam tanto dinheiro”, disse o delegado. Segundo ele, quatro doleiros, que foram presos, são considerados “os cabeças” da suposta quadrilha – um do Paraná, dois de São Paulo e um de Brasília.
As investigações
Conforme a PF, as investigações – que correm em segredo de justiça – eram realizadas desde 2013, e o montante bilionário foi arrecadado em três anos. O suspeito de chefiar a quadrilha foi preso no Distrito Federal. O doleiro Alberto Youssef, que mora em Londrina, no norte do Paraná, foi preso em São Luiz, no Maranhão, e também é suspeito de comandar a quadrilha.
A quadrilha envolve personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil e é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas com vários crimes, segundo a PF.
A quadrilha, conforme a policia, cometia também os crimes de tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração, contrabando de pedras preciosas e desvios de recursos públicos.
A operação foi batizada de “Lava-jato” e contou com a participação de 400 policiais. O nome foi sugerido pela PF porque um dos grupos fazia uso de uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar os valores oriundos de práticas criminosas.