Eu não me importo com o que César faz ou diz

Tenho conhecimento de que o dublê de radialista César Machado usa e abusa de falar mal de mim no programa que ele faz na rádio Santa Rosa FM, que pus no ar e dirigi sua programação jornalística por cinco anos.

Já me aconselharam a entrar com uma ação na justiça sobre o assunto pelo fato dele fazer isso sem dizer meu nome, mas os que perdem tempo em ouvi-lo sabem que ele se refere a mim.

O que posso dizer sobre isso no momento é que não me sinto ofendido por suas pobres e infelizes palavras. Não vejo em suas colocações algo que me diminua, pois os milhares de araiosenses que me horaram com suas audiências ao longo de quase trinta anos de rádio, sabem muito bem a forma como eu trabalhava. Nada se compara ao que Céasr faz.

Tinha meu trabalho como um dever, quase uma devoção. Trabalhava todos os dias e muitas vezes, mesmo doente não deixei meus ouvintes sem seu programa favorito. Fazia isso com muita honra, orgulho e coragem em defesa do povo dessa terra querida.

De César tenho pena pela sua conduta desequilibrada que não tem condições de fazer seu trabalho sem que para isso tenha que se meter na minha vida.

Tenho pena dele que não quer ver que se não tivesse eu colocado essa rádio no ar, lhe dado nome, respeito e audiência, ele hoje não teria onde ganhar o pão para alimentar a si e a sua família.

Tenho pena dele por não saber reconhecer suas limitações e ter a humildade de saber se aconselhar com quem sabe mais do que ele num assunto que ele ainda está engatinhando.

Não nasci sabendo de nada e o pouco que hoje sei sobre muitos assuntos tem a ver pelo fato de que sempre soube que nada sabia e que tinha que aprender muito. Nunca tive vergonha de perguntar aos mais sábios aquilo que eu não sabia.

Lógico que princípios eu já tinha. Lógico que eu sabia que tinha de fazer minhas escolhas. Elas é que determinariam o meu futuro.

Quando tive pela primeira vez um microfone de rádio diante de mim eu sabia que não tinha experiência, mas eu já sabia o que ia afalar. Eu já tinha escolhido a quem defender: o povo de Araioses.

Naqueles tempos quem falava em rádio só defendia os interesses dos poderosos, dos que estavam no poder. Eram tempos difíceis aqueles, onde a democracia do País ainda não tinha sido restabelecida. Ousei desafiar os coronéis que tinham como lema o “eu posso eu mando”. Para isso arrisquei a própria vida.

Eu não precisei bajular nem ofender a honra pessoal de ninguém. Eu não precisei puxar o tapete dos meus semelhantes e muito menos conspirar ou tramar algo sujo, imoral e indecente para tomar o lugar dos outros.

Fazia meu trabalho com muito orgulho, coragem e devoção ao povo araiosense. Passei a ser a voz dele durante todos esses anos contra os desmandos dos que chegavam ao poder pela força e vontade do povo e por ele não tinha respeito nem consideração. Era amado por isso e até hoje o povo cobra minha volta ao rádio.

César Machado já teve as oportunidades que eu ainda não tive. Já lhe deram mandato de vereador tanto em Araioses como em Água Doce. Era o que ele mais queria na vida e se o povo lhe virou as costas eu não tenho nada ver com isso. Nunca movi uma pedra contra seus interesses políticos, muito pelo contrário.

Se quiser ser um comunicador de rádio tudo bem é um direito que ele tem. Quanto à linha de atuação, ele já mostrou a que veio e eu também não tenho nada com isso, pois tenho estilo totalmente diferente.

O que posso dizer para César é que não me queira o mal, pois só lhe quero o bem. O senhor que ele hoje serve, por ele não tem o menor apreço.

César para ele é laranja e quando não tiver mais nada para sugar vai jogar o bagaço fora.

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