Levantamento aponta que 70% dos idosos no Maranhão não têm dentes

Fiscalização foi feita pelo Conselho Regional de Odontologia do Maranhão.

Também é alto o número de crianças sem acesso a serviços de saúde bucal.

Do G1 MA com informações da TV Mirante

 O Conselho Regional de Odontologia do Maranhão (CRO-MA) realizou fiscalizações em vários municípios do Estado para verificar a real situação da saúde bucal pública do Maranhão. Foram fiscalizados na atual gestão 95 municípios maranhenses. O objetivo foi verificar e acompanhar de que forma estão sendo oferecidos os serviços públicos odontológicos municipais e para cobrar melhores condições de trabalho aos dentistas.

São Luís tem apenas três Centros de Especialidades Odontológicas (CEOS) e apenas um Laboratório Regional de Prótese Dentária para atender mais de um milhão de habitantes. Além disso, a capital deveria dispor de 428 equipes de profissionais, mas só tem 38. Os números não representam nem 10% do total de equipes da Estratégia de Saúde Bucal da Família.

Durante as fiscalizações, segundo o conselho, os desrespeitos foram denunciados ao Ministério Público, às vigilâncias sanitárias e às delegacias de cada região. Foram cobradas providências tanto em relação ao oferecimento dos serviços à população quanto às condições de trabalho oferecidas aos dentistas contratados (salários, estruturas, direitos trabalhistas). Fora o grande número de dentistas irregulares que atuam em todo Maranhão.

Além dos problemas mostrados, o CRO fez um levantamento que revelou que 70% da população maranhense idosa é desdentada. O Maranhão tem uma média de 14 mil portadores de fissura labial e palatina e ainda, é muito alto o numero de crianças que não utilizam serviços de saúde bucal, cerca de 90%.

A presidente do conselho, Antonildes Gomes, afirmou que existe um descaso em relação à saúde bucal no Maranhão. “É preocupante porque existe um descaso em relação à saúde bucal em todo o nosso Estado. A gente constata que a saúde bucal não é prioridade. Em relação aos idosos, existe um descaso durante toda a infãncia e juventude, eles chegam ao 70 anos total ou parcialmente desdentados, e o nosso Estado não consta nem com 10% da necessidade de laboratórios de prótese que deveria ter”, afirmou.

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