Outro Lula perseguido: coincidência?

Por Ricardo Cappelli

A oligarquia maranhense é a mais antiga em atividade no Brasil. Patrimonialista e escravista é uma mistura de Raimundo Faoro e Jessé de Souza.

O patriarca do clã posa de nacionalista em artigos sofisticados que escreve sentado em sua lustrada cadeira de imortal. Quem anda pelo Maranhão e depara-se com centenas de escolas de barro e palha em pleno século XXI, fica chocado com o teatro do absurdo.

Foram 50 anos de poder da família. Ninguém que defende a nação pode condenar seu povo, sustentáculo da nacionalidade, a tamanha indignidade.

O advogado Carlos Lula, atual secretário de saúde do Maranhão, é um jovem altamente qualificado, idealista, determinado, comprometido com as pessoas e com o futuro. Na sua posse, nenhuma palavra falou mais que a emoção transbordando.

Lula costuma se emocionar, lágrimas são constantes em eventos onde inaugura, ao lado do governador, serviços jamais sonhados pelo povo trabalhador e sofrido do estado. Gestor competente, se não tivesse mais nenhuma qualidade, apenas a capacidade de sentir a dor do outro já lhe credenciaria para o posto.

Saúde é vida, e morte também. Pessoas não são mercadorias, carregam sentimentos, histórias, alegrias e dores. Ser gestor da saúde não é para qualquer um. É preciso ter a capacidade, o equilíbrio, para dormir todos os dias com a convicção de que suas decisões foram as mais acertadas.

Se na minha função em Brasília cometo um erro podemos perder um convênio que nos daria um trator, um financiamento para asfaltar algumas cidades pode ficar mais distante. Se o nosso Lula erra podem morrer pessoas, famílias são despedaçadas, é a vida pulsando em cada decisão.

Aceitar a tarefa de ser secretário de saúde na atual quadra de criminalização irresponsável de gestores não é para qualquer um. Para um jovem advogado competente e bem sucedido na sua carreira profissional é demonstração inequívoca de compromisso com o próximo. Um altruísmo, um idealismo “fora de moda”, infelizmente, nos dias de hoje.

Talvez o sucesso, e o ódio que exala cotidianamente das forças do atraso, venha justamente pelas escolhas feitas pelo Governador Flávio Dino. Quem olha para o seu secretariado, o comando do governo de estado que mais cumpriu suas promessas de campanha segundo o insuspeito G1, depara-se com um conjunto de jovens abnegados idealistas, sonhando e construindo um futuro diferente para seu povo.

Um jovem e brilhante advogado transformou-se num dos mais competentes gestores da saúde no Brasil. Um jovem e brilhante procurador federal fez da educação maranhense referência nacional. Um jovem historiador, empreendedor de sucesso da área de seguros de saúde, virou o melhor secretário de obras do país. Desafio alguém apresentar algum estado que tenha mais inaugurações de obras/dia que o Maranhão.

Flávio Dino apostou no futuro, na vida, no compromisso com o povo contra o atraso dos acordos e convescotes com a Casa Grande que marcavam o passado oligárquico de uma das regiões mais pobres do país.

Nenhuma mudança acontece sem fortes reações. A Globo, em aliança com um delegado da polícia federal simpático à Bolsonaro, passa a difamar Lula cotidianamente e a exigir sua cabeça. Quem é Lula? É Lula mesmo, aquele que exigiu que os hospitais públicos tivessem o mesmo nível de qualidade dos privados, que inaugurou um serviço odontológico público para que o povo mais humilde volte a sorrir.

Seu crime? Cuidar dos mais pobres. Quem o persegue? Um império midiático aliado a setores reacionários da alta tecnocracia, neopositivistas da burocracia estatal. Seu nome? Lula. Coincidência?

Força amigo, você tem a confiança e o respeito dos verdadeiros brasileiros, não se preocupe com os fariseus. Estamos do lado certo da história. Ninguém será capaz de interromper a primavera em curso no Maranhão.

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