Maranhão deve ser reconhecido nacionalmente livre da aftosa com vacinação em junho

Reunião dos gestores de sete estados do Nordeste e do Pará no Ministério da Agricultura

Reunião dos gestores de sete estados do Nordeste e do Pará no Ministério da Agricultura

O Maranhão deve ser reconhecido em junho deste ano como zona livre de febre aftosa com vacinação. O novo cronograma, que também inclui os estados Piauí, Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Pará, foi apresentado nesta terça-feira (26), em Brasília, por representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em reunião com secretários de Agricultura, diretores de Agências Agropecuárias e superintendentes federais de Agricultura desses estados.

A reunião, realizada na sede do Instituto Nacional de Meteorologia – Inmet, que discutiu os trâmites finais do processo de reconhecimento da região como zona livre da aftosa com vacinação, foi articulada pelo secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cláudio Azevedo.

No encontro, Cláudio Azevedo destacou a importância da nova classificação sanitária para a pecuária nordestina, especialmente para o Maranhão, que conta com um rebanho bovino de mais de 7 milhões de cabeças.

O desempenho do Maranhão nas auditorias realizadas pelo ministério foi destacado por representantes do Mapa e estados. “O Maranhão foi o único estado a concluir ainda em 2012 a sorologia e destacou-se em todas as auditorias realizadas por cumprir com todas as determinações”, elogiou o Coordenador Nacional de Combate a Febre Aftosa, Plinio Leite.

O Diretor Nacional de Defesa Animal do Mapa, Guilherme Marques, apresentou aos representantes dos estados a atual situação do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa.  Ele disse que desde 2011, quando foi firmado pacto com os estados para elevação da classificação sanitária, o ministério investiu mais de R$ 35 milhões em convênios e repasses diretos para reestruturação das agências agropecuárias e viabilização de providências necessárias à efetivação da zona livre.

“Todas as exigências repassadas aos estados foram baseadas em critérios de certificação internacional estabelecidos pela OIE [Organização Internacional de Episotias], pois todo esse trabalho sempre teve como meta final o reconhecimento internacional da região, previsto para 2014.”, explicou Guilherme Marques.

Segundo o diretor, a meta do ministério é de que todo o país seja reconhecido internacionalmente com zona livre de febre aftosa até 2015. “Depois de conseguirmos o reconhecimento internacional do bloco nordestino e o Pará, vamos trabalhar pela mesma classificação sanitária para os estados do Amapá, Amazonas e Roraima. Assim, conseguiremos fortalecer a atividade pecuária em todo o país”, afirmou.

 Cronograma

Devido aos problemas causados principalmente pela estiagem, alguns estados tiveram dificuldade em concluir o inquérito sorológico, motivo pelo qual o ministério teve que readaptar o cronograma para a zona livre.

O reconhecimento nacional previsto para março deve ser efetivado apenas em junho, depois que os estados do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, concluírem suas sorologias. “Mais de 75 mil cabeças de animais participaram da amostragem da sorologia. Os estados que mais contribuíram com a coleta de amostras foram o Maranhão, Pará e Ceará”, informou Plinio.

Guilherme Marques destacou que o trabalho de defesa animal ganhará novos desafios após os reconhecimentos nacional e internacional de zona livre de aftosa. “O trabalho não termina com a erradicação da aftosa. Os reconhecimentos de zona livre não serão um ponto final, mas uma vírgula na atividade de defesa agropecuária. O próximo desafio dos estados será a erradicação da peste suína clássica, já que os suínos também estão sujeitos à aftosa”, alertou.

A próxima reunião do bloco nordestino com gestores do Mapa para discutir a conclusão do processo, deve acontecer até o fim do mês de abril. “Não podemos descansar nessa reta final, por isso proponho que aconteça essa reunião, , no próximo mês, para alinhar se tudo foi cumprido conforme o previsto, para que não corramos o risco de esperar mais um ano pelo reconhecimento internacional”, propôs o secretário Cláudio Azevedo, que prontamente teve a adesão de todos os estados.

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