Por Kiko Nogueira no DCM
Dessa vez não vai ser marolinha e, sim, um tsunami.
No dia 30 de abril, o ministro da Educação Abraham (ele gosta de ser chamado de Abraão) Weintraub declarou que cortaria 30% do orçamento das universidades federais.
Reclamou da “balbúrdia”. Citou nominalmente a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal Fluminense (UFF).
No dia seguinte, o secretário Arnaldo Barbosa de Lima Junior afirmou que o corte se estenderia a outras instituições.
O movimento cresceu e boa parte da chamada sociedade civil se engajou nas manifestações.
As maiores cidades dos 26 estados, mais o Distrito Federal, vão parar.
Enquanto isso, Weintraub estará na Câmara, onde foi convocado — e não convidado, note — a prestar esclarecimentos sobre as medidas.
Balela.
O projeto é de guerra à inteligência e destruição da vida acadêmica, como o que ocorreu na Hungria do populista de extrema direita Viktor Orbán.
Bolsonaro despertou a ira do movimento estudantil, como Collor fez antes dele com os caras pintadas.
Não só pelo que faz na Educação, mas pelo conjunto da obra.
Esse caldo inclui o Queiroz, os milicianos, a incompetência, a violência, as fake news.
Vai cair.
E vai assistir o começo de sua derrocada em Dallas, onde estará recebendo o prêmio de “Personalidade do Ano”.