anos atrás, o Manifesto dos pioneiros da educação nova, que lançou as bases para uma escola pública de qualidade no Brasil, foi publicado. O documento, que até hoje serve de referência para a busca por melhorias no ensino, é simples ao mencionar o professor: “De todas as funções públicas, a mais importante”. De 1932 par cá, entretanto, a carreira vem se tornando cada vez menos atrativa. Salários pouco expressivos, formação inadequada para encarar a sala de aula e falta de condições de trabalho formam o problema que o governo, nas três instâncias, precisa enfrentar.
“Não há dúvidas de que qualquer iniciativa que desconsidere a valorização do professor será incapaz de mudar o atual quadro da educação”, afirma Romualdo Portela, professor de política educacional na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). De acordo com ele, o primeiro objetivo é garantir uma boa formação. “Vivemos um ciclo perverso, em que o aluno de baixo rendimento no ensino médio, formado geralmente pelo ensino privado de baixa qualidade, é o que vai para a sala de aula ser professor, perpetuando o ciclo”, afirma.
Exercício de fé
Apesar das dificuldades, há professores brasileiros com fé na profissão. Uma pesquisa realizada em 2010 pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revelou que 50% afirmaram que fariam a mesma escolha se pudessem voltar no tempo. A professora do ensino infantil Juciane Melo Cipriano, 44 anos, está nessa parcela. A realidade, muitas vezes desestimulante, não tirou o idealismo dos olhos dela. Ao falar dos desafios da profissão, que ela exerce há 25 anos, a voz embarga e os olhos enchem de lágrima. “Eu sou apaixonada pelo que faço, principalmente, porque consigo ver o resultado na vida da criança. O professor enfrenta obstáculos, mas com paixão a gente não desiste. Se você não acredita, melhor escolher outra profissão”, afirma.
Exercício de fé
Apesar das dificuldades, há professores brasileiros com fé na profissão. Uma pesquisa realizada em 2010 pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revelou que 50% afirmaram que fariam a mesma escolha se pudessem voltar no tempo. A professora do ensino infantil Juciane Melo Cipriano, 44 anos, está nessa parcela. A realidade, muitas vezes desestimulante, não tirou o idealismo dos olhos dela. Ao falar dos desafios da profissão, que ela exerce há 25 anos, a voz embarga e os olhos enchem de lágrima. “Eu sou apaixonada pelo que faço, principalmente, porque consigo ver o resultado na vida da criança. O professor enfrenta obstáculos, mas com paixão a gente não desiste. Se você não acredita, melhor escolher outra profissão”, afirma.