Não era a intenção, mas se querem polêmica tem mais

Inicio este post dizendo que ao final dele, alguns vão estar me odiando outros não. O percentual de mais ódio ou menos não tenho previsão.

Isso tem a ver com o que vou falar sobre nomes em logradouros públicos, que aqui em Araioses os critérios adotados em muitos casos ferem a Constituição Federal dando nome a esses de pessoas vivas e em outros os homenageados, em vida, não desenvolveram nenhuma atividade que o ligasse ao bem público que leva seu nome.

Dias atrás tive que enfrentar a ira insana de parte dos Machados, quando defendi o nome da Dona Gentileza para uma Praça no Conjunto João Machado.

Para os mais novos e os esquecidos Dona Gentileza em vida foi uma exemplar servidora pública e como comerciante – na área de farmácia – teve brilhante função, nas apenas em vender remédios, mas de orientar, principalmente os humildes consumidores qual medicação servia para os problemas que sentiam. Creio que em raros casos um ser humano mereceu um nome (Gentileza) com tanto mérito como ela.

O Projeto Lei nº 694/2022, de autoria do presidente da Câmara Municipal de Vereadores Luís Fernando Marão Felix (Luisão), que sugeriu o nome de “PRAÇA GENTILEZA MARIA DOURADO ARAÚJO – GENTILEZA” – foi aprovado por maioria simples de 6 a 5 votos, o que caracterizou a pressão que foi feita em cima de vereadores – de duvidosa autonomia – para que não aprovassem o projeto. O que é comum nesses casos é o projeto ou preposição ser aprovado de forma unânime.

Agora o que provocou polêmicas foi o post Thales do Amarante Ribeiro Gonçalves foi o primeiro nome do Tudes José Cardoso. Em nenhum momento eu sugiro que a atual administração devolva o nome original ou troque por outro daquela escola após o fim de sua reforma.

Quis sim lembrar um fato miúdo de nossa história, onde um administrador por birra, por não ter sua vontade atendida tirou o nome do pai do governador e pôs o do seu.

A escola Tudes José Cardoso tem sim sua história, pois a instituição já formou muitos profissionais na nossa Terra, como disse uma leitora. Não pelo nome que tem, mas pelo que fizeram os seus professores – nem sempre valorizados – ao longo de seus anos.

Repito, não estou sugerindo que nenhum projeto seja encaminha a Câmara Municipal de Araioses nesse sentido, pois caso isso ocorra à polêmica seria grande podendo estremecer túmulos.

Pessoalmente eu faria nem que o mundo desabasse, mas nunca, jamais aceitaria que em uma instituição de ensino o nome não fosse o de alguém que tivesse dedicado sua vida a serviço da Educação, como por exemplo, o nome da professora e escritora Sebastiana Monteiro, que em vida exerceu essa atividade com muita dignidade.

Como disse no início deste post, a essa altura já deve ter gente xingando a mim e desrespeitando minha querida genitora. Mas sou assim mesmo. Só tenho uma cara e dificilmente deixo de dizer o que penso. Porém, não faço e nunca fiz mal a ninguém. Não sou do tipo de louvar santo em público e na calada da noite perder meu tempo cuidado do uso de bruxarias e magias negras para arruinar a vida dos outros.

Poucas escolas em Araioses têm nomes de pessoas que tenham dedicado suas vidas a educação. Tirando a Gonçalves Dias, no beiro Conceição as outra ostentam – embora o País seja laico – nomes de santos ou santas católicas.

Alguns nomes de escritores maranhenses que poderiam ser lembrados na hora de nomear um bem público em Araioses:

https://www.dabysantos.com.br/2022/08/09/thales-do-amarante-ribeiro-goncalves-foi-o-primeiro-nome-do-tudes-jose-cardoso/

Maria Firmina dos Reis (1825/1917), Aluísio Azevedo (1857/1913), Graça Aranha (1868/1931), Coelho Neto (1964/1934), Viriato Correia (1884/1967), Odylo Costa, filho (1914/1979), José Nascimento de Moraes (1882/1958), João Mohama (1925/1995), Josué Montello (1917/2006), José Chagas (1924/2014); Nauro Machado (1935/2015), José Louzeiro (1932/2017).

No link do O Estado abaixo pequenas informações sobre eles:

https://oestadoma.com/noticias/2018/07/25/doze-escritores-maranhenses-que-precisam-ser-conhecidos/

Por fim, não nasci para bajular nem agradar a todos, pois não posso ter a petulância de achar que posso conseguir o que nem Jesus – O Cristo conseguiu.

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