PF prende Colômbia, suspeito de ser mandante das mortes de Dom e Bruno

Homem, que é peruano, foi detido em flagrante por uso de documento falso enquanto era ouvido sobre os crimes. Ele nega participação.

Protesto pede resposta sobre desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips no dia 14 de junho, em Brasília. — Foto: REUTERS/Adriano Machado

Por Andréia Sadi, no G1

A Polícia Federal prendeu o peruano Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia, suspeito de participação nos homicídios do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Os crimes ocorreram no início de junho na região do Vale do Javari, no Amazonas (relembre abaixo).

A prisão foi confirmada ao blog pelo superintendente da PF no Amazonas, Eduardo Fontes.

Colômbia foi detido em flagrante por uso de documentos falsos ao ser ouvido na delegacia de Tabatinga sobre suposta participação nos homicídios. Ele negou envolvimento com o crime.

Apesar de negar participação nos assassinatos, uma das linhas de investigação da PF é de que Colômbia, que seria um traficante, compra pescado ilegal de criminosos da região e seria o mandante das mortes de Dom e Bruno.

Como a pena do crime de uso de documentos falsos é superior a quatro anos, Coelho não poderá ser solto por pagamento de fiança. E a PF pretende pedir a prisão temporária dele para que possa aprofundar as investigações.

A PF deve dar uma entrevista nesta sexta-feira (8) com atualizações do caso. Entre os pontos, a PF vai explicar como foi feita a reconstituição do crime e informar sobre o envio do caso para a Justiça Federal, para onde o caso foi encaminhado por ter relação com terras indígenas.

Nesta sexta-feira também vence o prazo das prisões dos outros três suspeitos do crime: Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado, Oseney da Costa de Oliveira, de 41 anos, o Dos Santos; e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha.

O crime

Bruno e Dom desapareceram quando faziam uma expedição para uma investigação na Amazônia, na Terra Indígena Vale do Javari. Eles foram vistos pela última vez em 5 de junho, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael. De lá, seguiam para Atalaia do Norte. A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.

Os restos mortais deles foram achados em 15 de junho. As vítimas teriam sido mortas a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados. Segundo laudo de peritos da PF, Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça. Já Dom foi baleado uma vez, no tórax.

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