Quebradeiras de coco babaçu do Maranhão são destaque na I Feira Nordestina da Agricultura Familiar e Economia Solidária no RN

Espalhadas em comunidades do Maranhão vivem as mulheres quebradeiras de coco babaçu. Elas somam mais de 300 mil mulheres trabalhadoras rurais que vivem em função do extrativismo do babaçu, espécie vegetal muito comum no Maranhão, Piauí, Tocantins e Pará.

O babaçu é a terceira maior força produtiva do estado, e várias matérias-primas são extraídas da palmeira que contribui para a conservação da vegetação que dá origem ao fruto.

Como forma de incrementar as riquezas e a economia do estado, o Governo do Maranhão, por meio do Sistema da Agricultura Familiar (Sistema SAF), apoia e fomenta a produção da agricultura familiar, e para colaborar ainda mais com a produção dessa população, o Maranhão está presente na I Feira Nordestina da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Fenafes), realizada em Natal (RN) entre os dias 15 e 19 de junho.

O Maranhão está sendo representado por 42 agricultores (representações quilombolas, quebradeiras de coco, assentamentos estaduais, indígenas, extrativistas e agricultores familiares) distribuídos por 17 empreendimentos da agricultura familiar, localizados em 17 municípios.

Cada comunidade levará um pouco daquilo que produz, o movimento das quebradeiras de coco está sendo representado pelos grupos da Associação das Quebradeiras de Coco dos Projetos de Assentamento de Chapadinha; do município de Itapecuru-Mirim, presentes a Associação do Clube de Mães Quilombola Lar de Maria, a Cooperativa Mista dos Agricultores do Vinagre (Comavi) e Cooperativa Mista das Áreas de Reforma Agraria do Vale do Itapecuru (Coopevi); também presentes a Associação das Mulheres Quebradeiras de Coco (Amuquec), de Capinzal do Norte; Rede Mulheres do Maranhão, dos municípios de Alto Alegre do Pindaré e Tufilândia, e a Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco (Coopalj), de Lago do Junco.

Essa atividade de produção sustentável gera renda às milhares de mulheres extrativistas que lutam diariamente para tirar seu sustento, já que da árvore do babaçu elas transformam as palhas das folhas em cestos, a casca do coco em carvão e a castanha em azeite, sabão e artesanato, dentre outros produtos. Para a quebradeira de coco Antônia Vieira, que está representando na Feira a Associação do Clube de Mães Quilombola Lar de Maria, “é um sentimento de realização, porque nós sempre sonhamos em expandir nossos negócios e nossos produtos, e essa Feira traz uma oportunidade muito grande para a gente estar mostrando o que produzimos aqui no Maranhão, e agradecemos a SAF pelos benefícios e a oportunidade que está nos dando para continuarmos com nosso trabalho”, comentou.

A Fenafes está fortalecendo o extrativismo do babaçu e sensibilizando sobre a importância de se preservar a biodiversidade, para que o babaçu continue gerando trabalho e renda às famílias que dependem dessa cadeia.

O maior objetivo das quebradeiras de coco na Feira é mostrar a riqueza do coco babaçu e a diversidade dos produtos que são desenvolvidos com essa matéria-prima, além da comercialização.

A Rede Mulheres do Maranhão, que também está participando do evento, levou variados produtos para exposição e comercialização. Francisca Rodrigues, uma das quebradeiras de coco do grupo, destacou que “a emoção é muito grande e uma oportunidade que estamos tendo para mostrar nossos produtos, como chips de macaxeira, óleo de coco babaçu, cocada de babaçu, farinha de mesocarpo e outros produtos”.

Para o secretário da SAF, Diego Rolim, a Feira é uma oportunidade única seguindo a determinação do governador Carlos Brandão para estimular cada vez a agricultura familiar maranhense. “Vamos mostrar todas as potencialidades das produções maranhenses durante a Fenafes. Temos exemplos de materiais e produtos únicos que estão sendo mostrados nesse evento e que nós possamos divulgar cada vez mais o avanço que o Governo do Estado do Maranhão proporciona na nossa agricultura, com apoio e incentivo”, disse.

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