Pré-candidatura de Felipe Camarão movimenta bastidores da sucessão

Por Jorge Vieira

A entrada do secretário de Educação Fellpe Camarão na disputa interna do grupo do governador Flávio Dino é mais uma peça que mexe no tabuleiro da sucessão. Camarão, que oficializou ao PT, nesta quinta-feira (7) sua pretensão de disputar o governo do Estado, caso receba o aval da direção nacional e o apoio do chefe do Executivo estadual, sem dúvida, ganharia força eleitoral. Nos bastidores da sucessão são forte os comentários de que uma aliança PT/PSB/PCdoB o tornaria competitivo.

O presidente estadual do PT, Augusto Lobato, embora tenha preferência pela candidatura do vice-governador Carlos Brandão (PSDB), disse ao Blog do Jorge Vieira, ser legítima a pretensão do secretário colocar seu nome para ser avaliado, mas adianta, no entanto, que esta decisão do partido lançar candidatura própria somente deverá ser discutida no encontro do partido que definirá sobre tática eleitoral, provavelmente entre março e abril de 2022.

Segundo Lobato, tudo será feito de acordo com a direção nacional e levando em consideração a prioridade do partido que é a eleição de Lula. “Eu pessoalmente, prefiro Brandão, mas o PT  está numa aliança com o governador Flávio Dino e eu vou defender que o candidato do partido seja o candidato apoiado pelo governador, que pode ser o Felipe”.

Ao oficializar sua intenção de concorrer à principal cadeira do Palácio dos Leões, Felipe externou sua convicção da eleição de Lula para presidente e apresentou números que mostram a grandeza do partido, como por exemplo, está instalado em mais de 187 municípios maranhenses, possuir um quadro de filiados com 56.877 militantes e envergadura para compor uma chapa majoritária. E é fato que, com o apoio de Lula, Dino e o desempenho pessoal do pré-candidato, as possibilidade de sucesso são grandes.

A pré-candidatura pode também construir para aliviar as tensões internas. O PT está dividido hoje entre os que defendem composição com o PSDB do vice-governador apresentando o vice, os que preferem aliança com o senador Weverton Rocha e o grupo defensor da candidatura própria. A palavra final, no entanto, será da direção nacional, que somente deve se manifestar após concluídas as articulações com os partidos que vão apoiar a candidatura de Lula.

Nesta quinta-feira, após a entrega da carta ao diretório estadual que agitou os bastidores do PT, o suplente de deputado estadual Luís Henrique Lula da Silva, que lançou a pré-candidatura de Camarão ao governo, disse em entrevista ao programa Contraponto, da Rádio Timbira, que tudo foi feito em comum acordo com o secretário, ou seja, a proposta do partido lançar candidatura própria e ser mais uma alternativa ao eleitor está na mesa.

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