Documentário de Joaquim de Carvalho chega a 1 milhão de visualizações em menos de uma semana

Facada em Bolsonaro e Joaquim de Carvalho (Foto: Reprodução | Brasil 247)

Brasil 247 – O documentário “Bolsonaro e Adélio – uma fakeada no coração do Brasil”, realizado pelo repórter investigativo Joaquim de Carvalho, um dos mais premiados do Brasil e finalista do Prêmio Comunique-se 2021, alcançou a marca de 1 milhão de visualizações nesta sexta-feira 17, menos de uma semana após seu lançamento. O filme mostra, com riqueza de detalhes, várias contradições da investigação sobre o episódio ocorrido em Juiz de Fora (MG) no dia 6 de setembro de 2018, que foi crucial para que Jair Bolsonaro chegasse à presidência da República. Em sua investigação, Joaquim entrevistou na cidade de Montes Claros (MG) parentes de Adélio Bispo de Oliveira, que contestam a versão oficial, personagens que estavam em Juiz de Fora no calor dos acontecimentos e também foi a Florianópolis (SC), cidade em que Adélio e Carlos Bolsonaro estiveram juntos num clube de tiro.

O documentário foi saudado por jornalistas experientes, como José Nêumanne, do Estado de S. Paulo, motivou uma discussão importante no Portal Comunique-se sobre as falhas da imprensa brasileira nos últimos três anos, mas também foi alvo da comunicação bolsonarista, como no caso do jornalista Ranier Bragon, da Folha de S. Paulo, que atacou o documentário sem argumentos sólidos, e fez com que os próprios assinantes da Folha criticassem duramente a postura antiética do repórter.

Joaquim de Carvalho não se intimidou com os ataques e, enquanto finaliza um novo documentário sobre os 100 anos de Paulo Freire, patrono da educação brasileira, que pode ser apoiado neste link, levanta informações para novos documentários de alto impacto, como foi este sobre o episódio de Juiz de Fora, que foi contestado por setores da imprensa, mas não por Jair Bolsonaro. “Lamento que tenham me transformado em notícia e não se dedicado a investigar e apurar os fatos”, diz Joaquim de Carvalho. O documentário também motivou um pedido de CPI apresentado pelo deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), que esteve em Juiz de Fora no dia. “Bolsonaro já tinha uma cirurgia agendada em São Paulo e forjou o atentado para se ausentar dos debates”, diz Frota. “Assim ele saiu de 8 segundos na TV para 24 horas de cobertura diária”.

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