Mesmo com prejuízo, Petrobrás anuncia que distribuirá US$ 35 bilhões em dividendos

O Congresso Nacional vira as costas para a imoralidade enquanto a velha imprensa aplaude.

Fachada da sede da Petrobras, no Rio Foto: Arquivo

Do site do PT.

Os jornais anunciaram como positivo e o governo Bolsonaro faz de conta que é bom para o país. Mas o anúncio de que a Petrobrás pretende vender ativos e seu patrimônio nos próximos cinco anos para levantar dinheiro é um escândalo. Ao mesmo tempo, a empresa informou ao mercado que pretende arrecadar entre US$ 25 bilhões e US$ 35 bilhões com a privatização de algumas de suas muitas operações no Brasil e no exterior, a diretoria da Petrobrás anunciou que pretende pagar US$ 35 bilhões em dividendos para os seus acionistas minoritários até 2025. É um acinte que nem sequer é alvo de debates no parlamento.

Isso tudo ocorre depois da empresa ter anunciado – em outubro – o prejuízo líquido de R$ 1,5 bilhão de terceiro trimestre. No ano, o prejuízo acumulado é de US$ 10 bilhões. Ou seja, enquanto transfere dinheiro do povo para sócios privados, a Petrobrás vende patrimônio público e arrebenta com a possibilidade da própria empresa vir a servir de instrumento para o desenvolvimento nacional, como ocorreu nos últimos 60 anos, desde que nasceu sob a liderança de Getúlio Vargas, em meio a amplo debate nacional. O Congresso sequer discute a maneira como a política da empresa vem sendo conduzida pelo governo Bolsonaro.

O presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás, senador Jean Paul Prates (PT-RN), alertou que a medida é grave e o plano de desinvestimentos da companhia petroleira atenta contra os interesses nacionais. “O principal objetivo da Petrobrás é nacional. Não é internacional, não é privado, não é de pequeno acionista, nem de grande acionista, nem de mercado. É do Brasil”, alerta o parlamentar. Ele disse que o mais grave é que a estatal está tomando decisões estratégicas que sequer são discutidas pelo Legislativo, numa afronta à Constituição Federal.

“Estamos aqui defendendo um entendimento nacional que vem de décadas. Estamos aqui defendendo um histórico de atividades, de investimentos do Estado brasileiro e da iniciativa privada, através da Petrobrás”, alerta o senador. “Um entendimento que começa com uma função clara e um objetivo: o suprimento nacional de petróleo e gás e seus derivados. Quando se muda esse objetivo é preciso consultar o povo brasileiro e isso não foi feito”, declarou.

Fonte: DCM

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