Entre os pré-candidatos – cerca de uma dezena – a prefeitura de Araioses nas eleições deste ano, alguns já definiram quem serão seus vices, o que não se pode ter como uma situação definida, uma vez que em política nada é finito, o que está acertado agora pode mudar lá na frente.
Porém, o eleitor, a quem será cobrado no futuro à responsabilidade por eleger o próximo prefeito de nossa cidade deve dar a quem vai ocupar esse cargo – embora não seja votado – a importância que ele merece, pois a nossa tradição mostra – com raríssimas exceções – que esses ao invés de se comportarem como parceiros do prefeito, pelo contrário, desde os primeiros dias do novo governo conspiram e torcem para que tudo dê errado, com a intenção de se apresentarem como a melhor opção para ocupar no futuro, um mandato no executivo araiosense.
O eleitor – na sua boa e nobre intenção – elege aquela chapa acreditando que o prefeito e seu vice serão parceiros unidos a cuidar do que realmente interessa, do que é do interesse do povo.
Só para ficarmos nas últimas três gestões de Araioses, Luciana Trinta não se entendia com seu vice Felipe Pires, que em nada e para nada era consultado; aparentemente Valéria do Manin não teve problema, porém para quem não sabe a ex-prefeita depois que assumiu deu expediente na prefeitura na primeira semana e logo teve que fazer uma viajem a São Luís e mal se levantou da cadeira de seu gabinete, Mano Gonçal – o vice, já ocupava o lugar para dar expediente, como se prefeito fosse.
Esse fato desagradou Manin Leal – o prefeito de fato, mas o caso não se repetiu e aparentemente caiu no esquecimento. Mano foi repetido na chapa para a reeleição porque a soberba foi maior do que a razão e também para evitar uma racha no grupo.
A união de Cristino Gonçalves com Manoel da Polo na eleição de 2016 foi fundamental para a vitória dos dois naquele pleito. Mas antes mesmo do médico tomar posse a divisão já estava feita e logo após, cada um puxou para um lado e o que foi mostrado ao povo durante toda a campanha não passou de um teatro, de um jogo de cenas, de uma tapeação.
Entre todos os casos existentes na política de Araioses o mais claro a demostrar a falta de respeito com o eleitor foi sem dúvida o que se procedeu com Cristino e Manoel da Polo.
Nenhum dos dois queria continuar junto e falo isso com conhecimento de causa, pois fiz de tudo para que o prefeito e seu vice continuassem unidos. Pura perda de tempo!
Na noite que antecedeu a convenção que lançou Cristino Gonçalves candidato a prefeito de Araioses, minutos antes de anunciarem o acordo Cristino e Manoel da Polo tiveram um reunião a sós.
O que foi decidido entre os dois não foi passado para o grupo, mas depois se soube que teve a ver com secretarias que seriam ocupadas por gente ligadas ao futuro vice-prefeito e outros cargos.
Pelo que sei esse acordo foi cumprido, porém devido ao clima de boicote e confronto que liderado por Sônia Araújo – a mulher do prefeito, até que esses secretários fossem exonerados e todos os ingredientes para o conflito estava formado.
A receita Cristino/Manoel da Polo já está em prática, visto que algumas chapas já estão formadas e a divisão de cargos foi o que selou o acordo entre a maioria, pelo que se sabe até agora.
Aí cabe ao eleitor avaliar essa situação com muita responsabilidade, para que esses fatos lamentáveis e que provaram ser prejudicial à administração pública não se repitam.