Sem insumos básicos, profissionais de saúde de Araioses temem pela própria saúde e ameaçam parar em todo o município

(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Por Marcio Maranhão

Sem o básico, o essencial e o urgente para enfrentarem a pandemia que é o coronavírus, profissionais de saúde de Araioses temem pela própria vida e a saúde de seus familiares.

Nem sabão, máscaras, luvas e álcool em gel, insumos que parecem essenciais para o trabalho de qualquer profissional de saúde, para os Agentes Comunitários, enfermeiros, técnicos e outros profissionais da área, sempre foi um luxo que se devia agradecer muito quando tinha, mas, na sua falta, não era impeditivo para atender os pacientes e realizar um bom trabalho nos postos de saúde do município. No entanto, em tempos de pandemia, tais equipamentos é um direito sobre o qual não se pode adiar, abrir mão ou aceitar qualquer desculpa, por não terem comprado em tempo hábil, quando ainda o vírus nem sequer havia chegado na América do Sul e a Organização Mundial da Saúde – OMS, já pediam para que todos os governos do mundo se preparassem para o que estava por vir.

“Não é só as nossas vidas que estamos colocando em risco (em todo mundo centenas de profissionais de saúde já morreram pelo coronavírus), sem a proteção necessária, nos tornamos vetores, transmitindo o vírus para nossos pacientes e o levando para dentro de nossas próprias casas. E ainda somos pressionados a ficar calados ou ameaçados de termos o ponto cortado por qualquer ausência nas UBS’s (Unidades Básicas de Saúde)”, relatou um servidor, que para não sofrer represálias por parte da administração, não o identificaremos.

A falta de insumos não é uma exclusividade do município de Araioses, mas é estranho que muitos municípios tenham esperado a decretação de Estado de Calamidade Pública; que dispensa licitação e vários outros empecilhos fiscais para realizar tais compras, já em meio a pandemia, quando a OMS já havia alertado do vírus meses antes.

 

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